domingo, 31 de dezembro de 2017

1 de janeiro 2018: É o 1.º do ano civil; litúrgica e solenemente dedicado a Santa Maria, Mãe de Deus; e, desde há 51 anos, Dia Mundial da Paz.

Leituras: aqui


 Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus 2018
51.º Dia Mundial da Paz
Pelo janeiro, um salto de carneiro, diz a sabedoria popular que vê crescer um pouco mais a luz do dia. Mas o tempo do Natal, com o seu salto de pardal, parece-nos, ao contrário, passar com a pressa dos pastores, a caminho do Presépio! A Oitava do Natal, no 1.º dia de janeiro, quase tira a respiração ao domingo da Sagrada Família, que contemplámos pobre de meios e rica no amor! Por isso, com tanta fartura celebrativa, e com tão breve tempo para a sua digestão, permitam-me três pensamentos simples para este dia, com três marcas especiais: é o 1.º do ano civil; litúrgica e solenemente dedicado a Santa Maria, Mãe de Deus; e, desde há 51 anos, por vontade do Beato Paulo VI, Dia Mundial da Paz.
1.O primeiro pensamento tem a ver com a importância deste 1.º dia do calendário civil. Nesta viragem de página do nosso tempo cronológico, passamos em revista as figuras e os acontecimentos marcantes do ano que passou e fazemos planos, conjeturas e projetos para o novo ano de 2018. Percebemos, nas surpresas da história e da vida, que afinal, quando muito, somos senhores do momento, mas não somos senhores do tempo. O tempo chegou à sua plenitude, quando o nosso Deus eterno enviou o Seu Filho ao mundo. Doravante, “cada instante não é apenas o tempo que corre, mas é um pequeno caminho, para uma grande pergunta” (Tolentino Mendonça). Maria, que «conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração» (Lc 2,19)ensina-nos a acolher a graça deste tempo com gratidão, empenho e confiança. Ela ensina-nos a guardar no coração as marcas e as pegadas deste Deus, que passa pela nossa vida. Sim, precisamos da atenção espiritual de Maria para que o Senhor passe e nós nos dêmos conta. Procuremos olhar para o tempo da nossa vida na certeza de que Deus está connosco. Ele escreve direito por linhas tortas! Maria, que ponderava todas as coisas em seu coração, desafia-nos a ler o que Deus escreveu nessas linhas e o que nos quer dizer nos tempos e contratempos da nossa vida.
2.O segundo pensamento, aliás central, neste dia, é aclamar Maria, Mãe de Deus. Porque são inseparáveis em Jesus as duas naturezas, a humana e a divina, então Maria, Mãe de Jesus, é também Mãe de Deus. Este é o título maior de Nossa Senhora. Assim o definiu o Concílio de Éfeso (431).Desde sempre, Maria está presente no coração, na devoção e sobretudo no caminho de fé do povo cristão. «Nesta caminhada, a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria» (São João Paulo II, R.M., n.º 2), por isso a sentimos tão próxima de nós! Celebrar, no início de um novo ano, a maternidade de Maria, aviva em nós esta certeza que nos acompanhará no decorrer de todos os dias do novo ano: não estamos órfãos. “Temos Mãe! Temos Mãe”: Mãe de Deus, Mãe de Cristo, Mãe da Igreja, nossa Mãe!
3.E o meu último pensamento tem a ver com o quinquagésimo primeiro Dia Mundial da Paz. Na sua Mensagem, o Papa põe o foco nos migrantes e refugiados, muitos dos quais, como a Sagrada Família, partem, não para ter uma vida melhor, mas simplesmente para sobreviver ou viver em paz e segurança. São famílias pobres de meios, mas ricas no amor. “Elas não chegam até nós de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que as acolhem”. Importa ainda reconhecer a criatividade, a tenacidade e o espírito de sacrifício de inúmeras pessoas, famílias e comunidades que lhes abrem a porta e o coração, inclusive onde não abundam os recursos.
Irmãos e irmãs: o Senhor do tempo e da história está connosco! E onde está o Filho, aí está a Mãe. Reconheçamos a passagem do Senhor. Sigamos as pegadas de Maria, para avançarmos, sem medo, por um ano novo e uma vida nova! 
Amaro Gonçalo

sábado, 30 de dezembro de 2017

FELIZ 2018!


Programa Semanal: 1 a 7 de janeiro de 2018

Foto de Centro Paroquial Santa Helena.


2ª feira:   ANO NOVO. É o 1.º do ano civil,  litúrgica e solenemente dedicado a Santa Maria, Mãe de Deus; e, desde há 51 anos, por vontade do Beato Paulo VI, Dia Mundial da Paz. 
  Missa às 8, às 11 e  às 17h        




3ª feira: Tarouca às 17.30h
              Valverde às 18h


4º Feira:  Arguedeira às 17.30h
                 Esporões às 18h


6ªfeira: 1ª Sexta-Feira. Às 17.30h, Terço, Eucaristia, adoração e bênção do Santíssimo Sacramento


 Sábado: Recomeça a catequese às 15h
                Missa vespertina com crianças às 16.15h    




Domingo: Normal

Observação: As crianças e adolescentes sabem que a catequese está antes e acima de tudo.
Mesmo que integrem o escutismo, pertençam ao grupo de jovens ou outro qualquer grupo, a catequese está sempre em 1º lugar.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

31 Dezembro 2017 – Festa da Sagrada Família – Ano B

Leituras: aqui

Uma família rica no amor 
1. Natal e Famílias são dois amores inseparáveis. E, por isso, na celebração anual do mistério da encarnação, eis-nos, de olhos fixos, na riqueza do amor, que brilha como marca distintiva da Sagrada Família de Jesus, Maria e José.
Bem vistas as coisas, o acontecimento do Natal, pelo qual o Verbo Se fez Carne, é a história de uma família, cruzada nas histórias de outras famílias, onde todos são protagonistas e ninguém é excluído: os casais, as crianças, os jovens, os adultos e os anciãos. E vemo-lo, por exemplo, no Evangelho de hoje: quarenta dias depois do nascimento, o Menino é apresentado por Maria e José, no Templo de Jerusalém, juntamente com duas pombinhas, precisamente a oferta de quem, por modéstia de recursos, não podia permitir-se pagar um cordeiro (cf. Lc 2,24; Lv 5,7). E ali estão, em vigilante expectativa, dois idosos, movidos pela Estrela que brilha no amor. Eis que seguram nos braços o Menino Deus, que, por sua vez, os sustém a eles na esperança e é, para todos, Luz das nações. Não falta nesta história, o drama de uma família, refugiada no Egito. Pobre de meios, não chegam lá de mãos vazias, pois levam uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros da sua própria cultura. Esta família resiliente regressará mais tarde a Nazaré, onde Jesus vive 30 anos de silêncio, ganhando o pão com o trabalho das suas mãos.
Resumindo, “este é o mistério do Natal e o segredo de Nazaré, cheio de perfume a família! É o mistério do qual bebem também as famílias cristãs para renovar a sua esperança e alegria” (AL 65).“Aqui se aprende o que é a família, a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu caráter sagrado e inviolável” (Beato Paulo VI, Alocução em Nazaré, 5 de janeiro de 1964).
2. Não estamos, pois, diante de família encantada ou idealizada por um conto de fadas. Não. Estamos diante de uma família encantadora, porque fiel, acolhedora, livre, pobre de meios mas rica no amor e, por isso mesmo, missionária. Esta “aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as vicissitudes da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão” (AL 66)e “uma alegria para o mundo” (Tema do Encontro Mundial de Famílias 2018). Na verdade, “a força da família reside essencialmente na sua capacidade de amar e ensinar a amar. Por muito ferida que possa estar uma família, ela pode sempre crescer a partir do amor” (AL 53). Este amor, sem preferência, que não depende da escolha nem da comparação, pede exigência para comigo e ternura para com os outros, humildade para pedir perdão e misericórdia para o oferecer, esforço da caridade para amar o outro tal como é e não na medida das minhas expectativas. Sujeita a inevitáveis crises, a família caminha, cresce e amadurece, na medida em que vive a alegria do amor, paciente e amável, generoso e prestável, aquele amor que tudo desculpa, tudo crê e tudo suporta (cf. 1 Cor 13,4-7).A família deve ser o lugar onde cada pessoa é amada e não avaliada, em que cada pessoa vale pelo seu Q.A. (Quociente de Amor) e não pelo seu Q.I. (Quociente de Inteligência), em que cada pessoa é amada pelo que é e não pelo que faz, pelo que dá ou recebe e não pelo que produz ou ganha!
3. Queridas famílias: viveis a partir do amor, para o amor e no amor? Como seria rica de amor a vida familiar, se cada dia vivêsseis as três palavras mágicas: «por favor», «obrigado» e «desculpa»! Não tenhais medo de as usar, porque têm duração ilimitada! Quanto mais uso tiverem, mais o vosso amor conjugal e familiar se há de robustecer e crescer, noite e dia, à imagem daquele Menino, que Se tornava robusto e crescia em sabedoria e em graça. Uma família rica no amor é como o Natal, uma boa nova de paz e alegria para o mundo! Caminhemos nessa direção.
Amaro Gonçalo

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Natal visto por um grupo de crianças da Catequese

É o nascimento de Jesus. – “Francisco M.”

Para mim o Natal é o nascimento de Jesus, Amor… - “Maria”

O Natal não é receber prendas, é  ter a família toda - “Jose”

O Natal para mim é o nascimento de Jesus, é para estar com a família. - “ Catarina”

Para mim o Natal é o nascimento de Jesus e também os presentes. – “Marina”

Para mim o Natal é divertido porque é quando eu faço anos. – “Judite”

Para mim o Natal é um momento de família. –“ Filipe”

Para mim o Natal é estar em harmonia. – “Renato”              

O Natal é maravilhoso porque o Jesus faz anos e porque faz anos e porque faz anos, recebemos alegria natalícia – “Rafaela”

O Natal é estar em família e também estar com Jesus e festejar. E eu adoro o Natal. – “Mariana F.”

Eu adoro o Natal porque gosto de Jesus e é uma alegria. Eu amo o Natal e amo a Jesus – “ Isabel”

Para mim o Natal é o nascimento de Jesus, a união em família e conviver. – “Lara”

Para mim o Natal é partilhar, ser solidária e conviver com a família. – “Carolina C.”

O Natal para mim é o amor, caridade é tudo principalmente o nascimento de Cristo. –“ Joana”

O Natal é o nascimento de Jesus Cristo e nesse dia há amor e paixão. – “Miguel”

O Natal é o que me faz feliz. –“ Ruben” 
                                        
O Natal é caridade e amor. – “Leonor”

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Mensagem de Natal de D. António Couto

Vendaval do Natal

Hoje é Dia de Natal.
É Dia de Jesus.
 
O Natal é um imenso caudal
De luz
E de alegria:
Hemorragia
De Jesus.
 
Há quem pense amansá-lo e enlatá-lo,
Domesticá-lo,
E depois tomá-lo em pequenos comprimidos,
Mais ou menos à razão de um por dia.
Mas o Natal não se pode comprá-lo
Ou aviá-lo por receita.
Nem cumprimentá-lo,
Quer com a mão esquerda quer com a direita.
 
O Natal não tem regra ou etiqueta.
Não se pode semeá-lo
Na jeira ali ao lado.
Não se pode trocá-lo
Por qualquer bugiganga à venda no mercado.
 
Este vendaval,
Que se chama Natal,
Só podemos deixá-lo entrar por nós adentro aos borbotões,
Até que rebentem os portões,
E caiam um a um todos os botões.
Também o mofo e o verdete que há nos corações
Serão levados na torrente,
E também tudo o que apenas é corrente,
Banal ou indiferente.
Só ficaremos mesmo eu e tu, menino,
Só mesmo nós os dois,
Lado-a-lado ou frente-a-frente.
 
Esta mensagem, e a roupagem com que se veste, não é passível de etiquetas rápidas. Só quer dizer Jesus da maneira mais bela que o sei fazer. Desejo a todos os meus irmãos e irmãs, sacerdotes, diáconos, consagrados e consagradas, fiéis leigos, doentes, idosos, jovens e crianças, emigrantes, das 223 Paróquias da nossa Diocese de Lamego, e da Igreja inteira, a todos e a ti também, um Santo Natal com Jesus sempre no meio e um Novo Ano cheio de muitos samaritanos em viagem. Portanto, digo hoje a cada irmão e irmã o que Jesus nos diz todos os dias: «Vai, e faz tu também do mesmo modo!».
 
Vem, Senhor Jesus, bate à nossa porta, encandeia a nossa vida, e conduz os nossos passos pelo caminho da Paz e do Carinho.
 
Lamego, 17 de dezembro de 2017, III Domingo do Advento ou Domingo da Alegria
+ António, vosso bispo e irmão

25 Dezembro 2017 – Natal do Senhor

Leituras: aqui



sábado, 23 de dezembro de 2017

Especialmente para si, um Santo e Feliz Natal!

Votos de santo e feliz natal, com Jesus Menino a amar-nos, e com a sua Santa Mãe a abençoar-nos:
- para todos os que fazem parte da comunidade cristã de São Pedro de Tarouca, incluídos os que residem em outros lugares de Portugal ou do estrangeiro;
- para todos os visitantes deste blog;
- para todos os amigos e benfeitores;
- para aqueles que ninguém lembra, mesmo nesta quadra festiva;
- para todos os homens e mulheres de boa vontade.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

24 Dezembro 2017 – 4º Domingo do Advento – Ano B

Leituras: aqui

1. Pobre de meios era a tenda que abrigava a velha arca da aliança! David não se sentia confortável com esta contradição: ele, bem instalado, em paz e sossego, no seu palácio real; e a arca de Deus “sem eira nem beira”. A tenda, morada itinerante, parecia-lhe desajustada à condição forte do Todo-Poderoso. E por isso, o rei, pastor e poeta, sonha uma casa para o Senhor. Mas Deus parece desconcertar David nos seus bons intentos. Parece mesmo preferir a condição peregrina da tenda à estrutura pesada do templo. Talvez a indicar a David que não há lugar que O prenda, não há espaço que O limite, não há para Ele morada permanente... Ou talvez, nesta recusa de Deus em Se deixar enclausurar dentro de quatro paredes, o Senhor queira sugerir a David que é um perigo aburguesar o sinal da sua presença e afastá-l’O do pó e da miséria dos mais pobres, de modo que o Templo se torne o lugar dos ricos, onde os pobres não têm assento. 
2. Pobre de meios é a nossa comunidade cristã e deve alegrar-se por isso, porque há sempre um perigo, há sempre uma tentação nos momentos de prosperidade: é o perigo de que a comunidade cristã se possa aburguesar, a ponto de perder a sua dimensão mística e de se transformar numa organização cristã sem fermento profético. Muitas vezes lutamos por ter boas estruturas e infraestruturas, boas condições materiais, meios logísticos adequados para a missão. E realmente fazem falta. Mas o risco maior é pôr a esperança nesses meios. Porque quanto mais poderosa é a organização que criamos na Igreja e nas suas instituições, mais rapidamente ela se confundirá com uma ONG, sobretudo quando se perde de vista a proximidade nas relações humanas, o zelo apostólico, a ousadia no anúncio, a familiaridade na celebração, a simplicidade de vida, a atenção aos mais pobres. Corremos o risco de criar estruturas tão ricas, tão bem “acondicionadas” à classe média e alta, que os pobres chegam a sentir vergonha de entrar na Igreja. Essa não é uma Igreja pobre e para os pobres, mas uma Igreja rica e para os ricos, ou uma Igreja mais dos abonados do que dos abandonados. 
3. Ora, “no coração de Deus, ocupam lugar preferencial os pobres, tanto que Ele mesmo «Se fez pobre» (2 Cor 8,9). Todo o caminho da nossa redenção está assinalado pelos pobres. Esta salvação veio até nós através do «sim» duma jovem humilde, de uma pequena povoação perdida na periferia de um grande império(EG 197). Em Maria de Nazaré, Deus encontra a digna morada, que não O afastará dos pobres, seus eleitos, como é manifesto ao nascer no Presépio de Belém, entre animais.
4. Irmãos e irmãs: não nos faltam famílias pobres de meios, que precisamos de visitar e ajudar, de conhecer e acompanhar, de habitar e partilhar a sua sorte, para que elas nos enriqueçam. Enriquecem-nos, porque nelas Cristo Se faz próximo de nós. Enriquecem-nos, porque nos fazem perceber que uma boa casa não garante uma boa família e que a nossa casa rica, onde não falta nada, é muitas vezes uma casa vazia. Enriquecem-nos, porque nos ensinam a ser e a viver felizes, com muito menos. A partilha deste Advento com as famílias pobres é o barómetro da nossa fé e o termómetro deste Natal de 2017: se a nossa fé não chegar aos bolsos não é ainda genuína e eis que fará muito frio, no Presépio de Natal, lá em nossa casa.
5. Estamos mesmo em véspera(s) de Natal. Se ainda não o fizemos, tenhamos um gesto de partilha, de atenção, de proximidade, com quem mais precisa: uns precisarão de dar, de si ou do seu; outros precisarão de receber algo ou alguém. Não nos demoremos, “porque os pobres não podem esperar(Dom António Francisco)! No Presépio está uma família, pobre de meios! E são os pobres os primeiros a lá chegar!
Amaro Gonçalo
Caminhada do Advento - 4º Domingo
1º Leitor: Outra forma de pobreza que existe no nosso tempo é a pobreza espiritual. O vazio espiritual que se verifica nas pessoas de hoje. Se o homem vale pelo coração que tem, então um coração vazio é mesmo uma enorme pobreza.
Criança: Senhor, sou uma criança. Sei poucas orações porque ainda sou pequeno. Mas o que queria mesmo era aprender a falar Contigo, a escutar-Te, a confiar em Ti. Ensina-me, meu Deus, a desabafar sempre Contigo! Tu que tudo conheces, dá-me um coração simples e atento à tua voz.    
Jovem: Senhor, sou um jovem deste tempo. Cercado de barulho e barulhos por todo o lado: a televisão, o grupo de amigos, a escola, o desporto, os amores e desamores, e, sobretudo, o telemóvel e as novas tecnologias que sempre me acompanham. Tudo muito rápido e em movimento. A Missa, o terço e outras orações que aprendi, sabem-me a seca. Fazer silêncio para Te escutar e Te falar não está nos meus hábitos e custa imenso. Há um vazio interior grande que me leva a procurar mais e mais barulho para não sentir tal vazio. Senhor, sei que bates constantemente à porta da minha vida, que um seja generoso para Te acolher com alegria e se seguir com paixão.
Todos: O POBRE É IRMÃO. VAI, DÁ-LHE ATENÇÃO!
Adulto: Senhor, o terço lembra-me a necessidade da oração que tantas vezes deixo de lado. O argumento é sempre o mesmo: não tenho tempo! O emprego, a família, os compromissos sociais, o cansaço, tudo serve para Te deixar para o fim das minhas preocupações. Eu sei que quem perde sou eu, pois a vida partilhada contigo é bem mais fácil. Senhor, não me deixes cair em deserto interior! Ajuda-me a descobrir em Ti o segredo de ser feliz.
Pessoa idosa: Senhor, já tenho alguma idade! E bem sei quanto representa para mim a minha fé. No meio da solidão, das doenças e dos limites físicos, sabe-me bem, meu Deus, a Tua presença! Contigo desabafo. Em Ti confio. Escuto-Te. Rezo-Te pelos outros. Entrego-Te a minha vida. Senhor, peço-Te hoje por aqueles que não creem, não adoram, não esperam e nem Vos amam.
Todos: O POBRE É IRMÃO. VAI, DÁ-LHE ATENÇÃO!



quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A Estrela do Natal não és tu! Não és tu que fazes anos. É Jesus, o Filho de Deus, dado e enviado pelo Pai a este mundo, na plenitude dos tempos.


Cristo é a imagem do Deus invisível.
Foi nele que todas as coisas foram
criadas, nos céus e na terra, as visíveis
e as invisíveis.
(Col.1,15-16)

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

domingo, 17 de dezembro de 2017

Parabéns, Papa Francisco!


O Papa celebra hoje o seu 81.º aniversário, num dia em que rezou, como é tradição, a oração do ângelus desde a janela do apartamento pontifício, ao meio-dia de Roma, acompanhado por milhares de peregrinos na Praça de São Pedro.
Um grupo de crianças assistidas pelo Dispensário Pediátrico “Santa Marta” saudou Francisco, numa audiência privada na Sala Paulo VI, para lhe dar os parabéns.
Já na Praça São Pedro, o Papa ouviu e leu os votos de "parabéns" dos que se reuniram na Praça de São Pedro.
Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, a 17 de dezembro de 1936; filho de emigrantes italianos, trabalhou como técnico químico antes de se decidir pelo sacerdócio, no seio da Companhia de Jesus, licenciando-se em filosofia e teologia.
Ordenado padre a 13 de dezembro de 1969, foi responsável pela formação dos novos jesuítas e depois provincial dos religiosos na Argentina (1973-1979).
João Paulo II nomeou-o bispo auxiliar de Buenos Aires em 1992 e foi ordenado bispo a 27 de junho desse ano, assumindo a liderança da diocese a 28 de fevereiro de 1998, após a morte do cardeal Antonio Quarracino.
O primaz da Argentina seria criado cardeal pelo Papa polaco a 21 de fevereiro de 2001, ano no qual foi relator da 10ª assembleia do Sínodo dos Bispos.
Tem como lema ‘Miserando atque eligendo’, frase que evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: "Olhou-o com misericórdia e escolheu-o."
O cardeal Jorge Mario Bergoglio seria eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja e também o primeiro pontífice sul-americano.
O pontífice fez até hoje 21 viagens internacionais, nas quais visitou o Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba e Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia, Egito, Portugal, Colômbia, Mianmar e Bangladesh, bem como as cidades de Estrasburgo (França), onde passou pelo Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia).
Entre os principais documentos do atual pontificado estão as encíclicas 'Laudato si', dedicada a questões ecológicas, a 'Lumen Fidei' (A luz da Fé), que recolhe reflexões de Bento XVI, e as exortações apostólicas 'Evangelii Gaudium' (A alegria do Evangelho) e ‘Amores Laetitia’ (A alegria do amor).
Este último documento recolhe as conclusões do Sínodo sobre a Família, em duas sessões (2014 e 2015), com consultas alargadas às comunidades católicas.
O Papa promoveu ainda um Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), terceiro ano santo extraordinário na história da Igreja Católica, durante o qual canonizou Madre Teresa de Calcutá, e um Ano da Vida Consagrada.
A reforma da Cúria Romana, com a ajuda de um Conselho de Cardeais dos cinco continentes, já levou à criação de dois dicastérios (Leigos, a Família e a Vida; para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral) e de várias medidas na administração económico-financeira da Santa Sé e do Estado do Vaticano.
Agência Ecclesia

sábado, 16 de dezembro de 2017

Homem livre, João Batista não se põe em bicos de pés


Homem livre, João Batista não se põe em bicos de pés, nem quer ser a Estrela da Companhia! Ele é o precursor e o apresentador de Jesus. Mas não quer que incida sobre ele a luz dos holofotes, que o podiam cegar de orgulho e vaidade. Ele retira-se e apaga-se, para que brilhe sempre e cada vez mais a Estrela Maior, o Sol Nascente, Cristo, nosso Deus. João Batista não quer ter luz própria; quer apenas refletir a luz verdadeira, que vindo a este mundo ilumina todo o homem: a luz de Cristo (Jo 1,9), a luz que é Cristo! Nisto está a sua liberdade inteira, a liberdade de um homem desapegado dos seus bens e dos seus pergaminhos, livre dos títulos de honra ou das manchetes da imprensa cor-de-rosa, livre das etiquetas sociais, das condecorações e das promoções de carreira. “Que Jesus cresça e eu diminua” (Jo 3,20), disse João Batista, que não se quer substituir a Jesus. Por isso, diante daqueles que procuram saber dele, João Batista não ousa sequer dizer “Eu sou”, porque isso só Deus disse de Si mesmo (Ex 3,14) e só Jesus, o Filho de Deus, o dirá de Si próprio. João Batista não é o Messias, não é Elias, não é o Profeta. Não é a Palavra; é a voz no deserto. Não é a Luz; é apenas «testemunha» d’Aquele que está no meio de nós e deve estar no centro de todas as atenções: Jesus!
   
"Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha, para dar testemunho da luz,
a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz,
mas veio para dar testemunho da luz.
Foi este o testemunho de João,
quando os judeus lhe enviaram, de Jerusalém,
sacerdotes e levitas, para lhe perguntarem:
«Quem és tu?»
Ele confessou a verdade e não negou;
ele confessou:
«Eu não sou o Messias».
Eles perguntaram-lhe: «Então, quem és tu? És Elias?»
«Não sou», respondeu ele.
«És o Profeta?». Ele respondeu: «Não».
Disseram-lhe então: «Quem és tu?
Para podermos dar uma resposta àqueles que nos enviaram,
que dizes de ti mesmo?»
Ele declarou: «Eu sou a voz do que clama no deserto:
‘Endireitai o caminho do Senhor’,
como disse o profeta Isaías».
Entre os enviados havia fariseus que lhe perguntaram:
«Então, porque baptizas,
se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?»
João respondeu-lhes:
«Eu baptizo em água,
mas no meio de vós está Alguém que não conheceis:
Aquele que vem depois de mim,
a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias».
Tudo isto se passou em Betânia, além Jordão,
onde João estava a baptizar."

(EVANGELHO – Jo 1,6-8.19-28)

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

REUNIÃO DE ACÓLITOS

REUNIÃO DE ACÓLITOS
20 de dezembro, quarta-feira, pelas 17.30h, no Centro Paroquial
 
Esta reunião é a 1ª a ser presidida pelos novos responsáveis pelo Grupo de Acólitos, a Jerusa e o Luís.
- Que nenhum Acólito falte....
- Que cada Acólito lembre aos outros Acólitos o dia e hora da reunião.
- Que os candidatos a serem Acólitos apareçam.
- Nesta comunidade, pode-se ser Acólito desde que se faça a Profissão de Fé até..... aos 100 anos!!!
- Era muito bom que aparecessem candidatos ADULTOS!
 
Agradecemos aos novos responsáveis e desejamos-lhes um ótimo trabalho.

17 Dezembro 2017 – 03º Domingo do Advento – Ano B

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Caminhada do Advento - 3º domingo
Pobreza relacional

(Antes do Pai Nosso)                                 
1ºLeitor: Outra forma de pobreza que somos chamados e encarar neste Advento é a pobreza relacional. Sabem o que é?
2º Leitor:  Sim, indica que as relações entre as pessoas, a começar na família, estendendo-se pela escola e o trabalho e terminando na vida social, são hoje mais frágeis, mais superficiais, menos intensas e envolventes.
3º Leitor: Pois, reparemos que hoje, nas famílias, quase não se conversa. Durante o dia, os pais trabalham e os filhos estão na escola. À noite, mesmo nas refeições, ou olham para a televisão ou dedilham o telemóvel. Cada um, à medida que come, salta da mesa. Não se dá espaço à conversa, à troca de experiências, à sã brincadeira. Não se cultiva a empatia familiar.
4º Leitor: E olhem que há situações onde a relação entre familiares é ainda mais pobre! Pensem nos casais que não se falam durante dias, em tantos casos em que pais, filhos e irmãos se guerreiam por ciúmes, por invejas, por heranças, por coisitas de nada a que se dá toda a importância, por mal-entendidos…
1º Leitor: Também na vida social o encontro real é substituído cada vez mais pelo encontro virtual nas várias redes sociais. E isto não ajuda ao crescimento da sã personalidade, pelo contrário pode ser deformante. Nada substitui o convívio, a presença, o estar juntos.
3ºLeitor: Mas a pobreza relacional na sociedade ainda pode ser maior. Pessoas que não se falam por causa da política, do futebol, do diz-se-que-diz-se. Pessoas que se querem mal por inveja do carro, da casa, do namorado ou da namorada, do emprego, do ordenado. A inveja é uma doença enorme no coração que a admite.
4º Leitor: Somos todos filhos de Deus a quem chamamos nosso Pai, Pai de todos nós. Deus é um Pai apaixonado por cada pessoa. Vamos rezar de mãos dadas, pedindo-lhe o dom e assumindo o compromisso de tudo fazermos para ajudar a criar riqueza relacional. Para que na família e na sociedade a relação entre as pessoas seja rica, humana, empática e força de confiança.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Campanha 'UM PRESÉPIO EM CADA CASA'

Enquanto as lojas e muitas ruas se encharcam de 'Pai Natal', vamos nós colocar com carinho o Presépio em cada uma das nossas casas?
Escolha o Presépio de que mais gostar ou que possa fazer. O importante é que o faça.
Afinal é Natal porque nasceu Jesus!!!
Se mora na Paróquia de S. Pedro de Tarouca, acrescente ao presépio o slogan do Advento/Natal. "O pobre é teu irmão. Vai, dá-lhe atenção!" Assim situa o Presépio da dinâmica pastoral da comunidade.



Poesia no Advento


ele é a Voz antes do Verbo,
a lâmpada antes da aurora
João é a figura-fulgor da vigilância crítica,
a testemunha do inegociável
que anuncia o Sol da justiça
e o orvalho da misericórdia
acorde a sua Voz inquieta
o deserto dos nossos desejos
‘Quem aquieta muito sinal é que ama pouco’
inquiete-nos a violência
que em surdina nos arma e nos esvazia
e que o Cordeiro converta
as endoenças em páscoas
e o silêncio em repiques
e as trevas em luz,
enfim a tristeza de alguns dias
em alegria da Ressurreição
II
o camponês conhece os seus campos
pelo que parecem, quer dizer pelo que prometem
assim o crente se deveria conhecer a si próprio
a partir da promessa que cresce no seu corpo,
da Visitação de Deus
e da inabitação do Espírito
o tempo agora é para adivinhar
o espaço potencial de Deus que vem vindo
e a comunidade o lugar de verificação
da presença do Espírito
que a Palavra prepare os nossos ouvidos
e a nossa boca para a confissão e o louvor
José Augusto Mourão

sábado, 9 de dezembro de 2017

Miminho para os catequizandos

Hoje, ao fim da Missa com crianças, os catequizandos voltaram ao Centro Paroquial. Na garagem, tinham um pequeno lanche à espera. No espaço do GASPTA, havia um brinquedo que podiam escolher se assim o quisessem.
A ideia nasceu do GASPTA e contou com o empenho do Grupo de Catequistas. O GASPTA pôs à disposição das crianças brinquedos, após escolha e exposição, além de cuidar da árvore de Natal. Os catequistas confecionaram o lanche.
Lembrámos que os locais onde ocorreram incêndios e que foram contactados disseram que não precisavam de brinquedos fora daqueles que mencionaram.  Assim surgiu a ideia  de oferecer um brinquedo a crianças da comunidade. E com que alegria muitas crianças aderiram! Afinal, como dizem os ingleses, a caridade começa em casa.
Um gesto de solidariedade intergeracional. Grupos de gente mais velha não esqueceram os mais novos que, assim, aprendem a beleza da partilha solidária.




Grupo de Jovens e Escuteiros do 1006 embelezam nataliciamente a Rotunda do Mártir

Na tarde deste sábado, jovens do Grupo de Jovens e Escuteiros do 1006 embelezam com motivos natalícios a Rotunda do Mártir.
É tão bom quando os grupos sabem colaborar! Afinal somos uma só Paróquia...
Parabéns aos intervenientes.  



sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Vigília Mariana, no dia da Imaculada Conceição

Foto de António Rodrigues.
Foto de António Rodrigues.

21 horas  de 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria. O Grupo de Jovens, após a devida preparação, dinamizou uma Vigília de Oração na Igreja Paroquial.
Ao celebramos Aquela que foi concebida sem pecado, lembrámos o momento, belo e marcante, do nosso batismo. No batismo, associados à Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, ficamos livres da mácula do pecado, concebidos pela Graça, tornámo-nos filhos de Deus  - e somo-lo de facto!
A Vigília, muito bem concebida e orientada pelos jovens, terminou com as pessoas presentes, de mãos dadas, num só coração e numa só alma, a apresentarem a Deus, por Maria, as suas intenções. Assim, cada um rezou por todos e todos rezaram por cada um.
Que mais pode agradar a uma mãe do que ver os seus filhos unidos, partilhantes, altruístas?
Parabéns aos jovens! Parabéns às pessoas presentes! Belo momento com Deus por Maria e com Maia.

10 Dezembro 2017 – 2º Domingo do Advento – Ano B

Leituras: aqui



2º Domingo do Advento
Pobreza cultural
(Ação de Graças)

 
Jovem africano: Senhor, um jovem africano. Não sei ler nem escrever porque nunca fui à escola. Na zona de África onde moro, não há escolas. O meu país é muito pobre, anda em guerra e há gente a morrer de fome. Senhor, que o pão da cultura chegue também ao meu continente!

Velhinha: Senhor, sou uma idosa e não sei ler. Quando era criança, em vez de ir à escola, puseram-me a guardar o gado. Agora, que estou velha e não posso trabalhar, gostava de ler um livro, um jornal, uma revista…. ou poder ler as legendas dos filmes. Ajudava-me a passar o tempo. Quando chega uma carta, tenho que ir pedir à vizinha o favor de ma ler, dando a conhecer a minha vida… Senhor, no fim da vida, a pobreza cultural ainda torna mais carregados os meus dias! Restas-me Tu, Senhor, em quem eu confio.

Desempregado: Senhor, não gostei da escola e por isso abandonei-a antes do tempo. Quando vou à procura de emprego, perguntam-me pelas minhas habilitações. E eu digo. Já estou cansado de ouvir a mesma resposta: Não tens as habilitações exigidas. É esta a minha pobreza.  Senhor, que as crianças e jovens nunca desistam de aprender, de progredir  culturalmente

Cidadão: Senhor, sou um cidadão e, como tal, movimento-me pelos serviços, pelos locais de encontro, contacto com colegas e amigos. Muitas vezes o que ouço, deixa-me arrepiado, tal a ignorância de quem fala. As pessoas falam de tudo mas ignoram tudo. E nada há mais atrevido do que a ignorância. Então de religião, política, família e futebol as pessoas julgam-se verdadeiros sábios! É uma verdadeira pobreza cultural.
Concede-nos, Senhor o dom da humildade diante da vida.  O grande mal não é desconhecer, o grande mal é achar que se sabe tudo e não há necessidade de aprender. Esta é a pobreza maior.