quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA FRANCISCO PARA O XXXII DIA MUNDIAL DO DOENTE

                                                        (11 de fevereiro de 2024)

«Não é conveniente que o homem esteja só».
Cuidar do doente, cuidando das relações


«Não é conveniente que o homem esteja só» (Gn 2, 18). Desde o início, Deus, que é amor, criou o ser humano para a comunhão, inscrevendo no seu íntimo a dimensão das relações. Assim a nossa vida, plasmada à imagem da Trindade, é chamada a realizar-se plenamente no dinamismo das relações, da amizade e do amor mútuo. Fomos criados para estar juntos, não sozinhos. E precisamente porque este projeto de comunhão está inscrito tão profundamente no coração humano, a experiência do abandono e da solidão atemoriza-nos e olhamo-la como dolorosa e até desumana. E isto agrava-se ainda mais no tempo da fragilidade, da incerteza e da insegurança, causadas muitas vezes pelo aparecimento dalguma doença grave.

Penso, por exemplo, em todos aqueles que permaneceram terrivelmente sós durante a pandemia de Covid-19: pacientes que não podiam receber visitas, mas também enfermeiros, médicos e pessoal auxiliar, todos sobrecarregados de trabalho e confinados em repartições isoladas. E não esqueçamos quantos tiveram de enfrentar sozinhos a hora da morte, assistidos pelos profissionais de saúde, mas longe das suas famílias.

Ao mesmo tempo associo-me, pesaroso, à condição de sofrimento e solidão de quantos, por causa da guerra e suas trágicas consequências, se encontram sem apoio nem assistência: a guerra é a mais terrível das doenças sociais e as pessoas mais frágeis pagam-lhe o preço mais alto.

Contudo, é preciso assinalar que, mesmo nos países que gozam da paz e de maiores recursos, o tempo da velhice e da doença é vivido frequentemente na solidão e, por vezes, até no abandono. Esta triste realidade é consequência sobretudo da cultura do individualismo, que exalta a produção a todo o custo e cultiva o mito da eficiência, tornando-se indiferente e até implacável quando as pessoas já não têm as forças necessárias para lhe seguir o passo. Torna-se então cultura do descarte, na qual «as pessoas já não são vistas como um valor primário a respeitar e tutelar, especialmente se são pobres ou deficientes, se “ainda não servem” (como os nascituros) ou “já não servem” (como os idosos)» (Francisco, Carta enc. Fratelli tutti, 18). Esta lógica permeia também, infelizmente, certas opções políticas, que não conseguem colocar no centro a dignidade da pessoa humana com as suas carências e nem sempre proporcionam as estratégias e recursos necessários para garantir a todo o ser humano o direito fundamental à saúde e o acesso aos cuidados médicos. Ao mesmo tempo, o abandono das pessoas frágeis e a sua solidão acabam favorecidos ainda pela redução dos cuidados médicos apenas aos serviços de saúde, sem serem sapientemente acompanhados por uma «aliança terapêutica» entre médico, paciente e familiar.

Faz-nos bem voltar a ouvir esta frase bíblica: «não é conveniente que o homem esteja só». É pronunciada por Deus ao início da criação, revelando-nos assim o significado profundo do seu projeto para a humanidade, mas ao mesmo tempo também a ferida mortal do pecado, que se introduz gerando suspeitas, fraturas, divisões e consequente isolamento. Este atinge a pessoa em todas as suas relações: com Deus, consigo mesma, com o outro, com a criação. Tal isolamento faz-nos perder o significado da existência, tira-nos a alegria do amor e faz-nos provar uma sensação opressiva de solidão nas sucessivas passagens cruciais da vida.

Irmãos e irmãs, o primeiro cuidado de que necessitamos na doença é uma proximidade cheia de compaixão e ternura. Por isso, cuidar do doente significa, antes de mais nada, cuidar das suas relações, de todas as suas relações: com Deus, com os outros – familiares, amigos, profissionais de saúde –, com a criação, consigo mesmo. É possível? Sim, é possível; e todos somos chamados a empenhar-nos para que tal aconteça. Olhemos para o ícone do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 25-37), contemplemos a sua capacidade de parar e aproximar-se, a ternura com que trata as feridas do irmão que sofre.

Recordemos esta verdade central da nossa vida: viemos ao mundo porque alguém nos acolheu, somos feitos para o amor, somos chamados à comunhão e à fraternidade. Esta dimensão do nosso ser sustém-nos sobretudo no tempo da doença e da fragilidade, e é a primeira terapia que todos, juntos, devemos adotar para curar as doenças da sociedade em que vivemos.

A vós que vos encontrais na doença, passageira ou crónica, quero dizer-vos: Não tenhais vergonha do vosso desejo de proximidade e ternura. Não o escondais e nunca penseis que sois um peso para os outros. A condição dos doentes convida-nos a todos a abrandar os ritmos exasperados em que estamos imersos e a reentrar em nós mesmos.

Nesta mudança de época que vivemos, especialmente nós, cristãos, somos chamados a adotar o olhar compassivo de Jesus. Cuidemos de quem sofre e está sozinho, porventura marginalizado e descartado. Com o amor mútuo que Cristo Senhor nos oferece na oração, especialmente na Eucaristia, tratemos das feridas da solidão e do isolamento. E deste modo cooperamos para contrastar a cultura do individualismo, da indiferença, do descarte e fazer crescer a cultura da ternura e da compaixão.

Os doentes, os frágeis, os pobres estão no coração da Igreja e devem estar também no centro das nossas solicitudes humanas e cuidados pastorais. Não o esqueçamos! E confiemo-nos a Maria Santíssima, Saúde dos Enfermos, pedindo-Lhe que interceda por nós e nos ajude a ser artífices de proximidade e de relações fraternas.

Roma – São João de Latrão, 10 de janeiro de 2024.

FRANCISCO

CRIANÇAS NA MISSA - Pega na criança ao colo e vai!

Coloca a criança no colo e vai.
Coloca o salto ou a sapatilha e vai. Arruma o cabelo ou faz um coque e vai. Com pó na cara ou com o rosto lavado, vai.
A criança não para sentada, vai.
A criança chora muito, mas vai.
Você talvez não consiga prestar atenção como queria na missa, mas vai.
As pessoas se incomodam, mas vai. Nunca deixe a bênção que você tanto pediu atrapalhar sua gratidão.
Ensine seu filho que ir à casa de Deus é uma forma de agradecer.
Esta fase vai passar, mas vai, mesmo que alguns dias sejam piores do que os outros e que algumas vezes você queira ir embora no meio da homilia, mas persiste em ir até o fim, respira e continua.
Vai, mostra para os teus filhos quem é o Deus que você serve, vai, arrume sempre um jeito, mas nunca uma desculpa.
Vai mãe, pai, planta ali a sementinha do Evangelho, vai, não desiste.
(Cibelle Chagas )
 

sábado, 27 de janeiro de 2024

Encontro de famílias - Paróquia de Tarouca

14.30 horas do dia 27 de janeiro, Centro Paroquial de Tarouca. Salão completamente cheio de pais e filhos. Iniciava-se  o Encontro de Famílias, com a celebração da Eucaristia vespertina, presidida pelo Pároco. O P.e Paulo Alves fez a homilia.
Seguidamente, os filhos subiram para as salas de catequese, acompanhados pelos respetivos catequistas. Os pais ficaram no salão para o seu encontro que, sob o lema deste Ano Pastoral "Recolhei os pedaços que sobraram", começou com o Hino da GMJ, testemunhos de quem esteve presente em lisboa e, via vídeo, de quem passou por Tarouca nas Pré-jornadas e de famílias de acolhimentos.
Após a visualização de um extrato de um filme, os pais dividiram-se por grupos de 10 e, em grupo, trabalharam durante algum tempo, findo o qual teve lugar o plenário, com os representantes dos grupos a partilhar com a assembleia as conclusões. 
Seguiu-se uma intervenção do P.e Paulo Alves, professor de Psicologia no Ensino Superior. Procurou esclarecer e lançar luz sobre as conclusões dos grupos, num estilo simples, agradável,  que envolveu os presentes. 
De seguida, chegaram ao salão os filhos, vindos da catequese, e teve lugar um chazinho, servido com bolo. 
Notas finais:
1. Parabéns à equipa organizadora: Luís, Lurdes, Almerinda, e Judite, Adelaide. Bom trabalho de conceção,  planeamento e execução. 
2. Obrigado ao Grupo de Jovens e representantes do Secretariado Diocesano  da Catequese presentes.
3. Parabéns aos catequizandos  do 10º ano e de todos os anos de catequese e seus catequistas.
4. Foi ótimo ver tantos pais, participativos e interessados.  É bom trabalhar para vós. Mas é ainda melhor trabalhar convosco. Juntos vamos mais longe...
5. Um grande abraço de agradecimento e felicitação ao bom amigo, P.e Paulo. Esteve muito bem. Como é costume. 
6. Através dos filhos, das Eucaristias dominicais, do Facebook, do Blog da Paróquia, procuramos chegar a todas as famílias. 
Que belo momento da Família Paroquial! A paróquia é uma família de famílias.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

ANO DE ORAÇÃO, PREPARANDO O JUBILEU 2025

Dedicar o ano 2024 a uma grande "sinfonia" de oração

Papa Francisco:

“ Neste tempo de preparação, desde já me alegra pensar que se poderá dedicar o ano anterior ao evento jubilar, o 2024, a uma grande «sinfonia» de oração.”

“Um ano intenso de oração, em que os corações se abram para receber a abundância da graça, fazendo do «Pai Nosso» – a oração que Jesus nos ensinou – o programa de vida de todos os seus discípulos.”

Francisco concluindo sua carta pedindo à Virgem Maria que acompanhe a Igreja no caminho de preparação para o acontecimento de graça que é o Jubileu. 

sábado, 20 de janeiro de 2024

Proposta para a Semana da Bíblia: 20 a 27 de janeiro de 2024

 Uma PROPOSTA PARA A SEMANA DA PALAVRA DE DEUS:

- Colocar a Bíblia aberta numa mesa asseada, e junta à Bíblia uma vela acesa, simbolizando a fé na Palavra de Deus que é Luz.
1. Rezar o terço em cada dia. Escolher entre o terço tradicional e o terço da Divina Misericórdia. Cada pessoa ou família escolhe.
2. em cada mistério, uma pessoa da família lê o texto da Bíblia indicado. 
3. Findo o terço, cada pessoa da família, partilha com os outros a frase bíblica que mais o marcou.
Observação: as leituras são as mesmas, quer escolha o Terço Tradicional, quer o Terço da Divina Misericórdia. Encontra-as aqui.

Terço Tradicional

MISTÉRIOS GOZOSOS (Segunda e Sábado)
1.º Mistérioa Anunciação do Anjo a Maria

Do Evangelho de S. Lucas [1,26-27.30-31.38]
O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. (…) O anjo disse-lhe: “Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus”.
E Maria respondeu: “Eis aqui a Escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”.

2.º Mistérioa Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel

Do Evangelho de S. Lucas [1,39-42]
Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. (…) E disse-lhe: “Feliz de ti, porque acreditaste que havia de cumprir-se o que o Senhor te disse!”.

3.º Mistérioo Nascimento de Jesus em Belém

Do Evangelho de S. Lucas [2, 6-7]
Quando se encontravam [em Belém], completaram-se os dias de [Maria] dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria.

4.º Mistérioa Apresentação de Jesus no Templo

Do Evangelho de S. Lucas [2, 22-23.25]
Quando se cumpriu o tempo da purificação, segundo a Lei de Moisés, [Maria e José] levaram Jesus a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor (…). Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel.

5.º MistérioJesus no Templo, entre os doutores
Do Evangelho de S. Lucas [2,43.48-49]
Terminados os dias da festa, [Maria e José] regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. (…)
Ao vê-lo, ficaram assombrados e Sua mãe disse-lhe: “Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!” Ele respondeu-lhes: “Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?”.

MISTÉRIOS LUMINOSOS (Quintas)

1.º Mistérioo Batismo de Jesus no rio Jordão

Do Evangelho de S. Mateus [3, 13-14.16-17]
Jesus veio da Galileia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele. João opunha-se, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti, e Tu vens a mim?” (…)
Uma vez batizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado”.
O Filho de Deus na fila dos pecadores! Ele, igual a nós em tudo exceto no pecado (Heb 4,15),

2.º Mistérioas Bodas de Caná

Do Evangelho de S. João [2,3-5]
A mãe de Jesus disse-Lhe: “Não têm vinho!” Jesus respondeu-Lhe: “Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo?
Ainda não chegou a minha hora”.
Sua mãe disse aos serventes: “Fazei o que Ele vos disser!”.

3.º Mistérioo Anúncio do Reino de Deus por Jesus

Do Evangelho de S. Marcos [1, 14-15]
Depois de terem prendido João, Jesus foi para a Galileia e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus aproximou-se: convertei-vos e acreditai no Evangelho”.

4.º Mistérioa Transfiguração de Jesus

Do Evangelho de S. Marcos [9, 2-3.7]
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-Se diante deles. As Suas vestes tornaram-Se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia

5.º Mistérioa Instituição da Eucaristia

Da Primeira Carta de S. Paulo aos Coríntios [11,23-26]
Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que era entregue, tomou pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o Meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim”.

MISTÉRIOS DOLOROSOS (terças e sextas)

1.º Mistérioa Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras

Do Evangelho de S. Marcos [14,33-36]
Jesus, tomando consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir pavor e a angustiar-Se. E disse-lhes: “A Minha alma está triste até à morte; ficai aqui e vigiai”.
Adiantando-Se um pouco, caiu por terra e orou para que, se possível, passasse dele aquela hora. E dizia: “Abbá, Pai, todas as coisas Te são possíveis; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, senão o que queres Tu”.

2.º Mistérioa Flagelação de Jesus

Do Evangelho segundo S. Mateus [27, 22-26]
Pilatos disse ao povo: “Que hei de fazer de Jesus, chamado Cristo?”. Todos responderam: “Seja crucificado!”.
Vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo: “Estou inocente deste sangue. Isso é convosco”. E todo o povo respondeu: “Que o Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!”.
Então, soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois de O mandar flagelar, entregou-O para ser crucificado.

3.º Mistérioa Coroação de espinhos

Do Evangelho de S. Mateus [27,29]
Os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, dobrando o joelho diante de Jesus, escarneciam-no, dizendo: “Salve, Rei dos Judeus!”.

4.º Mistério: Jesus a caminho do Calvário

Do Evangelho de S. João [19,17]
Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz ‘Gólgota’.
Jesus assume a Sua Cruz e, nela, todos os nossos pecados e infidelidades. A caminho do Calvário,
Jesus deixa-Se ajudar e o Seu olhar cruza-Se com outros olhares, uns de ódio, outros de compaixão. A todos Cristo responde com Amor.

5.º Mistérioa Crucifixão e Morte de Jesus

Do Evangelho de S. João [19, 30.33-34]
Jesus disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. (…)
Vendo que Jesus já estava morto, um dos soldados trespassou-Lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Jesus entrega o Seu espírito nas mãos do Pai. E, já morto, oferece ainda à humanidade Sangue e Água, símbolos da Vida em Abundância que Ele nos veio oferecer.

MISTÉRIOS GLORIOSOS
 (Quartas e Domingos)

1.º Mistérioa Ressurreição do Senhor

Do Evangelho de S. Lucas [24, 28-39]
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, [Jesus] fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: “Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso”. Entrou para ficar com eles.
E, quando Se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro:
«Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém.
Jesus Ressuscitado, vencedor da Morte, põe-Se a caminho com os discípulos e deixa-Se ver pelos Seus efeitos: passam do desânimo à esperança, da tristeza à alegria, do medo à coragem.

2.º Mistérioa Ascensão de Jesus ao Céu

Do Evangelho de S. Marcos [16, 19-20]
Então, o Senhor Jesus, depois de ter falado [com os discípulos], foi recebido no Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.
Completado o tempo das aparições, Jesus ascende ao Céu, para junto do Pai, tal como tinha prometido aos discípulos: “Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus”. (Jo 20,17).
Desde ali, sentado à direita de Deus, intercede por nós eternamente (Heb 7,25).

3.º Mistérioa Descida do Espírito Santo

Do Evangelho de S. Joã
o [14, 25-26]
Jesus disse aos Seus discípulos: “Fui revelando-vos estas coisas enquanto permaneci convosco; mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há de recordar-vos tudo o que Eu vos disse”.
Para nos conduzir à Verdade plena, recebemos do Pai e do Filho o Espírito Santo. É Ele que nos guia pelo caminho da santidade e nos dá a força para sermos testemunhas da Ressurreição do Senhor Jesus.

4.º Mistérioa Assunção de Nossa Senhora ao Céu

Do Evangelho de S. Lucas [11,27-28]

Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse:
“Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito! Mas Jesus respondeu: “Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.

5.º mistérioa Coroação de Nossa Senhora no Céu

Do Evangelho de S. Lucas [46.48b-49]
Maria exclamou: “de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações, porque o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas! Santo é o Seu nome!”.
Elevada ao Céu, Nossa Senhora recebe das mãos de Deus a coroa da glória, como sinal de uma vida totalmente referida a Deus e ao cumprimento da Sua vontade.



Para terminar o Terço, TRÊS AVE MARIAS e Salve Rainha

Salve, Rainha,
mãe de misericórdia,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
A Vós bradamos,
os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa,
esses Vossos olhos misericordiosos
a nós volvei.
E, depois deste desterro,
nos mostrai Jesus, bendito fruto
do Vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa,
ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Festinha do Mártir São Sebastião 2024

21 de janeiro, 3º Domingo Comum e Domingo da Palavra de Deus. A Paróquia de S. Pedro de Tarouca celebrou  o Mártir São Sebastião cujo dia litúrgico é o 20 de janeiro. Este Mártir, Padroeiro principal da Diocese de Lamego, tem  em Tarouca uma capela que lhe é dedicada e que fica na Rotunda, no Centro da cidade, conhecida por Capela do Mártir.
Foi uma festa pequenina pois janeiro não dá para grandes festas. Mas tanto a celebração religiosa como as atividades profanas correram com ordem e em paz. 
Parabéns aos organizadores e a todas as pessoas que colaboraram.
Neste dia da Palavra de Deus - e entre nós, Semana da Palavra de Deus -  que São Sebastião nos dê a coragem e a valentia para acolher, meditar, seguir e comunicar a Palavra de Deus que  salva. 

Mártir São Sebastião

 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

21 de janeiro: III Domingo Comum B |Domingo da Palavra 2024

 

Leituras: aqui


Escutámos a proclamação do Evangelho, segundo São Marcos. Quando ouvimos falar em Evangelho, pensamos num dos Quatro Evangelhos: segundo São Mateus, segundo São Marcos, segundo São Lucas e segundo São João. Durante este ano litúrgico, na maior parte dos Domingos Comuns, iremos escutar o Evangelho segundo São Marcos, o mais antigo e o mais breve, embora esteja em segundo lugar, nos livros do Novo Testamento. Procuremos agora, na Bíblia, no Novo Testamento, ou na edição dos Quatro Evangelhos, o Evangelho segundo São Marcos, capítulo 1. E dentro deste primeiro capítulo, os versículos 14 a 20. Podemo-nos ajudar uns aos outros, nesta busca?!

I. [Lectio]Para viver esta Palavra, precisamos primeiro de a ler, reler e compreender. Talvez com algumas perguntas seja mais fácil. Vamos a isso?

1. Quando tem lugar esta cena? Se olharmos para o que está antes (Mc 1, 1-13)compreenderemos melhor: primeiro foi a pregação de João Batista, logo a seguir o Batismo de Jesus e imediatamente antes as Tentações. Estamos, portanto, no início da vida pública de Jesus. São Marcos dá uma nota temporal importante: isto acontece “depois de João ter sido preso” (Mc 1,14). Isto é, a voz de João Batista dá lugar à Palavra, que Se fez Carne. Agora, Jesus é a Palavra que Se faz ouvir e Se faz ver.

2. Onde tem lugar esta cena? Na Galileia, que era chamada «dos pagãos». Jesus começa pelas zonas difíceis, na periferia, e fala ao comum das pessoas. Para ouvir João era preciso retirar-se para o deserto. Com Jesus, a Palavra de Deus vem acampar no meio de nós, no meio da vida quotidiana das pessoas, junto ao mar da Galileia. Jesus caminha e passa por entre a vida das pessoas, dos seus afazeres comuns. Faz-se próximo dos mal-amados do seu tempo.

3.  Que diz Jesus, na sua pregação? Basicamente três coisas:

3.1. “Cumpriu-se o tempo”. O tempo da espera e da promessa acabou. Com Jesus, Deus eterno veio ao nosso mundo. Por isso, o melhor tempo é o nosso tempo. É o tempo que nos é dado viver. Não o podemos desperdiçar!

3.2. “Está próximo o Reino de Deus”. Deus está perto, está no meio de nós, caminha connosco. Jesus não diz “o mundo está perdido”, “estais todos condenados”. Não. Ele próprio, Jesus, é o Evangelho; é Ele a Boa Nova, a Boa notícia, de um Deus próximo de nós. Não mais estaremos sós. Esta é para nós uma Palavra de consolação e de paz. Mas não é uma palavra para nos deixar em paz. Que diz Jesus, logo a seguir?

3.3. “Convertei-vos e acreditai no Evangelho”. Para acolher este Reino de Deus, é preciso mudar e transformar o nosso coração, a nossa mente, a nossa vida, mudar de visão e de atitude, aderir de alma e coração à Palavra de Deus. Se Deus está próximo, então também eu preciso de me aproximar de Deus e de me tornar próximo dos outros!

4. A quem fala Jesus, em primeiro lugar? Fala aos pobres pescadores da Galileia. Assim, a Palavra de Deus dirige-se a todos. Mas Jesus não fala só a «todos»; a sua Palavra vai direta ao coração de cada um: de Simão, de André, de Tiago e de João. Convida-os pessoalmente: “Vinde comigo” (Mc 1,17). E qual é a missão que lhes confia? “Farei de vós pescadores de homens!” Jesus fala uma linguagem que eles entendem! O mar era, para os judeus, o sinal do abismo, onde habitariam os monstros marinhos. Pescar homens, significaria tirar as pessoas do fundo dos seus medos e misérias, retirá-las da solidão e da escuridão, do abismo do pecado, para as trazer à luz, libertar e salvar.

5. Como reagem os discípulos? Deixaram logo(Mc 1,18)as redes. Deixaram logo o pai no barco… e seguiram Jesus (Mc 1,20). Não se deixaram enredar pela falta de tempo, pelas coisas que tinham, pelo trabalho que faziam. Quanto desprendimento, quanta prontidão!

II. [Meditatio]Sugiro que fechemos os olhos e nos coloquemos nesta cena: junto ao mar, com Jesus a passar, a chamar pelo nosso nome. A Palavra de Deus não está longe, do outro lado do mar: está perto, perto do nosso coração (cf. Dt 30,14), perto das nossas vidas. O Senhor passa e chama-me pelo nome, desafia-me a segui-l’O com prontidão. Perguntemo-nos: À sua Palavra, deixaria eu todas as redes, para seguir Jesus e lançar as redes do Evangelho? Ou será que Jesus passa e nem sequer me dou conta?

III. [Oratio]Respondamos ao Seu convite, dizendo, como Maria: “Faça-Se em mim segundo a Tua Palavra” (Lc 1,38).

IV. [Actio]Neste Domingo, façamos este compromisso de nos aproximarmos mais da Palavra de Deus. Se o fizermos também a Palavra se aproximará de nós. Permaneçamos na Palavra de Deus. Não A deixemos à distância. Levemo-la sempre connosco, no bolso. A Palavra está muito perto de nós, às vezes, está a um dedo de um clique no telemóvel! Reservemos um espaço digno e visível nas nossas casas para a Palavra de Deus. E assim nos lembraremos de a ler diariamente. 

Que a Palavra de Deus permaneça viva em nós, como farol dos nossos passos e a luz dos nossos caminhos (Sl 119, 105).

Amaro Gonçalo, aqui

Proposta para a Semana da Bíblia: 20 a 27 de janeiro de 2024

Uma PROPOSTA PARA A SEMANA DA PALAVRA DE DEUS:
- Colocar a Bíblia aberta numa mesa asseada, e junta à Bíblia uma vela acesa, simbolizando a fé na Palavra de Deus que é Luz.
1. Rezar o terço em cada dia. Escolher entre o terço tradicional e o terço da Divina Misericórdia. Cada pessoa ou família escolhe.
2. em cada mistério, uma pessoa da família lê o texto da Bíblia indicado. 
3. Findo o terço, cada pessoa da família, partilha com os outros a frase bíblica que mais o marcou.
Observação: as leituras são as mesmas, quer escolha o Terço Tradicional, quer o Terço da Divina Misericórdia. Encontra-as aqui.

Terço Tradicional

MISTÉRIOS GOZOSOS (Segunda e Sábado)
1.º Mistério: a Anunciação do Anjo a Maria

Do Evangelho de S. Lucas [1,26-27.30-31.38]
O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. (…) O anjo disse-lhe: “Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus”.
E Maria respondeu: “Eis aqui a Escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”.

2.º Mistério: a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Isabel

Do Evangelho de S. Lucas [1,39-42]
Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, a uma cidade da Judeia. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. (…) E disse-lhe: “Feliz de ti, porque acreditaste que havia de cumprir-se o que o Senhor te disse!”.

3.º Mistério: o Nascimento de Jesus em Belém

Do Evangelho de S. Lucas [2, 6-7]
Quando se encontravam [em Belém], completaram-se os dias de [Maria] dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria.

4.º Mistério: a Apresentação de Jesus no Templo

Do Evangelho de S. Lucas [2, 22-23.25]
Quando se cumpriu o tempo da purificação, segundo a Lei de Moisés, [Maria e José] levaram Jesus a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor (…). Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel.

5.º Mistério: Jesus no Templo, entre os doutores
Do Evangelho de S. Lucas [2,43.48-49]
Terminados os dias da festa, [Maria e José] regressaram a casa e o menino ficou em Jerusalém, sem que os pais o soubessem. (…)
Ao vê-lo, ficaram assombrados e Sua mãe disse-lhe: “Filho, porque nos fizeste isto? Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura!” Ele respondeu-lhes: “Porque me procuráveis? Não sabíeis que devia estar em casa de meu Pai?”.

MISTÉRIOS LUMINOSOS (Quintas)

1.º Mistério: o Batismo de Jesus no rio Jordão

Do Evangelho de S. Mateus [3, 13-14.16-17]
Jesus veio da Galileia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele. João opunha-se, dizendo: “Eu é que tenho necessidade de ser batizado por ti, e Tu vens a mim?” (…)
Uma vez batizado, Jesus saiu da água e eis que se rasgaram os céus, e viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e vir sobre Ele. E uma voz vinda do Céu dizia: “Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado”.
O Filho de Deus na fila dos pecadores! Ele, igual a nós em tudo exceto no pecado (Heb 4,15),

2.º Mistério: as Bodas de Caná

Do Evangelho de S. João [2,3-5]
A mãe de Jesus disse-Lhe: “Não têm vinho!” Jesus respondeu-Lhe: “Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo?
Ainda não chegou a minha hora”.
Sua mãe disse aos serventes: “Fazei o que Ele vos disser!”.

3.º Mistério: o Anúncio do Reino de Deus por Jesus

Do Evangelho de S. Marcos [1, 14-15]
Depois de terem prendido João, Jesus foi para a Galileia e proclamava o Evangelho de Deus, dizendo: “Completou-se o tempo e o Reino de Deus aproximou-se: convertei-vos e acreditai no Evangelho”.

4.º Mistério: a Transfiguração de Jesus

Do Evangelho de S. Marcos [9, 2-3.7]
Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, a um monte elevado. E transfigurou-Se diante deles. As Suas vestes tornaram-Se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia

5.º Mistério: a Instituição da Eucaristia

Da Primeira Carta de S. Paulo aos Coríntios [11,23-26]
Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus, na noite em que era entregue, tomou pão e, tendo dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o Meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim”.

MISTÉRIOS DOLOROSOS (terças e sextas)

1.º Mistério: a Agonia de Jesus no Jardim das Oliveiras

Do Evangelho de S. Marcos [14,33-36]
Jesus, tomando consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir pavor e a angustiar-Se. E disse-lhes: “A Minha alma está triste até à morte; ficai aqui e vigiai”.
Adiantando-Se um pouco, caiu por terra e orou para que, se possível, passasse dele aquela hora. E dizia: “Abbá, Pai, todas as coisas Te são possíveis; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu quero, senão o que queres Tu”.

2.º Mistério: a Flagelação de Jesus

Do Evangelho segundo S. Mateus [27, 22-26]
Pilatos disse ao povo: “Que hei de fazer de Jesus, chamado Cristo?”. Todos responderam: “Seja crucificado!”.
Vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos na presença da multidão, dizendo: “Estou inocente deste sangue. Isso é convosco”. E todo o povo respondeu: “Que o Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!”.
Então, soltou-lhes Barrabás. Quanto a Jesus, depois de O mandar flagelar, entregou-O para ser crucificado.

3.º Mistério: a Coroação de espinhos

Do Evangelho de S. Mateus [27,29]
Os soldados, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça e, dobrando o joelho diante de Jesus, escarneciam-no, dizendo: “Salve, Rei dos Judeus!”.

4.º Mistério: Jesus a caminho do Calvário

Do Evangelho de S. João [19,17]
Jesus, levando a cruz às costas, saiu para o chamado Lugar da Caveira, que em hebraico se diz ‘Gólgota’.
Jesus assume a Sua Cruz e, nela, todos os nossos pecados e infidelidades. A caminho do Calvário,
Jesus deixa-Se ajudar e o Seu olhar cruza-Se com outros olhares, uns de ódio, outros de compaixão. A todos Cristo responde com Amor.

5.º Mistério: a Crucifixão e Morte de Jesus

Do Evangelho de S. João [19, 30.33-34]
Jesus disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. (…)
Vendo que Jesus já estava morto, um dos soldados trespassou-Lhe o peito com uma lança e logo brotou sangue e água.
Jesus entrega o Seu espírito nas mãos do Pai. E, já morto, oferece ainda à humanidade Sangue e Água, símbolos da Vida em Abundância que Ele nos veio oferecer.

MISTÉRIOS GLORIOSOS
(Quartas e Domingos)

1.º Mistério: a Ressurreição do Senhor

Do Evangelho de S. Lucas [24, 28-39]
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, [Jesus] fez menção de seguir para diante. Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: “Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso”. Entrou para ficar com eles.
E, quando Se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram, então, um ao outro:
«Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém.
Jesus Ressuscitado, vencedor da Morte, põe-Se a caminho com os discípulos e deixa-Se ver pelos Seus efeitos: passam do desânimo à esperança, da tristeza à alegria, do medo à coragem.

2.º Mistério: a Ascensão de Jesus ao Céu

Do Evangelho de S. Marcos [16, 19-20]
Então, o Senhor Jesus, depois de ter falado [com os discípulos], foi recebido no Céu e sentou-Se à direita de Deus.
Eles, partindo, foram pregar por toda a parte; o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra com os sinais que a acompanhavam.
Completado o tempo das aparições, Jesus ascende ao Céu, para junto do Pai, tal como tinha prometido aos discípulos: “Subo para o meu Pai, que é vosso Pai, para o meu Deus, que é vosso Deus”. (Jo 20,17).
Desde ali, sentado à direita de Deus, intercede por nós eternamente (Heb 7,25).

3.º Mistério: a Descida do Espírito Santo

Do Evangelho de S. Joã
o [14, 25-26]
Jesus disse aos Seus discípulos: “Fui revelando-vos estas coisas enquanto permaneci convosco; mas o Paráclito, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, esse é que vos ensinará tudo, e há de recordar-vos tudo o que Eu vos disse”.
Para nos conduzir à Verdade plena, recebemos do Pai e do Filho o Espírito Santo. É Ele que nos guia pelo caminho da santidade e nos dá a força para sermos testemunhas da Ressurreição do Senhor Jesus.

4.º Mistério: a Assunção de Nossa Senhora ao Céu

Do Evangelho de S. Lucas [11,27-28]

Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse:
“Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito! Mas Jesus respondeu: “Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.

5.º mistério: a Coroação de Nossa Senhora no Céu

Do Evangelho de S. Lucas [46.48b-49]
Maria exclamou: “de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações, porque o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas! Santo é o Seu nome!”.
Elevada ao Céu, Nossa Senhora recebe das mãos de Deus a coroa da glória, como sinal de uma vida totalmente referida a Deus e ao cumprimento da Sua vontade.



Para terminar o Terço, TRÊS AVE MARIAS e Salve Rainha

Salve, Rainha,
mãe de misericórdia,
vida, doçura, esperança nossa, salve!
A Vós bradamos,
os degredados filhos de Eva.
A Vós suspiramos, gemendo e chorando
neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa,
esses Vossos olhos misericordiosos
a nós volvei.
E, depois deste desterro,
nos mostrai Jesus, bendito fruto
do Vosso ventre.
Ó clemente, ó piedosa,
ó doce Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus,
para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

sábado, 13 de janeiro de 2024

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

“Domingo da Palavra de Deus”

Aproxima-se o III Domingo Comum,

a 20 e 21 de janeiro de 2024.

Desde há 5 anos que o Papa Francisco

nos pede que este seja o “Domingo da Palavra de Deus”.

É um Domingo “dedicado à celebração,

reflexão e divulgação da Palavra de Deus" (Aperuit Illis, 3).

Seja este Domingo da Palavra

não uma vez por ano, mas uma vez por todo o ano” (Aperuit Illis, 3).

Permanecei na minha Palavra” (Jo 8,31)

é o desafio que marca a celebração deste 5.º Domingo da Palavra.

Só assim nos tornaremos discípulos de Jesus!

A celebração deste Domingo da Palavra

é, pois, uma oportunidade,

para descobrirmos a importância

da Palavra de Deus na nossa vida,

quer como fiéis ouvintes,

quer como anunciadores e testemunhas.

Fonte: Amaro Gonçalo

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

8 DE JANEIRO, 2024 - FESTA DO BATISMO DO SENHOR JESUS

A vida pública de Jesus tem início com seu Batismo no Rio Jordão.
Mateus 3:16-17: "Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento, o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. E do céu veio uma voz que disse: 'Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.'"
O batismo de Jesus marca o início de seu ministério público. Ele se dirige ao rio Jordão para ser batizado por João Batista, um ato humilde e significativo, dado que Jesus, sendo sem pecado, não precisaria do batismo de arrependimento. O batismo de Jesus representa sua solidariedade com a humanidade pecadora e sua identificação com os propósitos de Deus. Quando Jesus emerge das águas, o céu se abre, e o Espírito Santo desce sobre ele em forma de pomba, enquanto a voz de Deus o reconhece como seu "Filho amado". Este evento não é apenas uma demonstração pública da missão e identidade de Jesus, mas também um momento de aprovação divina e a revelação da Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

7 de Janeiro, 2024 - Solenidade da Epifania do Senhor - Ano B

 «Vamos com alegria! Vamos todos a Belém». Podemos  recapitular o caminho percorrido, desde o Advento até hoje, a partir desta viagem dos Magos. Ela desperta-nos para uma outra alegria do Natal: a alegria sinodal, a alegria de caminharmos juntos!

1. “Vamos”. Vede que este é um convite feito no plural, um imperativo conjunto, a levantarmo-nos, a partirmos, a caminharmos, a sairmos, para alcançarmos juntos e juntos resplandecermos a alegria do encontro com o Senhor. Foi esta a primeira palavra de ordem dos Magos, para a peregrinação: «Vamos». A tal ponto que este «vamos» se concretiza naquele «vimos» e «viemos»: “vimos a sua Estrela no Oriente e viemos adorá-l’O” (Mt 2, 2). Os Magos levantam-se, põem-se a caminho, mas não são corredores isolados, em competição. Não. Eles falam sempre na segunda pessoa do plural: «vimos» e «viemos». Tudo o que fazem, fazem-no juntos: juntos, puseram-se a caminho; juntos sentiram grande alegria, juntos entraram na Casa, juntos prostraram-se e adoraram, juntos ofereceram presentes e juntos regressaram por outro caminho, Vede: Ninguém chega a Jesus sozinho e sem se pôr a caminho. Façamo-lo então juntos, em casal, em família, em grupo, em comunidade. Sonhemos juntos. Caminhemos juntos.

2. “Com alegria”. Os Magos, indagadores inquietos, sentiram-se atraídos por uma grande alegria e encontraram-na, no final da sua peregrinação, sem se escandalizar, na pequenez daquele Menino, na pobreza do Presépio. Não deixemos que o cansaço, as quedas e os fracassos do caminho nos precipitem no desânimo; antes, pelo contrário, reconhecendo-os com humildade, devemos fazer deles ocasião de progredir na proximidade com o Senhor Jesus. Olhando para o Senhor, encontraremos a força para continuar o caminho juntos, com renovada alegria. Deus dá a liberdade e distribui a alegria, sempre e só, em caminho, juntos. Seja a alegria deste encontro a estrela que nos guia.

3. “Vamos todos a Belém”. Os Magos perceberam que não era Jerusalém a meta da sua viagem. Era Belém, uma pequena cidade da periferia, uma cidade onde todos têm lugar: os pastores e os magos, as pessoas rudes e as pessoas eruditas, os pobres ricos e os ricos pobres. Mas, para descobrirem esta cidade de Belém, os Magos precisaram de se deixar guiar por uma Estrela, o mesmo é dizer, de se deixar tocar pela linguagem silenciosa do Universo, de se deixar interpelar pelos sinais, de se deixar iluminar pela Palavra das Escrituras, de se deixar atrair pela Luz de Deus, de se deixar mover pelo desassossego do coração, que, no mais fundo de si mesmo, deseja ver a face de Deus. Aprendamos, pois, com os Magos a desassossegar, a sonhar alto, a caminhar para novas e mais altas metas, a caminhar mais longe e por caminhos novos, com a humildade de quem se deixa interpelar e guiar!

4. E retomamos, por fim, a segunda parte do lema do nosso ano pastoral: “Juntos por um caminho novo”. Os Magos regressam «por outro caminho» (Mt 2, 12). Não se pode encontrar Cristo e deixar ficar tudo como dantes, seguindo o cómodo critério do “fez-se sempre assim” (EG 33). O Espírito Santo nos guie por caminhos novos, para levarmos o Evangelho ao coração de todos, todos, todos. Comecemos pela nossa casa, por quem é indiferente ou vive alheado, por quem perdeu a esperança, mas anda à procura da «grande alegria» (Mt 2, 10), que só o encontro com Cristo oferece.

5.Irmãos e irmãs: Vamos com alegria. Vamos todos a Belém. Vamos mais longe, mais além. Vamos juntos, como Povo. Vamos com alegria. Juntos por um Caminho novo.

Fonte: aqui

Leituras: aqui

Leitura: 

(Antes do Pai Nosso Como

Deus é bom! Não precisando de nós, criou o mundo para nele habitarmos. Preparou, com os Seus mensageiros, o povo para acolher Jesus, Seu divino Filho.

E Jesus, esperado durante séculos, veio ao mundo, concebido pelo poder do Espírito Santo, no seio da Virgem Santa Maria.

Muitos O adoraram: Sua Mãe, São José, as pessoas de Belém, os Magos do Oriente…

Hoje, neste dia da Epifania, somos nós convidados a ir ao Seu encontro. Vamos com os Magos. Eles não se enganam no caminho pois são guiados por uma misteriosa estrela: o Evangelho. Oferecem a Jesus ouro, incenso e mirra.

Nós oferecemos-Lhe tudo: o nosso coração e a nossa vida.

Os Magos regressaram a suas terras por outro caminho. Nós trazemo-l’O connosco para jamais nos separarmos d’Ele.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Vaticano: A Igreja precisa de Maria para «abrir espaço às mulheres e ser fecunda através duma pastoral feita de cuidado» – Papa Francisco

Vaticano: A Igreja precisa de Maria para «abrir espaço às mulheres e ser fecunda através duma pastoral feita de cuidado» – Papa Francisco: Homilia da Missa no primeiro dia do ano lembrou as mães e as mulheres como inspiradoras de paz Cidade do Vaticano, 01 jan 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou na homilia da Missa do primeiro dia do ano, que celebra a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, que a Igreja precisa de Maria … Vaticano: A Igreja precisa de Maria para «abrir espaço às mulheres e ser fecunda através duma pastoral feita de cuidado» – Papa Francisco Read More »