segunda-feira, 31 de março de 2014

Guia para uma boa confissão

Sugestões para viver melhor o sacramento da Reconciliação

Muitas pessoas buscam a confissão sem antes ter examinado profundamente sua consciência. E assim, perdem a oportunidade de um perdão total e a graça que renova até as raízes da existência.

Examinar a consciência para pedir perdão a Deus pelos pecados cometidos é, em primeiro lugar, colocar-se diante dele para que a sua misericórdia nos toque e, tocados pelo amor do Deus que perdoa, abrir-se ao arrependimento e ao perdão.

As sugestões a seguir são uma ajuda para quem pretende se confessar de maneira profunda, mas sempre partindo da graça de Deus, que nos leva à contrição.

Antes de fazer este exame de consciência, precisamos nos colocar na presença de Deus para orar com confiança ao Senhor, pedindo-lhe que nos ilumine, que nos faça reconhecer sua misericórdia, conscientizar-nos de que Ele nos livrou da escravidão do pecado pela morte na cruz e, assim, que reconheçamos os nossos pecados.

Depois desta oração inicial, podemos nos perguntar sobre a nossa vida e nossos atos concretos do cotidiano. As perguntas a seguir podem ser uma guia neste exame pessoal:


Veja aqui

domingo, 30 de março de 2014

Fazer jejum ainda tem sentido?

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Não comer carne às sextas-feiras. Fazer apenas uma refeição completa na Quarta-feira de Cinzas. Essas práticas ainda existem? Mas qual é valor e o sentido de se abrir mão de algo que seria bom e útil para o nosso sustento?

O jejum – decisão temporária de não comer nada ou comer menos que o habitual – é praticado não só por motivos religiosos. É considerado pela Igreja um exercício de conversão a Deus. Fortalece o espírito e ensina que o sentido da vida não consiste apenas na satisfação dos desejos ou na busca de bens.

Em termos gerais, jejum significa não comer nada, ou comer menos que o habitual. Trata-se de uma prática comum na sociedade, seja por razões religiosas ou não. Há pessoas que fazem greve de fome por motivos políticos. Já outras mantêm rígida dieta alimentar por razões estéticas. Na Igreja católica, o jejum insere-se no contexto das práticas penitenciais, que são exercícios de conversão a Deus.

O jejum não é algo desconhecido ou rejeitado pela cultura moderna. Na história recente, ficaram famosos os jejuns praticados por Mahatma Gandhi (1869-1948). O líder político indiano jejuou em diferentes ocasiões – em algumas delas por até 21 dias – como forma de protesto contra a colonização britânica.
Além do âmbito político, onde se utiliza o termo “greve de fome”, o jejum é praticado em questões de saúde, como no caso de pessoas que não ingerem uma série de alimentos por prescrição médica. Há também o motivo estético, na busca por uma melhor aparência. E não se pode esquecer do jejum imposto pela necessidade, em situações de fome e miséria.
Na Igreja católica, o jejum é uma prática penitencial. Mas o que é a penitência? É a virtude cristã que inspira o arrependimento pelos pecados. Em sentido mais amplo, a penitência é “uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão para Deus de todo o nosso coração” (Catecismo da Igreja Católica – CIC –, 1431).
Trata-se de um desejo de mudar de vida, “com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda de sua graça”. Esta conversão interior vem acompanhada daquilo que os Padres da Igreja – grandes homens dos inícios da Igreja, aproximadamente do século II ao VII – chamavam de “compunctio cordis”, ou seja “arrependimento do coração” (CIC, 1431).
Nesse sentido, uma das expressões mais tradicionais da penitência cristã é justamente o jejum – ao lado da oração e da esmola –. Sendo assim, o jejum não se reduz apenas à questão alimentar. Jejuar é “privar-se voluntariamente do prazer dos alimentos e de outros bens materiais”, explica o Papa Bento XVI na mensagem para a Quaresma de 2009.
A Igreja estabelece como dia de penitência toda sexta-feira. Já a Quaresma, que constitui um caminho de treino espiritual mais intenso em preparação para a Páscoa, é considerada tempo de penitência. Trata-se de ocasiões especiais para jejuar, dedicar-se à oração e exercitar obras de piedade e de caridade.
A Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa são os dias prescritos para o jejum e a abstinência – não comer carne.
Outro jejum indicado pela Igreja é o eucarístico. Quem vai receber a eucaristia deve se abster, pelo espaço de ao menos uma hora antes da comunhão, de qualquer comida ou bebida, exceto água ou remédios (Código de Direito Canônico, 919 § 1).
A Bíblia e a tradição cristã ensinam que o jejum é de grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. Por isso, na história da salvação, é frequente o convite a jejuar. O primeiro jejum foi ordenado a Adão: não comer o fruto proibido. Segundo as Escrituras, Moisés, Esdras, Elias, os habitantes de Ninive jejaram.
Já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura, Deus ordena que o homem não coma o fruto proibido: “Podes comer o fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás” (Gn 2, 16-17).
“Comentando a ordem divina, São Basílio observa que ‘o jejum foi ordenado no Paraíso’, e ‘o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão’ (cf. Sermo de jejunio: PG 31, 163, 98)”, explica o Papa Bento XVI (mensagem para a Quaresma de 2009). Tendo em vista que o homem está ferido pelo pecado e suas consequências, o jejum é proposto “como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor”.
Por exemplo, Esdras, antes da viagem de regresso do exílio à Terra Prometida, convidou o povo reunido a jejuar “para nos humilhar diante do nosso Deus” (8, 21). Já os habitantes de Ninive, sensíveis ao apelo de Jonas ao arrependimento, proclamaram um jejum dizendo: “Quem sabe se Deus não Se arrependerá, e acalmará o ardor da Sua ira, de modo que não pereçamos?” (3, 9).
O livro do Êxodo (34, 20-28) narra que Moisés esteve na presença do Senhor, em jejum, antes de receber os mandamentos, esculpi-los em tábuas de pedra e levá-los ao povo. Já o livro de Reis (I Re 19, 8) fala do jejum de Elias, quando o profeta caminhou 40 dias para ir encontrar o Senhor no monte Horeb.
Os Evangelhos de Lucas e Mateus narram que Jesus jejuou durante 40 dias, antes de iniciar seu missão pública. Ele “também nos animou a jejuar, no sermão da montanha, ao dizer estas palavras: ‘Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os outros não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está no escondido. E o teu Pai, que vê no escondido, te dará a recompensa’”, explica o padre John Flader, autor do livro “Question time: 140 questions and answers on the catholic faith".
A prática do jejum também se encontra muito presente na primeira comunidade cristã (“jejuaram então e oraram” – At 13, 3; “nos recomendamos em (...) jejuns” – 2 Cor 6, 5). “Também os Padres da Igreja falam da força do jejum, capaz de impedir o pecado, de reprimir os desejos do ‘velho Adão’, e de abrir no coração do crente o caminho para Deus” (mensagem de Bento XVI para a Quaresma de 2009).
O jejum busca, em primeiro lugar, responder ao convite a ser discípulos de Jesus. É um ato que manifesta reverência a Deus, exercita a fortaleza e a temperança, motivando ao autodomínio e liberdade interior. É também um ato de solidariedade.
Jejuar – explica o padre John Flader – “é um bom modo de responder ao convite de Jesus: ‘Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me’” (Mt 16, 24).
No tempo de Jesus, o jejum obrigatório acontecia uma vez por ano, no dia do “Yom Kippur”, o “Grande Dia da Expiação”.
Os Evangelhos têm três versões sobre o jejum de Jesus – explica o padre José Knob, SCJ, professor da Faculdade Dehoniana, em Taubaté, São Paulo –.
Segundo o Evangelho de Marcos, Jesus não jejuou. O evangelista fala que os anjos o serviram durante os 40 dias no deserto, período de retiro que antecedeu ao seu ministério público.
Já Lucas e Mateus falam de jejum. Esses dois evangelistas falam do jejum de Jesus como preparação para a vida apostólica, isto é, como forma de fortalecer o espírito para a missão.
Segundo o sacerdote, um dos grandes benefícios do jejum é sua própria pedagogia. “É um exercício de se abster de coisas em si lícitas, fortalecendo assim o espírito, para, no momento em que aparecer uma tentação do ilícito, a gente esteja forte”, explica o padre José Knob.
“No fundo, o jejum é isso. Não é que o sofrimento agrade a Deus. Trata-se de algo pedagógico. É fortalecer o espírito. E esse valor não se perde, pois a pessoa fica mais forte para resistir ao mal.”
Já o padre John Flader cita, entre os benefícios do jejum, a manifestação de reverência a Deus, “ao devolver-lhe parte da criação que nos confiou”. Também “põe em exercício as virtudes da fortaleza e da temperança, ao negar-nos no que seria um alimento, uma bebida ou outro prazer legítimo, para adquirir assim maior auto-domínio e liberdade de coração”.
Segundo o sacerdote, isso é particularmente importante na sociedade de hoje, onde as pessoas podem se converter em presas do consumismo, ao adotar uma mentalidade muito indulgente, “que nos leve a comer ou beber ao nosso capricho, frequentemente em prejuízo da nossa saúde corporal e espiritual”.
Padre Flader explica ainda que o jejum pode ser proposto como reparação pelos pecados. Pode também ser oferecido pelos outros, para, por exemplo, que voltem à prática da fé, recuperem-se de uma enfermidade, decidam se casar na Igreja, encontrem um trabalho.
Uma outra característica é que o jejum deve ser feito em espírito de solidariedade com as pessoas que têm de jejuar à força, porque não têm o que comer. “Quem sente fome por algum momento, tende a se solidarizar com aqueles que não têm alimento suficiente e passa a imaginar a situação dessas pessoas”. Nesse sentido, “o jejum humaniza”, afirma o padre José Knob.
Assim, não faltam razões para jejuar. Mas o jejum deve sempre vir acompanhado de outros atos de virtude, de modo particular a caridade.
Retirado daqui

sábado, 29 de março de 2014

Tem dúvidas sobre a Confissão? O Papa Francisco responde

A Confissão é uma grande e maravilhosa oportunidade
de curar a alma e o coração
Papa Francisco confessa-se na Basílica de S. Pedro, em Roma

Em uma das suas catequeses, o Papa falou precisamente da confissão, um sacramento muitas vezes considerado “fora de moda” e cada vez menos praticado. No entanto, ela é um meio concreto para viver uma experiência da misericórdia do Deus vivo, que liberta o nosso coração do peso do pecado que nos oprime.

Deixemo-nos ensinar pelo Santo Padre, que responde de maneira muito simples e direta a várias objeções que costumamos colocar ao sacramento da Reconciliação.

Os trechos a seguir são palavras do Papa Francisco. O texto completo pode ser lido clicando aqui. Aqui, apenas colocamos alguns títulos, para que identifiquemos melhor seu conteúdo.

Para que serve o sacramento da Confissão?

O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando me confesso é para me curar, para curar a minha alma, o meu coração e algo de mal que cometi. O ícone bíblico que melhor os exprime, no seu vínculo profundo, é o episódio do perdão e da cura do paralítico, onde o Senhor Jesus se revela médico das almas e, ao mesmo tempo, dos corpos (cf. Mc 2, 1-12; Mt 9, 1-8; Lc 5, 17-26).

A celebração deste sacramento é um ato eclesial?

Ao longo do tempo, a celebração deste Sacramento passou de uma forma pública — porque no início era feita publicamente — para a pessoal, para a forma reservada da Confissão. Contudo, isto não deve fazer-nos perder a matriz eclesial, que constitui o contexto vital.

Com efeito, a comunidade cristã é o lugar onde o Espírito se torna presente, que renova os corações no amor de Deus, fazendo de todos os irmãos um só em Cristo Jesus. Eis, então, por que motivo não é suficiente pedir perdão ao Senhor na nossa mente e no nosso coração, mas é necessário confessar humilde e confiadamente os nossos pecados ao ministro da Igreja.

Por que precisamos nos confessar na frente de um padre?

Na celebração deste Sacramento, o sacerdote não representa apenas Deus, mas toda a comunidade, que se reconhece na fragilidade de cada um dos seus membros, que ouve comovida o seu arrependimento, que se reconcilia com eles, os anima e acompanha ao longo do caminho de conversão e de amadurecimento humano e cristão.

Podemos dizer: eu só me confesso com Deus. Sim, podes dizer a Deus "perdoa-me", e confessar os teus pecados, mas os nossos pecados são cometidos também contra os irmãos, contra a Igreja. Por isso, é necessário pedir perdão à Igreja, aos irmãos, na pessoa do sacerdote.

Eu sinto vergonha de me confessar, o que faço?

"Mas padre, eu tenho vergonha...". Até a vergonha é boa, é saudável sentir um pouco de vergonha, porque envergonhar-se é bom. Quando uma pessoa não se envergonha, no meu país dizemos que é um "sem-vergonha": um "sin verguenza". Mas até a vergonha faz bem, porque nos torna mais humildes, e o sacerdote recebe com amor e com ternura esta confissão e, em nome de Deus, perdoa.

A confissão também é um momento de desabafo humano?

Até do ponto de vista humano, para desabafar, é bom falar com o irmão e dizer ao sacerdote estas coisas, que pesam muito no nosso coração. E assim sentimos que desabafamos diante de Deus, com a Igreja e com o irmão.

Não tenhais medo da Confissão! Quando estamos em fila para nos confessarmos, sentimos tudo isto, também a vergonha, mas depois quando termina a Confissão sentimo-nos livres, grandes, bons, perdoados, puros e felizes. Esta é a beleza da Confissão!

Uma pergunta do Papa também para quem está lendo este texto:

Gostaria de vos perguntar — mas não o digais em voz alta; cada um responda no seu coração: quando foi a última vez que te confessaste? Cada um pense nisto... Há dois dias, duas semanas, dois anos, vinte anos, quarenta anos? Cada um faça as contas, mas cada um diga: quando foi a última vez que me confessei? E se já passou muito tempo, não perca nem sequer um dia; vai, que o sacerdote será bom contigo. É Jesus que está ali presente, e é mais bondoso que os sacerdotes, Jesus receber-te-á com muito amor. Sê corajoso e vai confessar-te!
Fonte: aqui

sexta-feira, 28 de março de 2014

Luz Terna Suave


No dia em que partiu para o Pai o colega e amigo padre Seixeira, esta música projeta luz na alma e seduz-nos para o IMPORTANTE!
Luz terna e suave no meio da noite, leva-nos mais longe; não temos aqui uma morada permanente.

ESTAMOS A VIVER A QUARESMA


















 
A clemência de Deus é infinita,
Ele perdoa as culpas do seu Povo:
Dá luz ao cego, dá ouvido ao surdo,
Dá voz ao mundo, os mortos ressuscita,
E faz do mundo antigo um mundo novo.


Com poderosas armas se levanta
A negra morte sobre toda a Terra;
A palavra de Deus é esquecida,
Cercam as trevas a Cidade Santa,
Em vez da paz é construída a guerra.

Acolhei esta nossa penitência,
Fazei-nos testemunhas da esperança,
Semente duma nova humanidade,
Sinal da vossa eterna complacência,
Povo de Deus que pelo mundo avança.

O vosso Filho nos salvou da morte,
A morte mais infame suportando;
Presos, porém, ainda do pecado,
Vossa misericórdia nos conforte,
No tempo da Quaresma nos guiando.

Deus, nosso Pai,
É clemente e compassivo.
Ele nos corrige,
Ele nos dá o seu perdão.

quinta-feira, 27 de março de 2014

30 de março: IV DOMINGO DA QUARESMA - Ano A

Leituras: aqui

 

Francisco presidiu a Missa na Basílica de São Pedro com mais de 500 deputados e senadores italianos

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O Papa argentino criticou "as classes dirigentes sempre que se afastam do povo, se fecham sobre o seu próprio grupo ou partido, nas suas lutas internas", fazendo dos seus membros "homens de coração duro".

Cerca de 500 políticos, entre deputados, senadores e ministros do governo italiano participaram, às 7h desta quinta-feira, da missa celebrada pelo Papa Francisco no Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro.
O convite foi feito no início de fevereiro pelo capelão de Montecitorio (sede do Governo), Mons. Lorenzo Leuzzi, “atendendo a desejo do Papa de acolher os pedidos de muitos parlamentares que queriam participar de sua missa da manhã”.
Em sua homilia, Francisco lembrou que nos tempos de Jesus, a classe dirigente havia se afastado do povo, o havia ‘abandonado’ por ser corrupta e incapaz de enxergar além de sua ideologia.
“Interesses partidários e lutas internas: nisso pensavam aqueles que comandavam, ao ponto que quando Messias apareceu diante deles, não o reconheceram e o acusaram de ser um curandeiro do bando de Satanás”.
Na primeira leitura, extraída do livro de Jeremias, o profeta narra o “lamento de Deus” por uma geração que não lhe prestou ouvidos e que se justificava por seus pecados, dando-lhe as costas. “Esta é a dor do Senhor, a dor de Deus”, disse o Papa.
“O coração daquelas pessoas com o tempo se endureceu tanto que ficou impossível ouvirem a voz do Senhor. É muito difícil um corrupto voltar atrás. Os pecadores sim, porque o Senhor é misericordioso e os espera, mas os corruptos ficam presos em suas coisas; e por isso, se justificam”.

Estas pessoas, prosseguiu o Papa, “erraram o caminho”, fizeram resistência à salvação de amor do Senhor e acabaram se desviando da fé.

“Os fariseus recusaram o amor do Senhor e esta negação os levou a um caminho que não era o da dialética da liberdade que o Senhor oferecia, mas o da lógica da necessidade, onde não há lugar para o Senhor. Na dialética da liberdade, existe o Senhor bom, que nos ama tanto! Ao contrário, na lógica da necessidade não há lugar para Deus: a ordem é ‘fazer’, ‘dever’... é uma ordem comportamental: são homens de boas maneiras, mas de péssimos costumes”.
A Quaresma, concluiu Francisco, nos lembra que “Deus ama todos” e que “devemos fazer o esforço de nos abrir a Ele”:
“Fará bem a todos nós pensar no convite do Senhor ao amor e nos questionarmos se estamos caminhando neste sentido, ou estamos ‘correndo o risco de nos justificar e escolhermos outro caminho?’ Rezemos ao Senhor para que nos dê a graça de optar sempre pela estrada da salvação, que nos abra à salvação que vem somente de Deus e da fé, e não das propostas dos ‘doutores do dever’ que perderam a fé e regiam o povo com a teologia pastoral do dever”.
Fonte: aqui

quarta-feira, 26 de março de 2014

50 Anos dos Cursos Cristandade


No próximo mês de Abril, ocorre o quinquagésimo aniversário da realização do primeiro Curso de Cristandade na nossa Diocese, realizado em Caldas de Aregos. A ocorrência será especialmente assinalada com a realização do 56º Cursilho – Homens, de 24 (noite) a 27 de Abril, no Seminário de Resende; e de uma Ultreia Diocesana, no dia 27 de Abril, a partir das 15.00, na Igreja Nova de Resende.
 Pedia a envolvência de todos os párocos na divulgação destas atividades, especialmente entre aqueles que um dia viveram a experiência de um curso de cristandade.
P. José M Melo, Diretor Espiritual do MCC.

terça-feira, 25 de março de 2014

Dia 25 de Março: Solenidade da Anunciação do Senhor à Virgem Maria

Dia 25 de Março, Dia grande, Dia solene, que reúne a Igreja inteira, Oriente e Ocidente, em celebração compacta ao seu Único Senhor, venerando a sua Mãe, na Solenidade da Anunciação do Senhor à Virgem Maria, que aponta já para o Natal do Senhor. Ainda que, de facto, separados, hoje os irmãos estão todos unidos e reunidos à mesma mesa da Graça. Dêmos, por isso, graças a Deus. No Oriente, a Anunciação do Senhor permanece um Mistério tão central que, nas rubricas do calendário litúrgico, apenas cede à Sexta-Feira Santa. No rito bizantino, a própria Vigília Pascal, caso caia no dia 25 de Março, reparte a celebração, uma parte do cânon Pascal, outra parte do cânon da Euaggelismós [= Evangelização], nome que este acontecimento recebe no Oriente.
Continue a ler AQUI o belo texto de D. António Couto.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Pastor protestante converte-se ao Catolicismo

Um influente pastor protestante da Suécia anunciou há dias que se vai converter ao Catolicismo, juntamente com a sua mulher. 
Ulf Ekman fundou e liderou, durante mais de 30 anos, uma igreja de grandes dimensões na Suécia. Ao longo desse tempo enviou missionários para dezenas de países, fundou a maior escola bíblica e construiu a maior igreja da Escandinávia, fundou um programa de "media" com estações de televisão nos cinco continentes e publicou livros em mais de 60 línguas. 
Ekman, que era conhecido também como "pastor de pastores", pela influência que tinha sobre ministros protestantes, chocou grande parte dos seus seguidores durante uma homilia, ao anunciar que depois de longa reflexão tinha decidido entrar para a Igreja Católica. 
Num comunicado publicado no site do seu ministério, Ekman escreve sobre a Igreja Católica: "Encontrámos um grande amor por Jesus e uma teologia sã, fundada na Bíblia em dogma clássico. Experienciámos a riqueza da vida sacramental. Vimos a lógica de ter uma estrutura sólida de sacerdócio, que mantém a fé da Igreja e a passa de uma geração para a seguinte. Encontrámos uma força moral e ética consistente que se atreve a enfrentar a opinião pública, e uma simpatia para com os pobres e fracos." 
Ekman conclui dizendo que um dos passos decisivos foi ter entrado em contacto com representantes de movimentos carismáticos católicos, grupos que no seu estilo de celebração estão próximos dos protestantes, mas que se encontram em comunhão com Roma. 
O casal deixa claro que a decisão diz respeito unicamente a eles e que "nem faria sentido" terem tentado fazer uma integração de toda a sua comunidade "Palavra de Vida" na Igreja Católica.
A entrada de Ekman para a Igreja Católica é um facto muito significativo num país muito descristianizado. Embora a maioria dos suecos pertença, nominalmente, à Igreja da Suécia, que é de tradição luterana, sondagens revelam que apenas 18% da população acredita em Deus de uma forma compatível com o Cristianismo. Apenas 2% da população é católica.
Fonte: aqui

sábado, 22 de março de 2014

Quantas vezes por dia podemos comungar?

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Perguntas:
1. Quantas vezes por dia podemos comungar? A pergunta surge porque eu vejo quase todos os dias uma pessoa (que já tem uma idade avançada) comungando várias vezes. O que eu sabia é que podemos receber a Santíssima Comunhão uma vez por dia ou, em casos excepcionais, duas vezes.

2. A Igreja nos pede uma hora de jejum antes da Santa Missa. Há também disposições sobre tempo de jejum depois da Santíssima Comunhão?

Resposta:
  1. O Código de Direito Canônico, no cânon 917, diz: "Quem já recebeu a Santíssima Eucaristia pode recebê-la uma segunda vez no mesmo dia, mas somente durante a celebração eucarística da qual participa". Portanto, qualquer pessoa pode receber a Sagrada Comunhão uma segunda vez no mesmo dia, desde que seja durante a missa.

2. Comungar mais do que duas vezes não é permitido. No passado, só podíamos comungar uma vez por dia. Esta disposição da Igreja pretendia evitar a rotina e a diminuição do fervor.

3. Não existem disposições sobre tempo de jejum após a comunhão. As normas litúrgicas preveem um momento de silêncio durante e após a celebração da missa. De acordo com os teólogos, a presença de Jesus no sacramento dura entre 10 e 15 minutos. Então, é esse o tempo que convém reservar para fazer adoração e permanecer em verdadeira comunhão.

4. A sua pergunta me dá a oportunidade de recordar a necessidade de estarmos com nosso Senhor depois que recebemos a hóstia consagrada. Veja o que diz a instrução "Inestimabile donum" (03/04/1980): "Recomende-se que os fiéis não descuidem, após a Comunhão, o agradecimento justo e adequado, seja na própria celebração, com um tempo de silêncio, com um hino ou com outro canto de louvor, seja depois da celebração, permanecendo em oração durante um período oportuno de tempo" (nº 17). Infelizmente, muitos sequer conhecem esta disposição.

5. Quanto à conveniência e à necessidade de se estar durante mais tempo em silêncio e em comunhão recolhida com o Senhor, a encíclica “Mediator Dei” nos diz: "Afastam-se do reto caminho aqueles que, mais atentos às palavras do que ao pensamento, dizem e ensinam que, encerrada a missa, não se deve estender o agradecimento... Esses atos, na verdade, próprios de cada um, são absolutamente necessários para se desfrutar muito mais abundantemente de todos os tesouros sobrenaturais de que é rica a Eucaristia e para transmiti-los aos outros de acordo com as próprias necessidades... Por que, então, não haveríamos de louvar aqueles que persistem na íntima familiaridade com o divino Redentor, não só para demorar-se com Ele suavemente, mas, em especial, para lhe pedir ajuda a fim de retirar da alma tudo o que pode diminuir a eficácia do Sacramento, de modo a fazerem tudo aquilo que venha a favorecer a presentíssima ação de Jesus? Instamo-los, pois, a fazê-lo. Assim, intimamente juntos de Cristo, procuramos quase submergir em sua santíssima alma e unir-nos a ele para participar dos atos de adoração com que oferece à Trindade o mais grato e agradável tributo" (nº 120-123).

6. De acordo com os mestres da vida espiritual, o agradecimento ou recolhimento após a Eucaristia é um dos momentos mais santificantes da vida espiritual. Escreve Santo Afonso: "O diretor espiritual aconselha que, depois da Comunhão, nos detenhamos em agradecimento. Há muito poucos diretores espirituais que recomendam a ação de graças assiduamente, que inculcam o ato de agradecimento durante um espaço de tempo considerável. A razão é que há muito poucos sacerdotes que fazem esse agradecimento e, por isso, se envergonham de recomendar aos outros aquilo que eles próprios não fazem. A ação de graças, normalmente, deveria durar uma hora. Faça-se ao menos meia hora, em que a alma se exercite no amor e na confiança" (Praxis Confessarii, IX, 5,155).
Fonte: aqui

sexta-feira, 21 de março de 2014

DESCIDA À BARBÁRIE PROFUNDA

Lia-se hoje no Correio da Manhã que numa só semana houve duas mortes de pais pelo próprios filhos. Neste país, que é o nosso!!
"Infelizmente casos destes sempre existiram, mas dois numa só semana?! Desculpe, mas talvez seja caso para perguntar o que andam os pais dos dias de hoje a fazer? Sim porque eu já ando um pouco "cansada" de ouvir que a culpa é da sociedade, do meio, do pais.
Onde estarão os pais quando os filhos saem da escola? Acompanham-nos? Falam com eles? Transmite-lhes valores e principalmente responsabilidades? Ou é tudo sim e facilitismos? E na hora de ouvirem um não surgem as "revoltas"?
Pequenas questões que me coloco quase todos os dias.
Vou contar uma pequena história:
-“ Um destes dias um menor foi a tribunal por diversas queixas na escola de seus colegas. Claro que a Juíza não lhe aplicou nenhuma pena, apenas lhe deu uma admoestação. No final de ela falar (juíza), de o advertir para as consequências daquele tipo de actos, ele virou-se para ela e com o dedo no ar disse-lhe:
-mas quem é você para me estar a dizer essas coisas e a repreender-me?”(entre outras coisas que não vou reproduzir aqui)
Pois é….retirem daqui as conclusões que entenderem. Caso isolado? Não sei…mas são cada vez mais."
Arlete Ribeiro, in Facebook

quinta-feira, 20 de março de 2014

quarta-feira, 19 de março de 2014

terça-feira, 18 de março de 2014

segunda-feira, 17 de março de 2014

Papa Francisco pede: não descarregar os pecados sobre os outros

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"É frequente justificarmos os nossos pecados descarregando sobre os outros, dando mesmo a culpa a outras pessoas. Essa não é a atitude correta"

Perdoar para encontrar misericórdia: esta foi a principal mensagem do Papa Francisco na homilia desta segunda-feira. Partindo da passagem do Evangelho de São Lucas em que Jesus exorta os seus discípulos a serem ‘misericordiosos como o vosso Pai é Misericordioso’, o Santo Padre valorizou a vergonha como o primeiro passo para julgarmos menos os outros e examinarmos melhor a nossa consciência. Principalmente dos pequenos pecados de todos os dias:

“É verdade que nenhum de nós matou ninguém, mas tantas pequenas coisas, tantos pecados quotidianos, de todos os dias... E quando pensamos: ‘Mas que coisa, que coração pequenino: eu fiz isto ao Senhor!’ E envergonhar-se! Envergonhar-se perante Deus e esta vergonha é uma graça: é a graça de ser pecador. ‘Eu sou pecador e envergonho-me perente Deus e peço perdão.’ É simples, mas é tão difícil dizer: Eu pequei.”

Segundo o Papa Francisco, é frequente justificarmos os nossos pecados descarregando sobre os outros, dando mesmo a culpa a outras pessoas. Essa não é a atitude correta e não permite cumprir a prece do Pai Nosso: ‘Perdoai as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido’. Porque é preciso perdoar para sermos perdoados – afirmou o Santo Padre:

“E o Senhor diz: ‘Não julgueis e não sereis julgados! Não condeneis e não sereis condenados! Perdoais e sereis perdoados! Dai e vos será dado!’. Esta generosidade do coração!"

“O homem e a mulher misericordiosos têm um coração largo: sempre desculpam os outros e pensam nos seus pecados. Viste o que aquele fez? Mas eu já tenho que chegue com o que fiz e não me meto nisso. Este é o caminho da misericórdia que devemos ter. Mas se todos nós, todos os povos, as pessoas, as famílias, os bairros, tivessem esta atitude, quanta paz existiria no mundo, quanta paz nos nossos corações! Porque a misericórdia leva-nos à paz. Recordai-vos sempre: Quem sou eu para julgar? Envergonhar-se e alargar o coração. Que o Senhor nos dê esta graça."

Fonte: aqui

domingo, 16 de março de 2014

A comunidade celebrou hoje as Bodas de Prata e de Ouro dos casais que as festejam no ano de 2014













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Como corolário da ação "Sagrado Lausperene pelos povos", a comunidade celebrou hoje as Bodas de Prata e de Ouro dos casais que as festejam no ano de 2014.
Anteriormente havia sido dirigido um convite pessoal a cada casal. Três aceitaram o convite, 2 em Bodas de Prata e um em Bodas de Ouro.
Num período em que cada vez mais não se dá importância à família e se desvalorizam os valores que só no seio da família se podem aprender, agradecemos a sua presença e, sobretudo, enaltecemos as suas vidas em família.
Que a Sagrada Família de Nazaré continue a ser o seu modelo e lhes continue a mostrar o caminho a seguir e que eles próprios possam servir de modelo a todos os casais mais jovens da nossa Paróquia.

Àqueles que gostariam de ter vindo mas não puderam - esta zona tem uma forte corrente migratória - dizemos que estamos unidos a eles. Aos que não quiseram vir, afirmamos que não perdemos a esperança.

Os casais presentes participaram na Celebração e renovaram os seus votos matrimoniais.
Foi com alegria e emoção que os acolhemos e assistimos à sua Bênção como casais.
Foi com imensa confiança que a comunidade entregou a cada casal um pequena lembrança com a certeza de que vale a pena celebrar um amor sem prazos de duração.
Foi com entusiasmo que revoou pelo templo o "Parabéns a Vocês".

sábado, 15 de março de 2014

FESTA DA CATEQUESE 2014


“Ser discípulo para fazer discípulos”
Para uma paróquia do interior - embora seja a sede do concelho - o número de crianças é interessante. Temos cerca de 350 catequizandos do 1º ao 10º ano. Quando se sente a natalidade - inverno em tantas e tantas freguesias deste interior, tão pouco zelado pelo poder central - não podemos deixar de nos sentir contentes com as crianças que ainda vamos tendo. Graças a Deus!
Gostei da festa. Pela presença de muitos pais e amigos das crianças. Sobretudo, pelo trabalho realizado pelas crianças e jovens. Um aplauso para eles do tamanho da Serra de Santa Helena! É justa uma palavra de enorme apreço pelo trabalho, dedicação, persistência dos catequistas e do P.e Adriano. Muitos parabéns! São fantásticos! Senti-os a viver profundamente o momento, dentro das várias tarefas que desempenharam.
Acrescento que os apresentadores estiveram à altura das circunstâncias. Felicito-os por isso.
Um bem-haja à Câmara Municipal pelo espaço gratuitamente cedido e aos seus funcionários pela forma como colaboraram.
Ficou-me no coração a vivência das representações teatrais em que se salientava o  acolhimento imenso que Jesus oferece e o Seu alegre convite a que O anunciemos. Ontem como hoje Ele convida-nos para junto de Si para depois O anunciarmos aos irmãos. Excelente mensagem!
Através de poemas,  representações, cânticos, textos, mensagens bíblicas dramatizadas, gravações, power point,  os catequizandos ofereceram ao público a beleza e o encanto do amor de Jesus que nos acolhe e envia.
Gostei de ver o público concentrado durante as peças teatrais. É mesmo bom ver as pessoas contentes! E olhem que há gente nova com muito jeito mesmo para a representação! 5 estrelas.
Parabéns ao jovens Arautos da Alegria que ofereceram colaboração vária e animaram os intervalos das peças.
Se todos os grupos estiveram muito bem, houve uma novidade bem agradável. Num dos grupos, os pais treinaram e hoje atuaram conjuntamente com os filhos. Fantástico! Oxalá que "a moda pegue".

sexta-feira, 14 de março de 2014

Onda de oração



 "A alimentação não é apenas uma necessidade básica é também um direito. Um direito que é esquecido diariamente e que afeta 842 milhões de crianças, mulheres e homens em todos o mundo."
 
Uma só família humana, alimento para todos

Senhor, nosso Deus, confiaste-nos os frutos da Criação para que soubéssemos cuidar da Terra e fossemos por ela alimentados generosamente.
Enviaste-nos o teu Filho para partilhar a nossa carne e o nosso sangue, ensinando-nos  a Lei do Amor. Pela sua morte e ressurreição tornamo-nos uma só família humana.
Jesus manifestou uma particular atenção para com aqueles que não tinham alimento, transformando mesmo cinco pães e dois peixes num banquete para mais de cinco mil pessoas.
Apresentamo-nos diante de Ti, Senhor nosso Deus, conscientes das nossas faltas e das nossas omissões, mas cheios de esperança, para partilhar o alimento com todos os membros da grande família humana.
Na tua sabedoria, inspira os responsáveis dos governos e das empresas, inspira os cidadãos do mundo inteiro para que encontrem soluções justas e solidárias capazes de pôr termo à fome, assegurando que todos os povos tenham direito à alimentação.
Isto te pedimos, Senhor nosso Deus, para que quando estivermos diante de Ti possamos apresentarmo-nos como “Uma Só Família Humana” com “Alimento para Todos.
Amen.   
 
Fonte: aqui

quinta-feira, 13 de março de 2014

Papa Francisco: Primeiro aniversário do Pontificado

)

2º Domingo da Quaresma - Ano A

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Leituras: aqui



Morreu D. José Policarpo, Patriarca Emérito, aos 78 anos.




O patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente lembra, em declarações à Renascença, o trabalho de D. José Policarpo à frente da Diocese de Lisboa. Diz D. Manuel que “a sua memória mantém-se viva no muito trabalho que D. José Policarpo desenvolveu com bondade e lucidez à frente da diocese".

Para D. Nuno Brás, a notícia da morte de D. José Policarpo, esta quarta-feira, foi “recebida com um grande choque”. O Bispo auxiliar de Lisboa diz à Renascença que “Portugal perdeu um grande homem e que a Igreja perde um grande pastor”. D. Nuno Brás acrescenta que “lá do Céu D. José Policarpo continuará a cuidar da Igreja de Lisboa e do país”.

Pensador e académico com vasta obra publicada, D. José Policarpo morreu esta quarta-feira aos 78 anos. Foi Cardeal Patriarca de Lisboa durante 15 anos. Faleceu às 19h50 no Hospital SAMS, em Lisboa, vítima de um aneurisma na aorta.
Fonte: aqui

quarta-feira, 12 de março de 2014

17 a 23 de março: Semana Nacional da Cáritas

“Unidos no amor, Juntos contra a fome” é o tema que a Cáritas propõe, este ano, para a Semana Nacional da Cáritas, que se assinala entre os dias 17 e 23 de março. A par de um conjunto de ações locais, muito vocacionadas para espaços de reflexão e debate com os cidadãos, esta iniciativa é ainda marcada pelo Peditório Público que se realizará em diversas cidades e estabelecimentos comerciais entre os dias de 20 a 23 de Março.
Este gesto público é de uma importância fulcral para a Cáritas, em Portugal, já que reverte a favor dos diferentes projetos sociais concretizados em cada uma das Cáritas Diocesanas do país. Para que o Peditório aconteça, milhares de voluntários saem à rua, apelando à generosidade e à partilha. “Um gesto comunitário e também de desafio já que lembra a cada português que todos estamos implicados na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Sem o contributo de cada um de nós não poderá nunca haver uma verdadeira noção de bem comum”, explica Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa.

Este ano, o tema desta Semana está integrada na campanha internacional de luta contra a fome “Uma só família humana, alimento para todos”, promovida pela Caritas Internationalis, que tem por objetivo o combate à fome e ao desperdício alimentar, mas também alertar para o respeito inalienável pelo direito à alimentação.

Em Portugal, a Cáritas mantém-se firme no apoio à população, preferencialmente a mais carenciada, e irá dar continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver, propondo caminhos de reconstrução para aqueles cujas vidas foram marcadas pela crise que está a deixar marcas indeléveis na nossa sociedade.

terça-feira, 11 de março de 2014

A miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual


Podemos distinguir três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual.
 
A miséria material é a que habitualmente designamos por pobreza e atinge todos aqueles que vivem numa condição indigna da pessoa humana: privados dos direitos fundamentais e dos bens de primeira necessidade como o alimento, a água, as condições higiénicas, o trabalho, a possibilidade de progresso e de crescimento cultural. Perante esta miséria, a Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia, para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo; amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo. O nosso compromisso orienta-se também para fazer com que cessem no mundo as violações da dignidade humana, as discriminações e os abusos, que, em muitos casos, estão na origem da miséria. Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam ídolos, acabam por se antepor à exigência duma distribuição equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha.
Não menos preocupante é a miséria moral, que consiste em tornar-se
escravo do vício e do pecado. Quantas famílias vivem na angústia, porque algum dos seus membros – frequentemente jovem – se deixou subjugar pelo álcool, pela droga, pelo jogo, pela pornografia! Quantas pessoas perderam o sentido da vida; sem perspetivas de futuro, perderam a esperança! E quantas pessoas se veem constrangidas a tal miséria por condições sociais injustas, por falta de trabalho que as priva da dignidade de poderem trazer o pão para casa, por falta de igualdade nos direitos à educação e à saúde. Nestes casos, a miséria moral pode-se justamente chamar um suicídio incipiente. Esta forma de miséria, que é causa também de ruína económica, anda sempre associada com a miséria espiritual, que nos atinge quando nos afastamos de Deus e
recusamos o seu amor. Se julgamos não ter necessidade de Deus, que em Cristo nos dá a mão, porque nos consideramos autossuficientes, vamos a caminho da falência. O único que verdadeiramente salva e liberta é Deus.
O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de misericórdia e esperança. É bom experimentar a alegria de difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente abrir novas vias de evangelização e promoção humana.
(Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma)

segunda-feira, 10 de março de 2014

As sequelas do aborto nos homens

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Os homens também sofrem as consequências de um aborto provocado

Todos os anos, desde 1974, realiza-se em Washington a "Marcha pela Vida", um ato reivindicativo no qual se pede a revogação da lei Rose vs. Wade, com a qual o aborto foi legalizado nos Estados Unidos em 1973.

Já faz alguns anos que Chris Aubert participa desta marcha e de outra que acontece em sua cidade. Ele o faz consciente do valor da vida, depois de perceber que, ao invés dos 5 filhos que o fazem tão feliz, este número poderia ser de 7.

Em 1985, sua então namorada lhe disse que estava grávida e pensava em abortar. Ele lhe deu 200 dólares e saiu para ver uma partida de beisebol. Em 1991, a história se repetiu com outra namorada.

"Isso era totalmente irrelevante para mim", conta em seu blog. Ele acreditava que aqueles fatos não repercutiriam em sua vida, mas, um dia, na consulta ao ginecologista, ao lado de sua atual esposa, ele viu a ecografia de um dos seus filhos (desta vez, desejado) e sentiu um aperto no peito, um arrependimento profundo pelo que havia feito. "Se eu pudesse voltar no tempo, salvaria esses filhos – confessa. Há uma mancha que jamais se apagará da minha alma."

Vicky Thorn é ativista pró-vida desde antes da existência deste movimento como tal. Ela fundou o Projeto Raquel, que ajuda as mulheres após um aborto provocado. Mas também ajuda os homens, ainda que, como explica, as sequelas desta prática neles ainda são um tabu, porque o aborto é considerado um "assunto de mulheres".

Ao não permitir o nascimento de um filho, Thorn descreve uma dupla reação nos homens: por um lado, existem os que, ao ter filhos desejados, acabam sendo superprotetores e vivem em constante angústia e medo de que lhes aconteça algo ruim. Por outro, existem os que passam por um inferno no mundo do álcool, drogas, adições sexuais e autodestruição.

A experiência de Thorn é que, após a perda, o homem passa pelas seguintes etapas: ira, raiva, frustração, sofrimento profundo, arrependimento e tristeza.

"Custa-lhes acreditar que olharam para o outro lado", afirma. A estes sentimentos se une a vergonha por terem permitido que arrancassem seus filhos deles, os filhos que deveriam ter protegido.

Outra das ideias que apoia esta suposta desvinculação do homem da paternidade é a de que "se trata do corpo da mulher e por isso é ela quem deve decidir".

"Uma gravidez é um assunto dos dois e é preciso que conversem sobre isso – mais ainda quando a gravidez é indesejada. Não se pode deixar o homem de lado", diz Samuel, quem, dentro de apenas 4 meses, será pai, aos 20 anos de idade.

Nem seus pais, nem os pais da sua namorada, nem sua namorada trabalham. Mesmo assim, estão felizes, ainda que preocupados pelo futuro. Por isso, recorreram à Red Madre, organização que se encarrega de oferecer todo o necessário para que não falte nada à criança.

Mas a mentira sobre o papel do homem na procriação se espalha como uma mancha de óleo. Neste pilar se apoiam muitos abortistas para empunhar seus argumentos, fundamentados em uma profunda visão feminista.

O site da clínica Dator, ao falar de "Homem e aborto", começa o texto afirmando: "É a mulher quem deve tomar a decisão final sobre fazer ou não um aborto".

Ondina Vélez, médica e membro do Instituto CEU de Estudos da Família, afirma que os homens se sentem muito feridos após um aborto, de tal forma que, em muitos casos, podem inclusive romper seu relacionamento com sua parceira.

"Em muitos casais, a atitude mais frequente é que os homens fiquem ansiosos e aceitem a decisão delas, precisamente porque sentem que 'o aborto é coisa de mulheres' e que eles não têm direito de opinar."

Dois dos clientes atendidos por Ondina não concordavam em se desfazer do filho que estava a caminho. "Pouco tempo depois, terminaram o relacionamento com suas parceiras", contou a médica.

São os que, ou olham para o outro lado, ou induzem a mulher a fazer um aborto. Parece difícil se desvincular dessa má publicidade sobre o assunto. No entanto, os homens também são vítimas de um ambiente que muitas vezes os pressiona. Como afirma Thorn, "foram incentivados a permitir que ela escolhesse, quando na verdade eles queriam ser pais".
Fonte: aqui

domingo, 9 de março de 2014

Dia Sacerdotal




O Arciprestado de Armamar-Tarouca, teve na tarde de deste domingo, o seu "Dia Sacerdotal", ocorrido em Armamar.
O tema do encontro foi “Natureza e Missão do Sacerdote", tendo-o orientado  o Pe Milton Lopes da Encarnação, da diocese de Viseu.
Após a belíssima exposição do conferencista, teve lugar o diálogo franco, aberto e partilhante entre os presentes e o dinamizador.
Apesar do cansaço que estes tempos quaresmais sempre trazem aos pastores, foi evidente o seu interesse, o empenho e alegria serena.
 Seguiu-se uma refeição num restaurante local.
Obrigado, sr. P.e Milton, pela presença, pela sabedoria e vivências partilhadas.
Foi mais uma bela experiência de comunhão sacerdotal.

sábado, 8 de março de 2014

AS TENTAÇÕES DE JESUS E AS NOSSAS TENTAÇÕES

Foto: AS TENTAÇÕES DE JESUS
E AS NOSSAS TENTAÇÕES

Perguntemo-nos hoje: a tentação, toda e qualquer tentação, de onde vem? Como age dentro de nós? Não vem de Deus, mas das nossas debilidades interiores, das feridas que deixou em nós o pecado original. Diríamos que toda a tentação tem três caraterísticas: cresce, contagia e justifica-se (cf. Papa Francisco, meditação matutina, 18 de fevereiro 2014)!

 Inicialmente, a tentação começa com um certo ar tranquilizador, como se não houvesse mal nenhum, naquilo que se pensa fazer… mas depois cresce como o joio, no meio do trigo (Mt 13, 24-30), sem que praticamente nos demos conta disso! Cresce, cresce, cresce. E se não a bloquearmos, a tentação invade tudo e acaba por nos dominar totalmente, como uma espécie de obsessão, que nos enreda! 

 Depois vem o contágio. A tentação cresce, mas não gosta da solidão; portanto procura companhia, contagia outro, arrasta outros e assim acumula pessoas…

 Outro aspeto é a justificação. Para estarmos mais tranquilos, justificamo-nos. A tentação justifica-se, desde sempre, desde o pecado original, quando Adão passa a culpa a Eva, por esta o ter convencido a comer o fruto proibido. Pelo contrário, a primeira coisa que devíamos fazer não é passar a culpa a outro, mas é pedir humildemente perdão a Deus, pedir desculpa ao irmão.


Perguntemo-nos hoje: a tentação, toda e qualquer tentação, de onde vem? Como age dentro de nós? Não vem de Deus, mas das nossas debilidades interiores, das feridas que deixou em nós o pecado orig...inal. Diríamos que toda a tentação tem três caraterísticas: cresce, contagia e justifica-se (cf. Papa Francisco, meditação matutina, 18 de fevereiro 2014)!

Inicialmente, a tentação começa com um certo ar tranquilizador, como se não houvesse mal nenhum, naquilo que se pensa fazer… mas depois cresce como o joio, no meio do trigo (Mt 13, 24-30), sem que praticamente nos demos conta disso! Cresce, cresce, cresce. E se não a bloquearmos, a tentação invade tudo e acaba por nos dominar totalmente, como uma espécie de obsessão, que nos enreda!

Depois vem o contágio. A tentação cresce, mas não gosta da solidão; portanto procura companhia, contagia outro, arrasta outros e assim acumula pessoas…

Outro aspeto é a justificação. Para estarmos mais tranquilos, justificamo-nos. A tentação justifica-se, desde sempre, desde o pecado original, quando Adão passa a culpa a Eva, por esta o ter convencido a comer o fruto proibido. Pelo contrário, a primeira coisa que devíamos fazer não é passar a culpa a outro, mas é pedir humildemente perdão a Deus, pedir desculpa ao irmão.