sábado, 31 de maio de 2014

Os elementos da Comissão da Igreja em trabalhos de manutenção na capela de Santa Helena

Foto: Os elementos da Comissão da Igreja em trabalhos de manutenção da capela de Santa Helena
Em  voluntariado, a Comissão da Igreja cuida daquilo que é da comunidade. Muitas vezes, o trabalho não se vê - e olhem que é o mais 'chato'! (papéis, reuniões, burocracias, contactos, contas, andar de um lado para o outro,  trabalhos da mais diversa índole...).
Aqui, com enorme satisfação, esta gente trabalha para preservar e conservar o que temos em Santa Helena.
A comunidade felicita estas pessoas pela dedicação.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

1 de junho: Dia Mundial da Criança

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Dia Mundial da Criança será celebrado em Tarouca
O Município de Tarouca, em colaboração com o Agrupamento de Escola de Tarouca, dedicará o próximo domingo, 1 de junho, às crianças do concelho.
Durante todo o dia, o Centro Cívico de Tarouca será recheado de vários equipamentos e atividades, exclusivamente dedicados aos mais novos.
De acordo com o executivo da Câmara Municipal de Taro...uca o Dia Mundial da Criança é uma data que tem de ser marcada no concelho, não só para proporcionar momentos de convívio e de animação às nossas crianças, mas também para promover pontes de contacto entre os tarouquenses.
Será pelas 10h que a agitação se iniciará no Centro Cívico de Tarouca, onde os mais pequenos poderão fazer slide, rappel, escalada entre outros desportos de aventura, estando prevista a sua continuação durante o período da tarde, que ficará marcado por várias atividades, nas quais se destacam momentos de dança e uma largada de balões, na qual cada criança deixará uma mensagem.
(Município de Tarouca, Facebook)

A TODAS AS CRIANÇAS
Repomos agora um texto que foi publicado neste blog há tempos.
Queremos homenagear com ele todas as crianças. Dizer-lhes muito obrigado por tudo o que são e ensinam.
Jesus,
Sou o João, tenho 11 anos e ando no 6º ano.

Na catequese, ensinaram-me que Tu sabes tudo,
que conheces cada um por dentro e por fora.
Por isso, perdoa-me estar a lembrar-Te aquilo que já sabes.
Mas eu preciso de falar com Alguém que me compreenda.

Jesus, no ano passado, no Natal,
Eu não pedi ao Pai Natal, que já não tenho idade
para a creditar nessas coisas. Pedi-Te a ti. Lembras?

Pedi que os meus pais tivessem saúde e trabalho;
pedi que eu fosse capaz de estar mais atento nas aulas;
Pedi por todos os meninos a quem os adultos
não deixam ser crianças;
e também te pedi uns ténis novos e um telemóvel.

Os meus pais têm tido trabalho e saúde,
eu também melhorei o comportamento
e subi as notas. Obrigado, Jesus!
Mas continuo a ouvir falar de meninos com fome,
sem família, sem escola, sem amor, sem respeito...
Os homens maus não Te deixam fazer nada por eles,
é isso, Jesus?

Também não tive o telemóvel nem os ténis de marca.
Sabes, Jesus, nunca tive!
Os meus pais dizem que ganham o ordenado mínimo
e que têm de pagar a casa e o carro que tiveram de comprar
para poderem ir trabalhar e que a vida está muito difícil.

Sabes, Amigo, nos dias grandes,
os meus pais, depois do trabalho, ainda vão para o campo.
Diz o meu pai que é para termos a mesa farta.
Eu também vou com eles e faço alguns trabalhos mais levezinhos.
Bem gostava de ficar a jogar à bola, a ver televisão, ir para a piscina,
jogar na Internet... Ah! Eu não tenho Internet nem consola...

Mas tenho uns pais bué de fixes! Falam muito comigo,
dão-me atenção, brincam comigo, explicam-me as coisas...
Tu bem sabes, Amiguito, que não os trocaria por outros
que me pudessem dar tudo o que nunca tive
e que os meus colegas têm.

Olha, Jesus, agora tenho que te deixar.
Sabes, o mano mais novo é um chato
e está ali a pedir que o vá ajudar nos trabalho de casa.
Eu gosto bué dele, mas gostava de ter um quarto só para mim.
Assim até poderia falar mais contigo sem ele me chatear.

Ah! Desculpa, Amigo, já me esquecia...
O bem que fazemos aos outros, é a ti que o fazemos.
Então também é a Ti que vou ajudar a fazer os TPCs.
Até amanhã, Jesus.


SOLENIDADE DA ASCENSÃO DO SENHOR

Leituras: aqui

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Os Migueis e as Saras das nossas catequeses e paróquias

O Miguel anda no sétimo ano e também anda na catequese. Há dias a catequista convidou o seu grupo a participar na Eucaristia após a catequese. Os miúdos já estavam no corredor quando o Miguel disse Eu não vou. Era o que me faltava. Só se me obrigarem. Eu ia a passar, ouvi e meti conversa, perguntando-lhe porque é que não queria ir à missa, ao que me respondeu. Eu vou, senhor padre, senão a catequista pode marcar-me falta. Sorriu com ar de malandro. Eu também fiz o mesmo sorriso. Anda. E foi, mas foi como foi.
A Sara anda no sexto ano e também anda na catequese. Em conversa confidenciou-me que gostava muito de ir à missa, mas que a mãe não queria e quase não a deixava ir. Ela insistia, pedia, mas a mãe tinha mais que fazer. Fez um olhar triste. Eu também fiz o mesmo olhar, mas mais compreensivo que acusador.
Há muitos Migueis e Saras nas nossas catequeses e nas nossas paróquias. E questiono-me que adianta termos catequeses assim, termos paróquias com cristãos assim. E questiono-me se a catequese serve ou não para levar as pessoas à fé. E questiono-me se devemos andar a alimentar paróquias assim. E questiono-me o que Deus se questionará. E mais não quero questionar, porque senão deixo de ser eu para ser a questão.
Fonte: aqui

quarta-feira, 28 de maio de 2014

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O XLVIII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

«Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro»
[Domingo, 1 de Junho de 2014]

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.
Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.
Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».
Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.
Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.
Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efectiva e afectivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.
O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (Bento XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.
Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria. A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.
Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.
 
Franciscus

terça-feira, 27 de maio de 2014

Dez razões para recordar a visita do Papa à Terra Santa


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    Um convite inédito. Um abraço a dois pulmões. Um muro que mudou de lugar. A visita de Francisco à Terra Santa teve vários momentos de destaque.
Do convite inédito para uma jornada de oração entre os presidentes israelista e palestiniano Shimon Peres e Mahmoud Abbas ao abraço entre Francisco e o Patriarca Bartolomeu, passando pelo momento em que o Papa beijou a mão aos sobreviventes do Holocausto, recorde aqui os principais momentos desta peregrinação à Terra Santa.
1 – Um convite inéditoO gesto de Francisco de convidar Mahmoud Abbas e Shimon Peres para irem rezar pela paz, no Vaticano, foi verdadeiramente profético e apanhou o mundo de surpresa. Um Papa a falar de paz não é grande novidade, um Papa a dizer que se deve rezar pela paz muito menos, mas nunca tínhamos visto um Papa a convidar duas pessoas, adversárias e ainda por cima de religiões diferentes, a deslocarem-se do local do conflito para rezarem juntos pela paz.
Este gesto revela duas coisas. Em primeiro lugar uma enorme autoridade moral do Papa, uma vez que o convite não teria sido feito em público se não tivesse sido já aceite em privado. Se a jornada de oração não der em nada não fará nem mais nem menos que a maioria dos outros encontros já promovidos entre israelitas e palestinianos, mas o facto de se realizar, e a forma como foi anunciado, mostra que apesar das suas recentes críticas à Igreja Católica, a ONU ainda tem uma ou duas coisas a aprender com esta instituição. Afinal de contas, que outro líder do mundo poderia ter feito tal desafio?
Em segundo lugar, comprova, se dúvidas houvesse, que estamos perante um Papa que acredita verdadeiramente no poder da oração, como ficou provado já aquando da convocação do dia de oração pela Síria.
2 - Consciência para o mundo inteiro

O Papa com o Rei da Jordânia. Foto: EPA
O Papa fez cerca de 15 intervenções, entre discursos e homilias, durante a sua peregrinação, mas um dos discursos mais marcantes destes dias foi a do Rei Abdullah, da Jordânia, logo na recepção ao Santo Padre em Amã.
Entre outras coisas, o Rei apelidou Francisco de "consciência para o mundo inteiro". Não se deve menosprezar o significado destas palavras, sobretudo vindas de um monarca árabe, cuja legitimidade advém do facto de ser descendente directo de Maomé.
3 – Um abraço a dois pulmões

O Papa e o Patriarca de Constantinopla. Foto: EPA
O encontro entre o Papa e o Patriarca de Constantinopla seria sempre um dos pontos altos desta peregrinação e foi mesmo a ideia que inspirou a viagem. O abraço e as relações estabelecidas entre os dois líderes são de uma importância que não pode ser subestimada.
É preciso ter em conta que o diálogo ecuménico se faz a vários níveis. A comunhão só virá do diálogo doutrinário e esse está nas mãos dos especialistas, cujo trabalho não é de invejar. Mas esse diálogo só é possível porque assenta sobre um ecumenismo de amizade, que está ao alcance de todos, e de que foi dado, novamente, tão bom exemplo do topo da hierarquia.
As imagens não deixam dúvidas. Bartolomeu e Francisco vêem-se como irmãos. Irmãos impedidos de comer do mesmo pão, um facto que justamente os escandaliza. Todos os caminhos podem ser longos, mas o primeiro obstáculo é a falta de vontade de caminhar. Durante 900 anos faltou vontade. Agora já se caminha e sonha-se com o destino e isso já é uma vitória.
4 O muro mudou de lugar
Há dois muros verdadeiramente simbólicos na Terra Santa. Os anteriores Papas sempre fizeram questão de ir ao Muro das Lamentações, salientando dessa forma o vínculo entre cristãos e judeus junto do local mais santo do Judaísmo, tudo o que resta do Templo de Jerusalém.
É verdade que este Papa também lá foi. Mas com a sua paragem não agendada junto ao outro muro, o muro que separa a Palestina de Israel, trocou a ordem de importância dos dois locais e realçou o muro da divisão. Não foi preciso dizer nada. Bastou parar para rezar.
Que dizer sobre este muro? Quem vive longe não pode compreender como esta construção afecta a vida e a dignidade dos palestinianos. Nessa qualidade é uma mancha e sinal de divisão e opressão com cuja destruição todos devem sonhar.
 Mas quem critica o muro tende a ignorar um dado importante: os atentados suicidas em Israel praticamente cessaram desde que foi construído. Para os israelitas isso é prova de que o muro cumpre a sua função.
O problema, por isso, não é tanto haver ou não haver muro. O muro é apenas uma extensão da divisão que já existe no coração daqueles dois povos. Enquanto esse muro existir, todo o betão do mundo não passará de uma distracção.
É precisamente este facto que dá importância ao tal encontro de oração que se irá realizar em Roma.
5 – Beija-mão trocado

O Papa e os sobreviventes do Holocausto. Foto: EPA
Tal como o Papa "trocou as voltas" à questão dos muros, também o fez esta segunda-feira de manhã, quando foi ao memorial Yad Vashem. A tradição entre os cristãos é de se beijar a mão ao Papa. Os não cristãos podem não o fazer, mas normalmente inclinam ligeiramente a cabeça enquanto lhe apertam a mão, em sinal de respeito.
Mas quando o Papa foi apresentado aos seis sobreviventes do Holocausto, no memorial, inverteu os papéis e foi ele que se inclinou perante aqueles judeus, beijando-lhes a mão. Como não ver aqui um paralelo com o gesto de Cristo na Última Ceia, de lavar os pés aos seus discípulos? E como não ver também um reconhecimento, por parte de Francisco, de que o facto de terem vivenciado aquele episódio da história da humanidade, torna estes homens e estas mulheres, de alguma forma, sagrados?
6 – Lição para os guardiães do Santo Sepulcro

Francisco e Bartolomeu no Santo Sepulcro. Foto: EPA
O Santo Sepulcro é um lugar de profunda contradição para os cristãos. Antes de mais, é o símbolo máximo do que os une: a crença na morte e ressurreição de Cristo, naquele lugar. Mas por outro lado é sinal visível do pior das divisões. São seis as confissões cristãs que partilham a custódia do complexo e as lutas, mesmo físicas, são frequentes. A situação é tão grave que às vezes é preciso soldados judeus entrarem para separar monges que trocam murros e pontapés e a chave da Igreja está confiada a uma família muçulmana…
É por isso que foi tão importante o gesto ecuménico de Francisco e de Bartolomeu ter lugar ali. Será que a lição foi apreendida por todos os que testemunharam ao vivo?
7 – Estatuto de Jerusalém

Jerusalém tem importância "universal". Foto: EPA
Estas viagens incluem sempre uma gigantesca dose de diplomacia. Cada palavra é medida para se avaliar o seu potencial impacto. No que diz respeito ao conflito israelo-árabe, a posição da Santa Sé é clara, apoiando uma solução de dois estados soberanos, com um estatuto especial para Jerusalém, que garanta o acesso a todos os fiéis. Este estatuto poderia passar ou por uma partilha de soberania entre Palestina e Israel ou mesmo uma soberania internacional, por exemplo. A direita israelita rejeita firmemente abdicar da soberania de Jerusalém.
O Papa não abordou directamente o assunto, mas em pelo menos dois dos seus discursos falou da importância "universal" de Jerusalém e do acesso aos lugares santos. A mensagem, calculada para não tornar-se um incidente diplomático, terá sido bem captada.
8 – Cansaço natural
Com tanto entusiasmo à volta do Papa Francisco, é fácil esquecer-se que ele está a caminho dos 78 anos e, como é público, não goza de uma saúde de ferro. O Papa pareceu cansado nesta viagem, sobretudo no final. Foram três dias, três países, várias viagens e 15 intervenções públicas… quem não ficaria cansado? Mas é bom recordar que o Papa não é de ferro.
9 – Vieram do fim do mundo

Foto: EPA
Quando o Papa foi eleito disse aos fiéis que os cardeais o tinham ido buscar "ao fim do mundo". Quem diria que, pouco mais de um ano depois, seriam três líderes religiosos argentinos a dar o exemplo do diálogo inter-religioso? Embora só tenham aparecido juntamente em público na visita ao Muro das Lamentações (pelo menos de forma mais notória), o abraço entre o Papa Francisco e os seus amigos o rabino Abraham Skorka e o imã Omar Abboud grita mais alto do que qualquer discurso de ocasião a importância da humanidade comum e da amizade que pode transcender divisões de credo, sem as menosprezar.
10 – Cristãos perseguidos
Já era de esperar, mas não deixou de ser impressionante a forma como o Papa falou dos cristãos perseguidos, muitas vezes no contexto em que falava de pessoas afectadas pelas guerras e os conflitos em geral.
O Iraque e a Palestina estiveram em destaque, naturalmente, mas foi a tragédia na Síria que foi mais vezes falada. O Papa nunca disfarçou a sua preocupação pela situação na Síria e os sírios apreciam certamente essa atenção.
No encontro com o Patriarca Bartolomeu, Francisco voltou a uma tema de que já tinha falado antes, o "ecumenismo de sangue".
"Quando cristãos de diferentes confissões se encontram a sofrer juntos, uns ao lado dos outros, e a prestar ajuda uns aos outros com caridade fraterna", disse Francisco, "realiza-se o ecumenismo do sofrimento, realiza-se o ecumenismo do sangue, que possui uma eficácia particular não só para os contextos onde o mesmo tem lugar, mas, em virtude da comunhão dos santos, também para toda a Igreja".
Fonte: aqui

Cristãos, sempre atentos aos sinais dos tempos

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Tarouca, resultados eleitorais - Euopeias 2014
Veja aqui

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Viagem Apostólica do Papa Francisco à Terra Santa

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Passe por aqui e veja os atos marcantes da Viagem Apostólica do Papa Francisco à Terra Santa.

domingo, 25 de maio de 2014

Celebração do Crisma:Contrato vitalício entre o Crismado e a Igreja

O senhor Vigário Geral da Diocese de Lamego, Mons. Dr. Joaquim Rebelo, deslocou-se a Tarouca neste domingo para crismar 44 jovens.
Pelo que senti, pelo que ouvi e pelo que referiu o senhor Vigário Geral, tudo correu bem, felizmente.
Os jovens portaram-se à maneira. Estiveram muito bem. Serenos, participativos, felizes.
Na homilia, Mons. Joaquim Rebelo falou-lhes, a partir das leituras do  Espírito Santo, Dom de Deus, defensor, guia, intérprete da linguagem de Deus, que sustenta o nosso "permanecer" em Cristo, do compromisso dos crismados na vida da comunidade eclesial, desafiando-os a levar Cristo às periferias existenciais.. Indicou-lhes o caminho da fidelidade frisando que o contrato/compromisso entre o crismada e a Igreja não tem prazo de duração.


Os jovens animaram com os cânticos a assembleia, com o apoio de um grupo instrumental;  proclamram as leituras; participaram no cortejo de oferandas.
No fim da Eucaristia, o pároco, no seguimento das palavras do senhor Vigário Geral, deixou-lhes um desafio: "Participai!  Sois demasiado importantes e não tendes vocação de morcego. Vivei a alegria de serdes cristãos. E nunca metais o vosso contrato/compromisso crismal na gaveta do esqucimento."
Terminada a celebração, os crismados ofereceram ao senhor Vigário Geral uma pequena oferta como sinal de gratidão  e manifestaram-lhe a sua alegria pelo dom do Espírito Santo recebido. Igualmente agradeceram aos seus catequistas César e demais catequistas que os ajudaram na sua caminhada , à Laida, pais, padrinhos, sacerdotes  e  outros educadores.
Também uma mãe, em nome de todos os pais, dirigiu uma bela mensagem aos crismados.

Um obrigado sincero aos seus catequitas - todos os que com eles trabalharam ao longo dos anos. Parabéns aos pais, pois muito pouco a catequese pode fazer sem o empenho continuado da família.
Obrigado à Laida, organista e outros instrumentistas, pelo contributo indispensável à preparação e realização desta festa jovem.
A todos os que de uma forma ou de outra deram a sua ajuda, os nossos parabéns.
Muito obrigado, senhor Vigário Geral. Pela presença tão humana e edificante, pela palavra clara que dirigiu, pelo incentivo, por nos fazer sentir Igreja. Bem-haja pela amizade, pela partilha, pela compreensão.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Sobre a terra de Jesus: Mar Morto


Dos Jovens à Comissão da Igreja

Das 17.30h  às 23.30, em "laboração contínua"...
Depois de prepara umas coisas e falar com alguns crismandos, tendo em vista a sua festa, começaram as confissões, com a ajuda do P.e Adraino durante um tempo.
Eram 20.45h quando deixei o templo e me dirigi ao Centro Paroquial para uma reunião com o Conselho Económico que se prolongou até às 21.30h.
Quando cheguei a casa, a comida estava fria... Então um copo de leite substituiu a refeição.

Se há confissões de que gosto, as dos adolescentes do Crisma são umas delas. É um tempo de, olhos nos olhos, lhes falar de Deus, escutando-os, procurando ajudá-los a caminhar até ao amor intenso de Cristo por cada um deles.
Quando saí, a Drªa Laida orientava o ensaio. Vi-os assim, em grupo (são 45), aos pés do Sacrário, como discípulos ao pé do Mestre.
E saí do templo elevando uma prece ao Senhor para que os mantivesse assim, discípulos para que depois sehjam apóstolos.

Conselho Económico. Esta gente trabalhou todo o dia, pouco esteve com a família, mas estava ali partilhando, refletindo, planeando, comprometndo-se. Em total voluntariado. Em nome da sua fé. Pelo serviço à comunidade.
Santa Helena, cuja festa se aproxima, e as obras do Centro Paroquial ocuparam quase todo o tempo.
Após a remoção de postes de telefone e eléctricos - quanto tempo tivemos que esperar para que tal se verificasse! - vai reiniciar-se o resto do desaterro para logo a seguir começarem as obras.
Se a Câmara ofrece a mão-de-obra, os materiais e logística são connosco. E há que distribuir tarefas e unir esforços para que nada falhe no arranque das obras.
Também Santa Helena vai ocupar 2 sábados de trabalho voluntária. Esta gente é briosa e gosta de fazer o melhor que pode por um espaço de que todos gostam.
Parabéms pelo vosso gosto e empenho nas coisas.

Se os 45 jovens do Crisma me fazem sonhar com uma madrugada carregada de Primavera onde o perfume de Cristo se expande ao longe e ao largo, os homens do Conselho Económico fazem-me acreditar que, embora difícil, o hoje tem sentdo.
O Pároco

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Aumento de católicos

O Anuário Pontifício apresenta o estado da Igreja Católica em cada ano. E segundo esse documento, nos finais de 2012, a população católica atingia os 1.228 mil milhões, um aumento de 14 milhões que equivalem a um crescimento de 1.14 por cento, ultrapassando a taxa de crescimento da população mundial, que em 2013 estava estimada em 1.09 por cento.
A percentagem de católicos relativamente à população é maior nas Américas, onde representam 63,2 por cento, enquanto a Ásia regista a proporção mais baixa (3,2 por cento).
Naquele ano, foram realizados 16.4 milhões de baptismos de adultos e crianças, segundo o anuário, que regista ainda o mesmo número de bispos relativamente às estatísticas anteriores: 5.133.
O total de padres aumentou de 413.418 para 414.313, com um modesto crescimento registado em África, o maior aumento na Ásia – 13.7 por cento entre 2007 e 2012 – e quebras nas Américas, Europa e Oceânia.
O anuário registou ainda 42.104 diáconos, que representa um crescimento de mais de 1.100 relativamente ao ano anterior e de 17 por cento relativamente a 2007.
A larga maioria dos diáconos, mais de 97 por cento, vive nas Américas ou na Europa. Os monges e frades totalizavam 55.314 em finais de 2012.
O número de mulheres em ordens religiosas manteve a tendência decrescente e o número de candidatos a padres sofreu uma quebra inédita em anos recentes, revela o Anuário Pontifício da Igreja Católica, publicado há dias. Nesse ano havia 702.529 irmãs e freiras.
Fonte: aqui

terça-feira, 20 de maio de 2014

Padres “trepadores”

Imagem retirada do site News.va
“Não há vida como a de padre” é uma expressão que dá conta de uma conceção popular do pároco, sobretudo em ambiente rural: acomodado, sem as preocupações habituais das pessoas comuns, tais como o emprego, a educação dos filhos ou a subsistência da família. “Telha de igreja sempre goteja”, é um outro dito popular que traduz a dada como adquirida tranquilidade clerical, de quem terá sempre o seu “rendimento mínimo garantido”.

Não é essa a perspetiva do Papa Francisco. Ele que não quer sacerdotes instalados. De tal forma que, ainda no domingo passado, apelou aos cristãos para que “importunem” os seus pastores. “Não os deixeis em paz! Constringi-os a estarem vigilantes, a não se fecharem nas suas ocupações, porventura burocráticas, (…) a serem vossos guias doutrinais e da graça”, disse.

Não é fácil ser pastor das comunidades católicas na “Era Francisco”! Mas é seguramente muito mais gratificante sentir que se tem uma influência positiva na vida das pessoas, como seu guia espiritual, do que viver absorvido em vãs tarefas administrativas ou obcecado pelas preocupações que o Papa classifica como os principais pecados clericais: a vaidade, o apego ao dinheiro e a sede de poder.

A vaidade e a vanidade dos que se acham superiores ao seu povo, que se entendem como uma casta sacerdotal, e o “amor ao dinheiro”, são dois pecados que “o povo não perdoa ao seu pastor”, disse recentemente num encontro com seminaristas romanos.

O carreirismo clerical tem sido frequentemente criticado pelo Papa, em linha com Bento XVI, que também o condenou por diversas vezes. Numa das suas últimas homilias na Casa de Santa Marta chegou mesmo a reconhecer que “na Igreja há trepadores”! Recomendou-lhes que façam alpinismo, já que gostam tanto de escalar, mas não venham para “a Igreja trepar”! E advertiu que “Jesus repreendeu estes trepadores que procuram o poder.”

Seria bom que as montanhas ganhassem novos alpinistas e que a Igreja se libertasse desses “trepadores” que procuram o poder pelo poder. E seria bom, também, que os fiéis deixassem de olhar para os sacerdotes como meros funcionários do sagrado, a quem se recorre para determinados serviços, e encontrassem neles os guias espirituais de que necessitam.

(Texto publicado no Correio da Manhã de 16/05/2014)
Li aqui

domingo, 18 de maio de 2014

25 de maio: Celebração do Crisma nesta Paróquia

Igreja Paroquial de Tarouca. 11 horas do dia 25 de maio. Celebração do Crisma.
Algumas dezenas de jovens e 2 adultos vão ser crismados.
A propósito do Sacramento da Confirmação,  deixamos aqui  uma historieta e dois testemunhos: um de uma mãe com um filho para crismar e outro, o “contrato” de uma jovem crismanda.

Os Morcegos e o Crisma

Um padre queixava-se a um grupo de colegas dos morcegos que tinham assentado arraiais na Igreja e não conseguia maneira de se livrar dos intrusos que sujavam o templo de forma alarmante.
Várias tinham sido as tentativos de afugentar os morcegos mas todas se haviam revelado infrutíferas.
Então um colega, mais atreito à piada, sugeriu-lhe:
- Não consegues livrar-te dos morcegos? É fácil. Crisma-os.


 De mãe para filho
 
Hoje é um dia especial. Vais receber o Crisma. E receber o Crisma é sair do anonimato e testemunhar Jesus Cristo com alegria, coragem e disponibilidade de coração. Receber o Crisma é mostrar aos outros que vale a pena ter esperança num mundo melhor, num mundo onde seja reconhecida e respeitada a diferença. É mostrar que não somos um grupo de alienados mas sim alguém que experimenta Deus em todos os momentos da Vida. Receber o Crisma é mostrar aos outros e responder ao apelo de Jesus “Não tenhais medo. Eu estou convosco”. Receber o Crisma é reconhecer que Jesus está sempre a teu lado mesmo quando a vida não te corre bem, é reconhecer que Jesus tem sempre a Sua mão no teu ombro para te animar, para te amparar e que te olha sempre com bondade e misericórdia. Receber o Crisma é reconhecer a força do Espírito Santo em ti. É aceitar os seus dons em teu coração, é usar e abusar deles a favor de uma Igreja mais verdadeira, mais integradora, mais transparente, mais Mãe e que faça felizes todos.
Receber o Crisma não é receber um “diploma de fim de curso” mas é perceber com o sentir do coração qual a força que recebes neste dia. E neste dia que o Espírito Santo te encha de todos os seus dons para que continues a crescer na fé deste Jesus que te quer sempre Consigo e que quer continuar contigo em todos os caminhos da tua vida.
E, como diz o Papa Francisco, de quem tu, tanto gostas, não esqueças nunca:
“Os efeitos dos sacramentos começam pelo coração humano. Cuidemos do nosso coração porque é de lá que sai o que é bom e ruim, o que constrói e o que destrói”. Sê feliz!
Contrato/Compromisso
 
Primeiro outorgante: Crismado
Segundo outorgante: Igreja Católica
Clausula 1: O presente contrato tem por objectivo o sacramento do Crisma no qual o crismado fica habilitado a ser enviado ao mundo a fim de testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo em actos e palavras: a confirmação do Baptismo.
Clausula 2: O presente contrato vigorará por um período vitalício.
Clausula 3: Obrigações do primeiro outorgante: Aprofundamento e crescimento na fé; compromisso com o Evangelho; ser coerente com o compromisso assumido; ser activo na vida cristã; defender a nossa fé e difundi-la; vencer as tentações.
Único: Não podemos permanecer sementes, é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos.

Diocese de Lamego

Foto

sábado, 17 de maio de 2014

Jovens de Tarouca na Jornada Diocesana da Juventude

O Departamento Diocesano da Pastoral dos Jovens da Diocese de Lamego promove hoje a Jornada Diocesana da Juventude, no Santuário de Nossa Senhora da Carvalha, Paróquia de Freixo de Numão.
A Jornada Diocesana da Juventude, que iniciou esta sexta-feira com uma vigília de oração, convida hoje os jovens a uma caminhada sob o lema «Ide e acordai».
Durante este sábado estão a realizar-se vários workshops temáticos promovidos por várias instituições missionárias e pelo próprio Departamento.
O momento central da Jornada é a eucaristia, presidida pelo bispo da diocesano, D. António Couto.   
 
Mensagem de D. António Couto aos Jovens


COMO ME ENVIOU O PAI, TAMBÉM EU VOS ENVIO

«Portas fechadas» é um dos símbolos deste tempo de medos, incertezas e desconfianças. Mas o Ressuscitado vem com as mãos carregadas de paz e de esperança, deita abaixo as nossas portas fechadas, dissipa os nossos medos, gera alegria e confiança. Ana pelo ar uma energia nova, e tudo à nossa volta se renova. Dentro de nós rebenta um bolhão, pulsa o coração, põe-se uma mesa com vinho e pão. Será que podemos chamar «juventude» a este mar que chegou aqui, mas que não pode parar aqui? Parece que sim, pois este aroma de alegria rejuvenesce todas as coisas. Vai então, mar de amor e de alegra nova, cresce como uma avalanche, derruba portas, abre corações, mostra também as mãos e o lado, vive dando a vida como o Ressuscitado! Vai com o Ressuscitado. Só se pode ir com Ele.
«Disse-lhes então Jesus outra vez: “A paz convosco! Como Me enviou (apéstalken) o Pai, também Eu vos envio (pémpô)”» (João 20,21)
Como em muitas outras passagens, o uso do verbo apostéllô (enviar) acentua o papel do «enviado», que é Jesus, do mesmo modo que o uso do verbo pémpô (também enviar) sublinha o papel do enviante, que, neste caso, continua a ser Jesus. Por outro lado ainda, o envio de Jesus apresenta-se no perfeito grego, pelo que a sua missão começou e continua. Não terminou. Ele continua em missão. A nossa missão está no presente. O presente da nossa missão aparece, portanto, agrafado à missão de Jesus, e não faz sentido sem ela e sem Ele: «Como me enviou o Pai, também Eu vos envio» Nós implicados e imbricados n’Ele e na missão d’Ele, sabendo nós que Ele está connosco todos os dias (cf, Mateus 28, 20).
Vai, então, mar de amor, vai com Jesus, e inunda este mundo de alegria! Há tanta gente à espera que lhe mostres Jesus!
+ António, vosso bispo e irmão
Fonte: aqui