sábado, 31 de julho de 2021

sexta-feira, 30 de julho de 2021

A 30 de julho - Dia Mundial de Combate ao Tráfico pelas Nações Unidas

É preciso coragem para uma economia sem tráfico de pessoas, afirma o Papa.


O TRÁFEGO DE PESSOAS É CRIME! Horrível, detestável, indigo! A merecer sempre todo o combate.
- Por ano são traficadas mais de 25 milhões de pessoas em todo o mundo
- O tráfego de pessoas é um negócio com um lucro de cerca de 30 mil milhões de euros por ano. É o 3º negócio mais lucrativo a nível mundial!
- O tráfico de pessoas pode estar mais próximo de si do que imagina!
- Desconfie, informe-se, proteja-se, denuncie.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

1 Agosto 2021 - 18º Domingo do Tempo Comum - Ano B

 A liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum repete, no essencial, a mensagem das leituras do passado domingo. Assegura-nos que Deus está empenhado em oferecer ao seu Povo o alimento que dá a vida eterna e definitiva.

Leituras: aqui



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Concelho de Tarouca - A população da União de Freguesias de Tarouca e Dalvares é a única que aumenta, segundo o Censos 2021

CONCELHO DE TAROUCA
Em relação ao Censos 2011, o Concelho de Tarouca tem menos 8,4% da população.
Em 2011, habitantes do Concelho de Tarouca = 8.048 habitantes
Em 2021, habitantes do Concelho de Tarouca = 7.374 habitantes
Em 2021, a população da União de Freguesias de Tarouca e Dalvares representa 57,56% da população total do Concelho.
Todas as outras freguesias do Concelho apresentam diminuição da população que apresentam diminuição entre os 14,6% e os 24,9%.

14 Concelhos que integram a Diocese de Lamego - Freguesias-sede
Dos 14 concelhos que integram a Diocese de Lamego, poucas são as freguesias-sede (ou União de Freguesias-sede) que NÃO apresentam diminuição da população, segundo o Censos 2021. Esta diminuição varia entre o - 1% em Lamego (Almacave/Sé) e os - 13,7% em Tabuaço.
Só nestas 3 Freguesias-sede (ou União de Freguesias-sede), a população aumentou segundo o Censos de 2021: Tarouca/Dalvares (+2,2%), Sernancelhe (+ 2,6%), Armamar (+3,2%).
Freguesias-sede como Cinfães (- 9,3%), Foz-Côa (-9,8%), V.N. Paiva (-7,1%) aparecem como aquelas com assinaláveis roubos na população.

terça-feira, 27 de julho de 2021

As avós - 'catequistas dos tempos modernos'

 As 'avós da fé' ou 'catequistas dos tempos modernos'

Num dos grupos de catequese do primeiro ano, a catequista perguntou aos meninos se já tinham ido alguma vez à missa ou se já sabiam alguma oração. Com as respostas dos meninos, que nestas idades ainda não sabem mentir com facilidade, constatou que os poucos que sabiam alguma oração a tinham aprendido com a avó, e que muitos dos que já tinham ido à missa tinham ido com a avó.
Lamentações e saudosismos à parte, pode-se dizer, portanto, que a transmissão da fé já não se faz de geração em geração entendida como uma transmissão de pais para filhos. Mas, por enquanto e enquanto tivermos avós destas, ainda não se poderá afirmar categoricamente que essa transmissão terminou. Podemos apenas dizer que se interrompeu.
Assim tivéssemos os netos mais tempo com as suas avós, essas mulheres ‘avós da fé’ ou ‘catequistas dos tempos modernos’. Que linda missão eclesial a destas avós!

Fonte: aqui

domingo, 25 de julho de 2021

Festa de Cristo Rei

25 de julho, 4º Domingo de Julho, Festa de Cristo Rei pelas 16 horas. Porque estamos ainda sob o domínio da pandemia, a celebração teve os condicionalismos a que a COVID-19 obriga. Ficou-se pela Eucaristia, que é o essencial. Esperamos que Jesus Cristo, Rei do Universo, nos conceda a graça de esta pandemia acabar para que, no próximo ano, as celebrações possam ter o brilho, calor humano e convívio que lhe são peculiares.
Estava previsto que a Missa fosse campal. Entretanto o dia apareceu ameaçando chuva, caindo mesmo bastante água ao fim da manhã e início da tarde. Por tal motivo, optou-se prudentemente pela celebração no interior da capela. Por feliz coincidência durante a Eucaristia, não choveu e o clima estava agradável.
A celebração correu muito bem. Pessoas atentas e participativas, guardando as normas de saúde; leituras bem proclamdas e cânticos bem executados. Por isso, todos estão de parabéns.
Parabéns também à Comissão da Capela, não só por este dia, mas também pelo cuidado e empenho que quotidianamente este espaço lhe merece.
Na celebração, o pároco falou de Cristo Rei, sempre de braços abertos para a todos acolher e unir. Porque era o Dia Mundial dos Avós e Idosos, falou da importância de uma sadia relação intergeracional entre avós e netos.
No Evangelho de hoje, Jesus perante uma multidão faminta, realiza o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. É isso que o Senhor nos pede hoje: multipliquemos afetos, cuidados, carinho, atenção, desvelo com os avós e idosos. É isso que o Senhor pede aos avós e idosos: multipliquem a fé, a oração, o exemplo, as histórias, o testemunho com os mais novos.
Cristo Rei é um espaço de eleição. Sentimo-nos envolvidos pela beleza incomparável da paisagem que nos toca e eleva. Depois a imponente Imagem de Cristo Rei ac olhe-nos e serena-nos.

25 de julho - Dia de São Tiago

A Comissão de Festas de Santo António, Arguedeira, sempre celebra São Tiago. Este ano, tal voltou a acontecer. Pelas 18 horas, foi celebrada a Santa Missa. Ficou-se por aqui a festa, pois a pandemia a tal obriga.
Esta Capela diz-nos bem da inteligência prática dos nossos antecessores. Como o templo é muito pequeno, colocaram o púlpito à entrada da capela para que, assim, todos os participantes pudessem ouvir a Palavra de Deus. Recordamos que, antigamente, não existia instalação sonora, pelo que era necessário que todos pudessem escutar a Palavra de Deus. A maneira prática que os antigos encontraram foi colocar o púlpito à entrada do templo. Assim todos podiam escutar, os que estavam dentro e os que estavam fora.
Bastante gente na celebração que correu com serenidade e participação.
Dada a situação pandémica que vivemos, a Eucaristia foi celebrada sob o alpendre do templo para possibilitar que as pessoas, ficando cá fora, pudessem manter as distâncias.
Na celebração, o pároco falou de São Tiago, o primeiro apóstolo mártir. Porque era o Dia Mundial dos Avós e Idosos, falou da importância de uma sadia relação intergeracional entre avós e netos.
No Evangelho de hoje, Jesus perante uma multidão faminta, realiza o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. É isso que o Senhor nos pede hoje: multipliquemos afetos, cuidados, carinho, atenção, desvelo com os avós e idosos. É isso que o Senhor pede aos avós e idosos: multipliquem a fé, a oração, o exemplo, as histórias, o testemunho com os mais novos.
A festa de São Tiago tem muito de festa familiar, pela alegria, simplicidade, partilha, são convívio que, este ano, não puderam exibir-se. Esperamos que para o ano tudo seja diferente para melhor.
Parabéns aos mordomos e ao povo.

sábado, 24 de julho de 2021

O CAMINHO RUMO À JMJ, NO HABITUAL DIA 23, TEVE PARAGEM EM TAROUCA

 

A Jornada Mundial da Juventude - JMJ - vai ter lugar em Lisboa em 2023. Por isso, em cada dia 23 de cada mês, todas as dioceses realizam um momento de oração pela JMJ.
Em 23 de julho, Tarouca recebeu esse momento de oração, dinamizado pelo nosso Grupo de Jovens e com a presença do Secretariado Diocesano da Juventude.
Porque estamos muito pertinho do Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, rezámos particularmente pelos nossos avós.
Sublinhe-se a presença de vários avós e a exposição de muitas fotos que trouxeram referentes à relação avós/netos.
Cânticos projectados nos ecrãs, guião de oração, Palavra Bíblica, excerto da Mensagem do Papa para Mundial dos Avós e dos Idosos, oração pelos avós falecidos, palavra do P.e Luís Rafael, Diretor do Departamento Diocesano da Pastoral dos Jovens, Coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD), que falou sobre a Jornada Mundial da Juventude, o sentido do dia 23 de cada mês e a necessidade de, particularmente nesse dia, cada cristão rezar pela JMJ, e ainda apelou à abertura das famílias para acolherem jovens de outros países que em 2023 se deslocam a Portugal para participar na JMJ.
o Grupo de Jovens ofereceu ao Pároco - nesta Paróquia há 30 anos e por isso "avô espiritual de tantos" - um belo quadro emoldurado de seus avós maternos. O Pároco agradeceu e apelou a uma relação intergeracional empática, acolhedora, carinhosa. Assim os idosos rejuvenescem e os novos amadurecem. Pediu ainda aos avós que transmitam a fé e os valores aos jovens.
Parabéns ao nosso Grupo de Jovens e obrigado ao Secretariado Diocesano, aos avós presentes e a toda a assembleia.

quinta-feira, 22 de julho de 2021

25 Julho 2021 - 17º Domingo do Tempo Comum - Ano B



Entrada:

Décimo Sétimo Domingo do Tempo Comum. Dia Mundial doa Avós e dos Idosos, com o tema «Eu estou contigo todos os dias».

Diz o Papa: Não importa quantos anos tens, se ainda trabalhas ou não, se ficaste sozinho ou tens uma família, se te tornaste avó ou avô ainda relativamente jovem ou já avançado nos anos, se ainda és autónomo ou precisas de ser assistido, porque não existe uma idade para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelhoda tarefa de transmitir as tradições aos netos. É preciso pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo para empreender algo de novo.

 No Evangelho de hoje, Jesus perante uma multidão faminta, realiza o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. É isso que o Senhor nos pede hoje: multipliquemos afetos, cuidados, carinho, atenção, desvelo com os avós e idosos. É isso que o Senhor pede aos avós e idosos: multipliquem a fé, a oração, o exemplo, as histórias, o testemunho com os mais novos.

Na Eucaristia celebramos Cristo, Pão da Vida.  Que ELE alimente e fortaleça as relações entre as gerações diferentes, porque sem raízes a árvore não se abre ao futuro dos frutos.


Pai Nosso

Papa Francisco diz aos Avós e Idosos:

"Atenção! Qual é a nossa vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto."

Rezemos. 

 

Final (após o cântico de Ação de Graças)

Oração a S. Joaquim e Santa Ana, avós de Jesus

Ó Beatíssimos pais de Maria, avós de Jesus, S. Joaquim e Santa Ana, nós vos saudámos e bendizemos.

Alegramo-nos de todo o coração pela vossa glória e por aquele sublime privilégio pelo qual Deus vos escolheu para serdes os pais da Mãe de Deus, Maria Santíssima.

Senhor, por intercessão de São Joaquim e Santa Ana, lembrai-Vos daqueles a quem deste o dom da vida longa: os anciãos e sobretudo nossos os avós.

Recompensai-os agora pelo bem que realizaram no passado, perdoai-os das suas falhas.

Tornai seus dias felizes e dai-lhes a Vossa graça a fim de que sigam crescendo através dos desafios desta fase da sua vida.

Senhor Jesus, pedimos a bênção para todos aqueles que chegaram à idade avançada, especialmente os nossos avós, idosos da nossa comunidade e de todo o mundo, especialmente os mais abandonados, os mais sofredores e os menos assistidos.

Senhor, pedimos a graça de saber valorizar os idosos, de saber dar-lhes atenção, carinho e afeto, respeito e dignidade. Sabemos que, se Vossa bondade o conceder, um dia, também seremos idosos e sabemos que a vida é uma aprendizagem..

Por isso, Senhor, dai-nos a graça de saber envelhecer, a maturidade, a sabedoria, compreensão do mundo e das pessoas para que cada dia seja um passo rumo à Vossa presença.

Senhor por intercessão de São Joaquim e Santa Ana, avós de Jesus, pedimos a graça de aceitar o tempo, aceitar os fatos, mas nunca desistir de um recomeço. Aos que já são idosos, pedimos Senhor que saibamos amá-los em suas fragilidades, acolhê-los em suas limitações, ajudá-los em suas dificuldades.

Que a nossa presença junto dos idosos os leve a superar o sentimento de solidão e nos ajude a ser o ouvido que escuta, a mão estendida e o coração que ama.




segunda-feira, 19 de julho de 2021

sábado, 17 de julho de 2021

Mensagem para o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

  Dia Mundial dos Avós e dos Idosos,  celebrado no 4° domingo de julho, neste ano, no dia 25

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos

«Eu estou contigo todos os dias»

Queridos avôs, queridas avós!

«Eu estou contigo todos os dias» (cf. Mt 28, 20) é a promessa que o Senhor fez aos discípulos antes de subir ao Céu; e hoje repete-a também a ti, querido avô e querida avó. Sim, a ti! «Eu estou contigo todos os dias» são também as palavras que eu, Bispo de Roma e idoso como tu, gostaria de te dirigir por ocasião deste primeiro Dia Mundial dos Avós e dos Idosos: toda a Igreja está solidária contigo – ou melhor, connosco –, preocupa-se contigo, ama-te e não quer deixar-te abandonado.

Bem sei que esta mensagem te chega num tempo difícil: a pandemia foi uma tempestade inesperada e furiosa, uma dura provação que se abateu sobre a vida de cada um, mas, a nós idosos, reservou-nos um tratamento especial, um tratamento mais duro. Muitíssimos de nós adoeceram – e muitos partiram –, viram apagar-se a vida do seu cônjuge ou dos próprios entes queridos, e tantos – demasiados – viram-se forçados à solidão por um tempo muito longo, isolados.

O Senhor conhece cada uma das nossas tribulações deste tempo. Ele está junto de quantos vivem a dolorosa experiência de ter sido afastado; a nossa solidão – agravada pela pandemia – não O deixa indiferente. Segundo uma tradição, também São Joaquim, o avô de Jesus, foi afastado da sua comunidade, porque não tinha filhos; a sua vida – como a de Ana, sua esposa – era considerada inútil. Mas o Senhor enviou-lhe um anjo para o consolar. Estava ele, triste, fora das portas da cidade, quando lhe apareceu um Enviado do Senhor e lhe disse: «Joaquim, Joaquim! O Senhor atendeu a tua oração insistente».[1] Giotto dá a impressão, num afresco famoso[2], de colocar a cena de noite, uma daquelas inúmeras noites de insónia a que muitos de nós se habituaram, povoadas por lembranças, inquietações e anseios.

Ora, mesmo quando tudo parece escuro, como nestes meses de pandemia, o Senhor continua a enviar anjos para consolar a nossa solidão repetindo-nos: «Eu estou contigo todos os dias». Di-lo a ti, di-lo a mim, a todos. Está aqui o sentido deste Dia Mundial que eu quis celebrado pela primeira vez precisamente neste ano, depois dum longo isolamento e com uma retomada ainda lenta da vida social: oxalá cada avô, cada idoso, cada avó, cada idosa – especialmente quem dentre vós está mais sozinho – receba a visita de um anjo!

Este anjo, algumas vezes, terá o rosto dos nossos netos; outras vezes, dos familiares, dos amigos de longa data ou conhecidos precisamente neste momento difícil. Neste período, aprendemos a entender como são importantes, para cada um de nós, os abraços e as visitas, e muito me entristece o facto de as mesmas não serem ainda possíveis em alguns lugares.

Mas o Senhor envia-nos os seus mensageiros também através da Palavra divina, que Ele nunca deixa faltar na nossa vida. Cada dia, leiamos uma página do Evangelho, rezemos com os Salmos, leiamos os Profetas! Ficaremos comovidos com a fidelidade do Senhor. A Sagrada Escritura ajudar-nos-á também a entender aquilo que o Senhor nos pede hoje na vida. De facto, Ele manda os operários para a sua vinha a todas as horas do dia (cf. Mt 20, 1-16), em cada estação da vida. Eu mesmo posso dar testemunho de que recebi a chamada para me tornar Bispo de Roma quando tinha chegado, por assim dizer, à idade da aposentação e imaginava que já não podia fazer muito de novo. O Senhor está sempre junto de nós – sempre – com novos convites, com novas palavras, com a sua consolação, mas está sempre junto de nós. Como sabeis, o Senhor é eterno e nunca vai para a reforma. Nunca.

No Evangelho de Mateus, Jesus diz aos Apóstolos: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (28, 19-20). Estas palavras são dirigidas também a nós, hoje, e ajudam-nos a entender melhor que a nossa vocação é salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Atenção! Qual é a nossa vocação hoje, na nossa idade? Salvaguardar as raízes, transmitir a fé aos jovens e cuidar dos pequeninos. Não vos esqueçais disto.

Não importa quantos anos tens, se ainda trabalhas ou não, se ficaste sozinho ou tens uma família, se te tornaste avó ou avô ainda relativamente jovem ou já avançado nos anos, se ainda és autónomo ou precisas de ser assistido, porque não existe uma idade para aposentar-se da tarefa de anunciar o Evangelhoda tarefa de transmitir as tradições aos netos. É preciso pôr-se a caminho e, sobretudo, sair de si mesmo para empreender algo de novo.

Portanto existe uma renovada vocação, também para ti, num momento crucial da história. Perguntar-te-ás: Mas, como é possível? As minhas energias vão-se exaurindo e não creio que possa ainda fazer muito. Como posso começar a comportar-me de maneira diferente, quando o hábito se tornou a regra da minha existência? Como posso dedicar-me a quem é mais pobre, se já tenho tantas preocupações com a minha família? Como posso alongar o meu olhar, se não me é permitido sequer sair da residência onde vivo? Não é um fardo já demasiado pesado a minha solidão? Quantos de vós se interrogam: Não é um fardo já demasiado pesado a minha solidão? O próprio Jesus ouviu Nicodemos dirigir-Lhe uma pergunta deste tipo: «Como pode um homem nascer, sendo velho?» (Jo 3, 4). Isso é possível – responde o Senhor –, abrindo o próprio coração à obra do Espírito Santo, que sopra onde quer. Com a liberdade que tem, o Espírito Santo move-Se por toda a parte e faz aquilo que quer.

Como afirmei já mais de uma vez, da crise que o mundo atravessa, não sairemos iguais: sairemos melhores ou piores. E «oxalá não seja mais um grave episódio da história, cuja lição não fomos capazes de aprender [somos de cabeça dura!]. Oxalá não nos esqueçamos dos idosos que morreram por falta de respiradores (...). Oxalá não seja inútil tanto sofrimento, mas tenhamos dado um salto para uma nova forma de viver e descubramos, enfim, que precisamos e somos devedores uns dos outros, para que a humanidade renasça» (Papa Francisco, Enc. Fratelli tutti, 35). Ninguém se salva sozinho. Devedores uns dos outros. Todos irmãos.

Nesta perspetiva, quero dizer que há necessidade de ti para se construir, na fraternidade e na amizade social, o mundo de amanhã: aquele em que viveremos – nós com os nossos filhos e netos –, quando se aplacar a tempestade. Todos devemos ser «parte ativa na reabilitação e apoio das sociedades feridas» (Ibid., 77). Entre os vários pilares que deverão sustentar esta nova construção, há três que tu – melhor que outros – podes ajudar a colocar. Três pilares: os sonhos, a memória e a oração. A proximidade do Senhor dará – mesmo aos mais frágeis de nós – a força para empreender um novo caminho pelas estradas do sonho, da memória e da oração.

Uma vez o profeta Joel pronunciou esta promessa: «Os vossos anciãos terão sonhos e os jovens terão visões» (3, 1). O futuro do mundo está nesta aliança entre os jovens e os idosos. Quem, senão os jovens, pode agarrar os sonhos dos idosos e levá-los por diante? Mas, para isso, é necessário continuar a sonhar: nos nossos sonhos de justiça, de paz, de solidariedade reside a possibilidade de os nossos jovens terem novas visões e, juntos, construirmos o futuro. É preciso que testemunhes, também tu, a possibilidade de se sair renovado duma experiência dolorosa. E tenho a certeza de que não será a única, pois, na tua vida, terás tido tantas e sempre conseguiste triunfar delas. E, dessa experiência que tens, aprende como sair da provação atual.

Nisto se vê como os sonhos estão entrelaçados com a memória. Penso como pode ser de grande valor a memória dolorosa da guerra, e quanto podem as novas gerações aprender dela a respeito do valor da paz. E, a transmitir isto, és tu que viveste a tribulação das guerras. Recordar é uma missão verdadeira e própria de cada idoso: conservar na memória e levar a memória aos outros. Segundo Edith Bruck que sobreviveu à tragédia do Holocausto, «mesmo que seja para iluminar uma só consciência, vale a pena a fadiga de manter viva a recordação do que foi… e continua. Para mim, a memória é viver».[3] Penso também nos meus avós e naqueles de vós que tiveram de emigrar e sabem quanto custa deixar a própria casa, como fazem muitos ainda hoje à procura dum futuro. Talvez tenhamos algum deles ao nosso lado a cuidar de nós. Esta memória pode ajudar a construir um mundo mais humano, mais acolhedor. Mas, sem a memória, não se pode construir; sem alicerces, tu nunca construirás uma casa. Nunca. E os alicerces da vida estão na memória.

Por fim, a oração. Como disse o meu predecessor, Papa Bento (um idoso santo, que continua a rezar e trabalhar pela Igreja), «a oração dos idosos pode proteger o mundo, ajudando-o talvez de modo mais incisivo do que a fadiga de tantos».[4] Disse-o quase no fim do seu pontificado, em 2012. É belo! A tua oração é um recurso preciosíssimo: é um pulmão de que não se podem privar a Igreja e o mundo (cf. Papa Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 262). Sobretudo neste tempo tão difícil para a humanidade em que estamos – todos na mesma barca – a atravessar o mar tempestuoso da pandemia, a tua intercessão pelo mundo e pela Igreja não é vã, mas indica a todos a serena confiança de um porto seguro.

Querida avó, querido avô! Ao concluir esta minha mensagem, gostaria de indicar, também a ti, o exemplo do Beato (e proximamente Santo) Carlos de Foucauld. Viveu como eremita na Argélia e lá, naquele contexto periférico, testemunhou «os seus desejos de sentir todo o ser humano como um irmão» (Enc. Fratelli tutti, 287). A sua história mostra como é possível, mesmo na solidão do próprio deserto, interceder pelos pobres do mundo inteiro e tornar-se verdadeiramente um irmão e uma irmã universal.

Peço ao Senhor que cada um de nós, graças também ao seu exemplo, alargue o próprio coração e o torne sensível aos sofrimentos dos últimos e capaz de interceder por eles. Oxalá cada um de nós aprenda a repetir a todos, e em particular aos mais jovens, estas palavras de consolação que ouvimos hoje dirigidas a nós: «Eu estou contigo todos os dias». Avante e coragem! Que o Senhor vos abençoe.

Roma, São João de Latrão, na Festa da Visitação da Virgem Santa Maria, 31 de maio de 2021. 

FRANCISCO

sexta-feira, 16 de julho de 2021

18 Julho 2021 - 16º Domingo do Tempo Comum - Ano B

 «Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco» (Mc 6,31)! O convite não podia ser mais oportuno para este tempo de descanso, para que Deus não fique de férias! Cristo oferece-Se Ele mesmo como destino e companhia para estas férias de verão. Como viver então este tempo? Deixamos aqui algumas sugestões, com ligeiras adaptações de um Decálogo, proposto pelos bispos franceses, para umas férias mais divinas que divinais: 


1.º: Mede a temperatura da caridade! Dedica tempo aos outros, reflete sobre o peso que o amor concreto, de atenção, de visitação, de companhia, terá durante as tuas férias. Caso contrário, o período de verão corre o risco de se tornar somente um tempo de egoísmo, disfarçado de relaxe.

2.º: Leva Deus na tua mala. É o teu certificado digital espiritual. Leva contigo um Evangelho de bolso, uma pequena Bíblia, a vida de um santo, uma pequena obra de teologia, um bom livro; descarrega no teu telemóvel uma aplicação para a leitura do Evangelho diário, para a oração pessoal. Alguns sinais visíveis podem servir de lembrete para te aproximares do invisível, do inefável: um terço, um pequeno ícone ou um crucifixo.

3.º: Mede o nível de oxigénio da tua oração. Leva Deus no teu coração e deixa-O palpitar em cada momento e em cada movimento das tuas viagens e paragens, porque a tua fé vive, como do ar que respiras, da tua ligação íntima e permanente com o Senhor. Se te faltar o oxigénio da oração, liga de imediato para a linha “24 horas com o Senhor”.

4.º: Evita o contágio de qualquer vírus mortal. Foge dos lugares sem Deus, isto é, daquelas situações ambíguas, dispersivas e destruidoras, que te contagiam negativamente e prejudicam o teu vínculo com o Senhor e com o teu próximo.

5.º: Mantém-te “onlife” com o Senhor. Vive as férias como um prolongamento do domingo e antecipação do repouso eterno; dedica, todos os dias, um tempo muito especial a pores a conversa em dia com o Senhor. A rede nunca cai!

6.º: Alimenta-te bem. Não faltes à Eucaristia dominical, usando desculpas triviais e, se for possível, participa até nalguma celebração da Missa diária. Pode ser tão enriquecedor conhecer outro pastor, outra comunidade. Aproxima-te. Diz onde vens, ao que vens.

7.º: Olha para além do que vês. Há vida para além do Sol e do futebol. Contempla a beleza presente na natureza, nas aves e nos lírios do campo, no silêncio das montanhas, na vastidão dos oceanos, nas artes, na maravilha do ser humano, porque, sem o contacto com a beleza, ficarás árido rapidamente.

8.º: Pratica diariamente exercícios de fé. Dá testemunho de Cristo, onde quer que estejas, porque, nas férias, não deves limitar-te a dizeres-te cristão, mas também a despertar e a animar a fé nos outros.

9.º: Usa e abusa da medicação SOS: “Serve o Outro Sempre”. Serve o teu próximo com humildade, gratuidade e hospitalidade. A tentação é gostares de ser servido porque pagas os serviços de outros. Encontra um jeito de te colocares sempre ao serviço de alguém, em gestos simples e caseiros, imitando e percorrendo o próprio caminho de Jesus, que veio para servir.

10.º: Festeja sem armar confusões. Celebra, comemora, alegra-te em tudo e com tudo e apesar de tudo, porque a tua alegria está no Senhor. Afasta-te para longe do ideal mundano da ociosidade preguiçosa e desumanizante; exala o perfume do amor de Deus, na gratuidade e no dom de ti mesmo.

Se viveres assim, no teu regresso, mais do que as fotos orgulhosas das tuas aventuras turísticas, voltarás com um coração mais leve e mais alegre. Não terão sido divinais, mas terão sido mais divinas as tuas férias com Deus.

Amaro Gonçalo, aqui

quarta-feira, 14 de julho de 2021

domingo, 11 de julho de 2021

Festa de Santa Helena 2021

Só com as procissões de en trada e final, sem aglomerados, sem feira, sem o colorido e ruído de outros anos, sem multidões, sem bandeiras e sem pálio, sem barracas, sem gente na casa, sem o senhor Bispo e sem os sacerdotes do arciprestado . Tudo reduzido ao mínimo: Eucaristia e Bênção do Santíssimo Sacramento. Foi de cortar o coração!

Valeu o Facebook do Centro Paroquial para nos sentirmos perto de quem não pôde estar presente.
Quem esteve, esteve bem. Parabéns! Felicitações a todos aqueles que estiveram connosco pelo Facebook! A fé vai para além da presença física.
Com e pela a Mãe das Dores e Santa Helena, esperamos confiadamente que, para o ano, a Romaria da Beira volte a ser o que é. Silêncio e convívio; interioridade e alegria de se estar juntos; serra sem nada e cheia de partilha; silêncio falante e familiaridade; movimento colorido e som envolvente; oração e conversa; bandeiras ao vento e figuras na procissão; música e andores; Multidões e pessoas que encontram a paz no Sacramento do Confissão. Abraços de encontro e merendas partilhadas; espaço da feira e espaço da fé. Deus com os homens, os homens com Deus e todos uns com os outros.

TUDO TÃO DIFERENTE!!!!

Os dias de novena foram ausentes de calor humano e de proximidade. As poucas pessoas que estiveram presentes chegavam em cima da hora da novena e, finda esta, logo regressavam a suas casas. Não houve  “residentes” na casa, nem os habituais homens e mulheres que na serra montam a sua barraca nesta altura do ano.  Faltou calor humano e o espírito de familiaridade tão característicos desta novena. 

Saliente-se a presença activa e dinâmica, serena e convicta do grupo de animação litúrgica. Com enorme espírito de missão e inter-ajuda, demonstrando a sua inteira disponibilidade para ajudar e dar algum conforto e proteção a todos aqueles que por ali estavam ou aos outros que em nome da saúde pública ficavam por casa. Um grupinho carregado de boa disposição, mas com enorme sentido de responsabilidade, cristãos no verdadeiro sentido da palavra, que não olhando ao seu esforço pessoal colocaram o bem da comunidade em primeiro lugar. Eles proclamaram as leituras, eles dinamizaram os cânticos, eles presidiram ao terço, eles transmitiram as cerimónias através do facebook. Parabéns!

Comissão da Capela. Pessoal incansável, preocupado com a protecção de quem ali ia e sempre presente, não deixando faltar nada aos peregrinos. Parabéns!

Ao sacristão, às responsáveis pela Irmandade de Santa Helena, a quem deu as flores e ornou os andores, a quem prestou serviço ocasional na casa, a todas as pessoas que participaram na novena e na festa através do Facebook, deixando, tanta vez, uma palavra de fé e de alento, aos que marcaram presença nestas celebrações, as nossas vivas felicitações. 

Esperamos que, com a ajuda da Senhora das Dores e de Santa Helena e com o nosso indispensável compromisso cívico, para o ano possamos celebrar com  liberdade a vitória sobre este vírus.