sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Combate às desigualdades


Aproveitando a reunião em Davos, na Suíça, do Fórum Económico Mundial (WEF), em que se analisam os problemas emergentes do mundo e onde se tenta encontrar soluções para as crescentes situações de desigualdade, o Papa enviou uma mensagem dirigida ao Presidente Executivo do Fórum, Klaus Schwab, onde fala da economia ao serviço do bem comum, inclusão social, luta contra a fome e atenção aos refugiados.
«Para muitas pessoas, escreve o Papa, a pobreza foi reduzida, mas isso não basta, porque ainda persiste uma exclusão social generalizada. Ainda hoje, a maior parte dos homens e mulheres continua a viver uma precariedade diária, muitas vezes com consequências dramáticas. A política e a economia devem, portanto, trabalhar na promoção de "uma abordagem inclusiva que tenha em conta a dignidade de cada pessoa humana e do bem comum.»
«Não se pode tolerar - escreve em seguida o Papa – que milhares de pessoas morram diariamente de fome, havendo embora à disposição grandes quantidades de alimentos que muitas vezes são simplesmente desperdiçados». Da mesma forma, o Papa sublinha que «não podem deixar indiferentes os muitos refugiados em busca de condições de vida minimamente dignas, que não apenas não encontram acolhimento, mas não raramente vão ao encontro da morte em viagens desumanas».
«Estou consciente que estas palavras são fortes, até mesmo dramáticas – nota o Papa – mas elas pretendem salientar e também desafiar a capacidade do Fórum para fazer a diferença. O que é necessário é um sentido de responsabilidade renovado, profundo e alargado por parte de todos, para servir mais eficazmente o bem comum e tornar os bens deste mundo mais acessíveis para todos. Peço-vos para fazer com que a riqueza esteja ao serviço da humanidade e não de quem governa, na óptica de uma ética verdadeiramente humana».
Fonte: aqui

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Domingo, 2 de fevereiro: Apresentação do Senhor


Leituras: aqui
 

Papa diz que é «absurdo» ser «cristão sem a Igreja»

Francisco pediu
humildade, fidelidade e oração aos católicos

O Papa Francisco criticou hoje no Vaticano a “dicotomia absurda” que leva algumas pessoas a aceitar Jesus e a recusar a Igreja, afirmando que a fé cristã exige uma dimensão comunitária.
“O cristão não é um batizado que recebe o Batismo e pode seguir pelo seu caminho. O primeiro fruto do Batismo é fazer-te pertencer à Igreja, ao povo de Deus: não se percebe um cristão sem Igreja”, disse, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Francisco citou o Papa Paulo VI a respeito da “dicotomia absurda de amar Cristo sem a Igreja”.
“Não é possível, é uma dicotomia absurda, recebemos a mensagem do Evangelho na Igreja e construímos a nossa santidade na Igreja, o nosso caminho na Igreja. Tudo o resto é fantasia ou, como ele [Paulo VI] dizia, uma dicotomia absurda”, insistiu.
O Papa prosseguiu o ciclo de reflexões que tem apresentado esta semana a respeito da figura do rei David, sublinhando esta manhã o seu “forte sentido de pertença ao povo de Deus”.
A partir do relato bíblico, Francisco apresentou aos participantes na celebração “três pilares” da pertença de cada católico à Igreja: humildade, fidelidade e oração por essa mesma Igreja.
“Uma pessoa que não é humilde, não pode sentir com a Igreja, mas sentirá o que lhe aprouver”, advertiu.
A homilia ligou a fidelidade à “obediência”, também ao ensinamento da Igreja, para evitar ser “donos do Evangelho, donos da doutrina recebida”.
“O mesmo Paulo VI recordava que nós recebemos a mensagem do Evangelho como um dom e temos de transmiti-la como um dom, não como algo nosso”, precisou.
Em conclusão, o Papa deixou votos de que cada membro das comunidades católicas saiba “aprofundar” a sua pertença eclesial e o seu “sentir com a Igreja”.
In agência ecclesia

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Recomeçaram as obras da 2ª parte do Centro Paroquial




No dia 22 de janeiro, recomeçaram as obras do Centro Paroquial Santa Helena da Cruz.  
Precede-se , neste momento, à remoção das terras onde ficará instaladada a 2ª parte do Centro Paroquial, depois de, no Verão, ter sido reconstruída uma parte dos muros que não colidia com o desaterro em curso. Os restantes muros só poderão ser reconstruídos após a implantação da obra.

O que falta construir?
Um espaço amplo multi-usos para grandes encontros, reuniões, eventos culturais, celebrações. Debaixo deste espaço, aparecerão salas para os jovens, escuteiros (a ressurgir) e GASPTA. E arrumações : carrinha, andores, alfaias litúrgicas, artigos oferecidos ao GASPTA...

Só um pormenor importante: no jornal da nossa Paróquia - SOPÉ DA MONTANHA, podem ver sempre na última página notícias sobre  Centro Paroquial. Fotos, informações, ofertas que vão dando, etc.

O Centro Paroquial precisa muito de todos vós! Fica-vos grato pelos vossos donativos. Espera que nunca vos esqueçais dele.


No perigo, na solidão: deixar-se abraçar por Deus

Não conseguimos viver sem medo,
mas podemos colocá-lo nas mãos do Senhor


Na vida, a generosidade exige renúncia. Renúncia ao próprio desejo, à possessão, a ter tudo, à paz constante, ao descanso permanente, aos meus planos. Amar é renunciar. O amor que não renuncia seca, morre.

O amor que cresce a partir da morte ao próprio eu é um amor fecundo, grande, próprio de um coração que se dilatou, que se tornou enorme no caminho. Um coração capaz de entregar a vida no silêncio, sem buscar aplausos ou reconhecimento. É um coração assim que queremos: um coração livre e pleno.

Santo Inácio rezava: “Tomai, Senhor, e recebei / Toda a minha liberdade, a minha memória também. / O meu entendimento e toda a minha vontade / Tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor. / Todos os dons que me destes, com gratidão vos devolvo. / Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade. / Dai-me somente, o vosso amor, vossa graça. / Isto me basta, nada mais quero pedir”.

Em nosso coração são tomadas as decisões mais importantes, e ninguém pode interferir nelas. Decisões nas quais nos entregamos e abandonamos totalmente. Lá, na solidão da alma, nós abraçamos Deus. Lá onde ninguém mais pode entrar, porque é nossa intimidade mais profunda e cálida.

E queremos que o nosso coração seja um lar para Cristo. Nesse lar de paz, poderíamos descobrir seu querer e estar dispostos, assim, a entregar tudo, a renunciar a tudo.

Diante do desconhecido, diante do que não controlamos, temos de olhar para Deus, confiar nele, abandonar-nos em suas mãos, sabendo que Ele nos conduz a um porto seguro.

Na verdade, nossa santidade repercute nos que nos cercam. Somos membros do Corpo místico de Cristo. O bem que fazemos é um bem para os outros. O mal que provocamos é uma ausência de bem.

Nosso amor pode ajudar outras pessoas a amar mais, a amar melhor, a amar mais santamente. “O verdadeiro amor é aquele que não diz “é suficiente”. A medida do amor é amar sem medidas. Nossa relação mútua deve nos submergir cada vez mais profundamente nesta medida sem medidas, no eterno, no Deus infinito.”

Uma vida que ama e é capaz de não dizer jamais “Isso é suficiente” é a vida à qual aspiramos. Uma vida entregue nas mãos de Deus. É o abandono no meio do perigo. Quando nem tudo está garantido, quando nossa vida não está totalmente sob controle. É natural ter medo do futuro, da morte, da cruz. Não é natural viver sem medo.

Ninguém vive sem medo, a não ser por uma graça especial, por um dom sobrenatural, por uma união profunda do seu coração com o coração de Cristo na cruz. Os mártires suportaram o martírio não por falta de medo, mas porque receberam uma graça especial de Deus.

Nós não vivemos sem medo, mas sempre podemos entregar esse medo a Deus para que Ele nos liberte. O medo está na alma e pode nos impedir de avançar.

Hoje somos conscientes dos nossos medos. Sabemos quantas coisas existem em nossa vida que nos inquietam. O futuro, a crise, o medo de doenças: entreguemos tudo isso a Deus, para que Ele sustente nossa vida e nos dê sua paz em meio às tempestades.
Fonte: aqui

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

«Faz mais barulho uma árvore que cai do que uma floresta que cresce».




Alguém, notou o Papa ontem, poderia objetar: «Mas, padre, li num jornal que um bispo fez isto ou que um sacerdote fez aquilo!». objeção à qual o Pontífice respondeu: «Sim, eu também li! Mas, diz-me: nos jornais são publicadas notícias sobre o que fazem tantos sacerdotes em muitas paróquias nas cidades e nas zonas rurais? Contam a enorme caridade que praticam? O grande trabalho que fazem para guiar o seu povo?». E acrescentou: «Não, isto não é notícia!». Vale sempre o famoso provérbio: «faz mais barulho uma árvore que cai do que uma floresta que cresce».

domingo, 26 de janeiro de 2014

Paróquia de S. Pedro de Tarouca: reuniões marcadas para esta semana

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Conselho Económico:

Quinta-Feira, 30 de janeiro, às 20.45h, no Centro Paroquial
***
Catequistas:
 

Quinta-Feira, 30 de janeiro, às 20.45h, no Centro Paroquial
***
Escola da Fé:
Sexta-Feira, 31 de janeiro, às 20.45h, no Centro Paroquial

LINDO e Emocionante !

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«Pai Nosso» com solista, coro e orquestra Isto merece ser ouvido e visto: pela música, coro, solista e orquestra; pelo cenário da igreja - coro e órgão; pelo tema e espírito da composição.
 ANDREA BOCELLI
 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Poema dedicado aos idosos




Na fim da Missa do Lar, hoje animada pelos catequizandos do 7º ano, foi declamado o seguinte poema.
Se a Primavera é linda, o Outono também tem os seus encantos. Jovens e idosos, juntos... Se um revivem a Primavera, outros sentem o Outono.
O Canto, a alegria, os gestos dos mais novos calam sempre fundo no coração dos idosos donde brotam sempre um 'obrigado' e um 'venham sempre'.
A fé que une, se enriquece e se partilha em gestos que aproximam. Jovens que dão as mãos aos idosos quando se reza o Pai Nosso, jovens que vão saudar os idosos no momento da paz, jovens que conduzem as cadeiras de rodas dos idosos no fim da Missa... A festa serena da fraternidade...

O tempo vai passando
e o sofrimento e as lágrimas
abrem caminhos ao passar
a que os homens chamam rugas.
Vossos olhos são pássaros
cujas asas cruzam os céus
sem caminhos...

Vós precisais da bengala
do nosso carinho e força.
Nós queremos a riqueza
da vossa experiência
que nenhum livro iguala.

Acreditai sempre no Amor!
Vejam nele a mais bela flor
mesmo que traga dor e solidão,
pois é na força do coração
que está o segredo da alegria
conjugando a noite com o dia.

Os anos passam sem nada poupar.
A frescura e o tempo não se podem reter;
mas há sempre lugar para receber.
Há sempre algo para encontrar
em contínua renovação.
Só é velho a valer,
quem mesmo o quiser ser.


Manuela Mourisca Martins

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Rezar serve para alguma coisa?




Nosso sonho é crescer, amadurecer, ser melhores, transformar a vida. O maior dos desafios humanos é "transfigurar" a vida, assim como Jesus fez. Mas esta transformação não foi apenas resultado ou expressão da sua condição divina, e sim, além disso, fruto do enorme poder da oração que Ele incluiu em sua vida como elemento revolucionário da sua existência.

Em outras palavras, as mudanças interiores da vida não derivam somente da boa vontade ou do exercício contínuo das virtudes: as verdadeiras transformações são obras do Artista do céu. A partir disso, entendemos que a oração não serve para mudar Deus, e sim para mudar nós mesmos. Ela não é um recurso de apelação a Deus, mas um jeito de ser, de agir, de viver.

Quem quiser ver sua vida transformada, precisa ser uma pessoa de oração. Se fizéssemos isso com a mesma intensidade com que Jesus o fez, nossa vida seria diferente. Quem ora tem até o rosto diferente, seu sorriso fica iluminado.

As ações e gestos de uma pessoa orante, seu olhar, têm um poder transformador e começam a brilhar com uma luz que não lhes é própria, mas procede de Jesus. Assim como a lua reflete a luz do sol, quem é de Deus reflete sua alegria.

Mas quanto tempo precisamos dedicar à oração?

Não podemos nos contentar com um Pai-Nosso diário, desses que rezamos apressadamente, porque temos outras coisas para fazer. Assim, morreríamos de inanição espiritual. Da mesma forma como precisamos manter um corpo com um mínimo de três refeições diárias, também é importante orar com poder para manter a vida do espírito.

Na vida, as decisões mais importantes são tomadas orando. Nosso rosto deve permanecer sempre frente a Deus por meio da oração, que não é para benefício de Deus, porque Ele não se torna maior nem menor com ela. A oração é para a transformação do ser humano, pois o torna uma criatura nova.

Muitas coisas mudam quando oramos: nossa forma de pensar, de agir, porque Deus se faz presente nela. O espírito do mal foge da pessoa que ora, não resiste, odeia-o e escapa da sua presença.

Só dessa maneira podemos nos transfigurar e ser criaturas novas. Mas não podemos fazer isso sozinhos, nem o conseguiremos. A mentalidade que o mundo nos vende hoje é de que todos nós podemos fazer tudo sozinhos, não precisamos de ninguém, temos poder e a mente consegue tudo o que quiser. Esta é a grande mentira do mundo: fazer-nos sentir como super-homens, quando somos apenas seres mortais: "Sem mim, não podeis fazer nada" (João 15).

Este interruptor da oração dá luminosidade ao rosto. A pessoa acaba tendo o rosto que deu a si mesma pela sua vida e por sua atitude diante dela. As ações modelam o rosto, pois este mostra o que existe dentro do coração.

Um construtor do Reino não pode pretender mudar o mundo nem sua própria vida sem recorrer à oração permanente, mas esta não pode estar sujeita ao pêndulo dos estados emocionais, das variações de humor, do "sentir vontade" ou do sentir-se bem. Quem submete sua fé ao vai e vem das emoções jamais crescerá.

Não há nada que possa tirar nossa firme vontade de orar, nem sequer a vergonha diante de Deus, pois o inimigo sempre estará como leão que ruge, procurando alguém para devorar, e tentando fazer com que nos sintamos inutilmente miseráveis e indignos do amor do Senhor.

Quem ora vence o maligno. Quem ora se transfigura.



Fonte: aqui

26 de janeiro: III DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A

O meu Domingo
com a Palavra de Deus

Leituras: aqui


"Estará Cristo dividido?"
(1 Cor 1, 13)


 “Os cristãos devem fechar as portas a ciúmes, invejas e mexericos que dividem e destroem nossas comunidades”. A exortação foi feita pelo Papa.
“O ciúmes leva a matar... foi pela porta da inveja que o diabo entrou no mundo. Ciúme e inveja abrem as portas ao mal, são um veneno”, disse, advertindo:
“As pessoas invejosas e ciumentas são amargas: não sabem cantar, não sabem louvar e não conhecem a alegria. Semeiam sua amargura e a difundem em toda a comunidade. Outra consequência deste comportamento são os mexericos, porque quando uma pessoa não tolera que outra tenha algo que ela não tem, tenta ‘rebaixá-la’, falando mal dela. Vejam: por trás de uma fofoca estão sempre ciúmes e inveja”.
“Quantas belas comunidades cristãs – afirmou o Papa – andavam bem até que o verme da inveja contagiou um de seus membros e com ele, a tristeza, o ressentimento e as fofocas”, completou o Papa.
“Rezemos por nossas comunidades cristãs para que a semente do ciúme não seja semeada entre nós; que a inveja não penetre em nossos corações e possamos ir avante, louvando o Senhor, com a graça de não cairmos na tristeza”.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Papa diz que Internet é "um dom de Deus"

 Papa diz que Internet é "um dom de Deus"


O papa Francisco pediu hoje aos católicos que sejam "cidadãos digitais" construtivos ao usarem a Internet, que definiu como um "dom de Deus", para manifestarem solidariedade.


O papa argentino publicou a primeira mensagem sobre comunicações sociais, uma tradição anual por ocasião da festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, com o título: "A comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do reencontro".
Nesta mensagem, que aborda o fenómeno das redes sociais num tom claramente confiante, mas sem esquecer os perigos, o papa afirma que "a Internet pode oferecer mais possibilidades de reencontro e de solidariedade entre todos, o que é uma coisa boa, um dom de Deus".
A Igreja deve empenhar-se na Internet "para levar ao homem ferido", na via digital, "o óleo e o vinho": "Que a nossa comunicação seja um óleo perfumado para a dor e um bom vinho para a alegria", considera Francisco, numa fórmula inspirada nos Evangelhos.
Na mensagem, Francisco lembra que a exclusão, desorientação, condicionamento, doença, ignorância do outro podem existir também na Internet.
O papa Francisco é seguido por mais de dez milhões de cibernautas na rede social de mensagens instantâneas 'Twitter'.
Fonte: aqui

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

«Sabem qual é a primeira escola que os filhos devem ter?»


Em certa ocasião, um pai de família começou uma conferência com a seguinte pergunta ao auditório: «Sabem qual é a primeira escola que os filhos devem ter?». As respostas foram muito variadas: um infantário, uma creche, um jardim-escola.
«Nada disso» ― respondeu o conferencista. «A minha experiência de pai de uma família numerosa ― lá em casa somos dez: a minha patroa, oito filhos e este seu servidor ― é que a primeira e fundamental escola dos filhos é o amor entre os pais. De todas as escolas que conheço é a que melhor ensina a matéria mais importante: ensina a amar. Dessa "cadeira" depende a felicidade dos nossos filhos nesta vida e na futura».
É do amor mútuo entre os pais que procedem os filhos. No entanto, esse amor não pode permanecer somente no acto gerador inicial. Demonstra-se, sobretudo, nessa geração não biológica que é tão fundamental na vida de qualquer um de nós: a educação.
E é o amor entre os pais ― que se transmite aos filhos ― a primeira "escola" que educa lá em casa. Não só educa, mas dá coesão, transmite segurança e permite aos filhos crescerem e desenvolverem-se num ambiente saudável. Como alguém disse ― e com razão ― a família é sempre o melhor ministério da educação, da saúde e da segurança social.
Se há amor entre o pai e a mãe ― amor que se manifesta em detalhes de espírito de serviço todos os dias ― a atmosfera que os filhos respiram é de entrega e de generosidade. E estes dois conceitos possuem uma estreita relação com a capacidade de amar de cada um de nós. Sem entrega e sem generosidade não há amor ― há palavras bonitas, eflúvios sentimentais e nada mais.
Para se construir um lar amável, acolhedor e formativo é necessário o seguinte "material" fundamental: um pai, uma mãe, o amor entre eles e aos filhos. E o amor manifesta-se ― entre outras coisas ― na dedicação de tempo tanto ao cônjuge como aos filhos. Essa dedicação complementar é responsabilidade dos dois ― não só ou sobretudo da mãe. É bom não esquecer que os filhos, para crescerem harmonicamente, necessitam também da presença, amizade e carinho do pai.
É verdade que, por motivos graves, Deus dá a sua graça para suprir a forçada ausência de um dos dois progenitores na educação dos filhos. No entanto, o que não está correcto é a inibição ou a renúncia voluntária de um deles por comodismo, excesso de trabalho ou pouca paciência.
Ser pais é a primeira ocupação das suas vidas e é, ao mesmo tempo, um desafio maravilhoso. Por isso, o amor genuíno leva a antepor a família ao trabalho. Estas duas realidades são importantes na vida de uma pessoa ― mas não estão ao mesmo nível!
Pe. Rodrigo Lynce de Faria, aqui

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Criador de armas arrependido


O testemunho desta semana vem-nos da Rússia. Mikhail Kalashnikov, criador da arma de assalto AK-47, escreveu, em Maio de 2012, uma carta de arrependimento endereçada ao patriarca Cirilo, líder da igreja ortodoxa russa, expressando o seu remorso pela criação dessa e de outras armas, que mataram muitos milhões de pessoas.
O nome AK-47 é uma combinação das iniciais do nome do fuzil, "Avtomat Kalashnikova", e o ano em que a arma começou a ser produzida, 1947. Inspirada no fuzil de assalto alemão Sturmgewehr 44, a arma popularizou-se por causa de sua manutenção relativamente simples, por sua resistência a condições adversas, como água, areia e lama, e também por seu baixo custo.
Estima-se que essa arma, criada quando Kalashnikov era oficial do Exército Vermelho e se recuperava de ferimentos sofridos durante a Segunda Guerra (1939-1945), vendeu 100 milhões de exemplares. A carabina logo se tornou a espingarda de assalto padrão da infantaria soviética e, nos anos seguintes, passou a ser adoptada por exércitos de mais de 80 países, por guerrilheiros radicais e até por terroristas como Osama bin Laden. Ele nunca cobrou regalias ou recebeu direitos relativos à criação do AK-47. Curiosamente, a sua maior fonte de renda provinha da venda de uma vodca que também leva seu o nome.
Na carta publicada pelo jornal russo "Izvetia", Kalashnikov disse ao patriarca da Igreja Ortodoxa russa, Kirill, que sentia uma dor espiritual insuportável. «Faço-me sempre a mesma pergunta a que não posso responder: 'Se minha arma terminou com a vida de tantas pessoas, serei eu culpado pelas mortes, ainda que fossem inimigos?’»
Kalashnikov, que morreu em 23 de dezembro do ano passado aos 94 anos, podia simplesmente fazer uma confissão privada a um padre, pois os ortodoxos também têm a confissão individual como os católicos, mas quis mostrar o seu arrependimento público. Oxalá os que estão na origem de terríveis males físicos ou morais aos outros sigam o exemplo deste homem.

Fonte: aqui

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

FESTA DO "VIZINHO"

Dia 20 de Janeiro. A Igreja recorda o Mártir São Sebastião, que é o Padroeiro principal da Diocese de Lamego. O outro Padroeiro é Santo Agostinho. Daí a jaculatória: "São Sebastião e Santo Agostinho, intercedei pelos fiéis da Diocese de Lamego".

Na cidade de Tarouca, na rotunda que leva o seu nome, encontra-se uma capela dedicada a São Sebastião.
Neste dia, teve lugar aí a Eucaristia, presidida pelo P.e Adriano e concelabrada pelo P.e Carlos. Na homilia, o presidente da assembleia referiu-se ao facto deste jovem mártir ser o padroeiro da diocese e pediu que rezássemos pela Igreja Local, seu bispo, presbíteros, diáconos, religiosos e leigos. Agradecendo e louvando o Senhor pelo testemunho corajoso, persistente e alegre de São Sebastião, indicou-o como exemplo de fé e de caridade e pediu que também hoje os cristãos fossem  às periferias e, junto dos que estão na "corda bamba", testemunhem Jesus Cristo com alegria e coragem.
Foram também recordados os mártires do nosso tempo, mormente na Síria, e por eles se rezou.
Porque estamos na  Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, pedimos a intercessão de São Sebastião junto de Deus clementíssimo para que o Espírito ilumine católicos, protestantes e ortodoxos e todos se deixem seduzir pela caminhada rumo à unididade, realizando o sonho de Cristo: um só rebanho e um só pastor.
Os cristão, que encheram o pequeno templo, participaram vivamente.
Que São Sebastião nos livre da fome, da peste e da guerra.

São Sebastião é vizinho da casa paroquial. Só a rotunda pelo meio. Daí o título deste post.

Quem foi São Sebastião?
Veja aqui

sábado, 18 de janeiro de 2014

Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (18 a 25 de janeiro)

Os cristãos de todo o mundo são chamados a partir de hoje a celebrar uma semana de oração pela unidade, considerada a maior iniciativa ecuménica anual, que se assinala com várias iniciativas também em Portugal.
Representantes das Igrejas Católica, Lusitana, Presbiteriana, Metodista e Ortodoxa (Patriarcado Ecuménico de Constantinopla) vão assinar no próximo dia 25, em Lisboa, uma declaração de reconhecimento mútuo do Batismo.
A assinatura vai acontecer durante a celebração ecuménica nacional, na catedral Lusitana (Igreja Anglicana) de São Paulo, com início marcado para as 18h00, na presença de D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, que vai propor uma reflexão após a Liturgia da Palavra.
O tema do Oitavário, ‘Estará cristo dividido?’, a partir do primeira carta de São Paulo aos Coríntios, é proposto pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos (Santa Sé) e a Comissão Fé e Constituição do Conselho Mundial de Igrejas.
O guião da Semana deste ano foi preparado pelo Centro Canadiano para o Ecumenismo e o Centro ‘La Prairie’ para o Ecumenismo, partindo da experiência “num país marcado pela diversidade da língua, da cultura e mesmo do clima”.
No próximo dia 25, o Papa Francisco vai presidir na Basílica de São Paulo fora de muros, em Roma, a um momento de oração para o qual estão convidados representantes de todas as Igrejas e comunidades cristãs da capital italiana.
O ‘oitavário pela unidade da Igreja’, hoje com outra denominação, começou a ser celebrado em 1908, por iniciativa do norte-americano Paul Wattson, presbítero anglicano que mais tarde se converteu ao catolicismo.
O ecumenismo é o conjunto de iniciativas e atividades tendentes a favorecer o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado por cismas e ruturas.
As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram no século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras); no século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas); no século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).
A comunidade católica integra hoje perto de 1200 milhões de fiéis; a segunda Igreja mais representativa, a ortodoxa, atinge os 250 milhões.
Luteranos (75 milhões), calvinistas/presbiterianos (80 milhões) e anglicanos (77 milhões) são as principais comunidades das chamadas ‘Igrejas tradicionais’ provenientes da Reforma, a que se juntam 60 milhões que se encontram ligadas ao metodismo.
O período tradicional, no hemisfério norte, para a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos vai de 18 a 25 de janeiro, datas propostas em 1908 por Paul Watson porque cobriam os dias entre as festas dos apóstolos São Pedro e São Paulo.
No hemisfério sul, onde janeiro é tempo de férias, as Igrejas escolhem outros dias para celebrar a Semana de Oração, como, por exemplo, por volta da solenidade de Pentecostes.
In agência ecclesia

Gandhi orava assim

Pequenos Cantores da Maia cantaram e encantaram



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O Coral Infantil Municipal dos Pequenos Cantores da Maia esteve em Tarouca na tarde de 19 de janeiro. Uma iniciativa e dinamização do Grupo de Oração e Amizade desta Paróquia a quem felicitamos vivamente.
É de sublinhar nesta iniciativa a gratuitidade. Este  Coral veio até nós gratuitamente, a refeição e sua preparação foi gratuita graças ao trabalho de voluntários e às empresas que ofereceram os géneros. A Câmara ofereceu as instalações e a logística gratuitamente. Apenas houve que pagar as horas extraordinárias do motorista.

Perante um Auditório Municipal cheio, atento e participativo, os Pequenos Cantores da Maia cantaram e encantaram. A adesão do público atesta a atenção prestada e o interesse suscitado. Foi mais de uma hora encantadora.

Parabéns aos catequizandos, catequistas, pais e comunidade. Souberam estar.

Após a atuação no Auditório, seguiu-se a habitual Missa com crianças, dinamizada pelos Pequenos Cantores da Maia e presidida pelo P.e Adriano.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Castidade no namoro, para quê?

A ideia de não fazer sexo antes do casamento
não é uma mania da Igreja
para irritar ou perseguir você: entenda a importância da castidade

Carmen, uma espanhola de 25 anos, é jornalista e colabora com diversos jornais e instituições do país. Além disso, é católica e tem um namorado. Nesta entrevista, ela fala da importância da virtude da castidade no namoro, de um ponto de vista mais humano. Segundo ela, “nossos órgãos sexuais produzem prazer e é fácil mostrá-los e entregá-los, mas só a pessoa que não quer ser reduzida a mero instrumento de prazer os guarda”.

Qual é o verdadeiro significado da pureza no namoro?

Que temos uma intimidade que nos pertence e não a entregamos a qualquer um, nem sequer ao nosso namorado(a), ainda que seja a pessoa a quem mais amamos nesta vida e com quem possivelmente acabaremos casando algum dia. Quando decidimos guardar o nosso corpo, de certa forma estamos convidando o outro a prestar atenção em nós por dentro.

Por que guardar a virgindade no namoro hoje em dia?

Ser considerados como um simples objeto de prazer, sem que se valorize a pessoa em sua totalidade, é mais fácil do que parece, por não dizer que está ao alcance de qualquer um que conceba a relação sexual só corporal, sem uma doação completa, íntima e corporal da pessoa.

Quando se compartilha o corpo, mas não a alma, o que você é por dentro, a pessoa acaba se prostituindo. Nossos órgãos sexuais produzem prazer e é fácil mostrá-los e entregá-los, mas só a pessoa que não quer ser reduzida a mero instrumento de prazer os guarda.

Por que a castidade parece estar tão fora de moda atualmente?

Por falta de valores na sociedade e porque ninguém explicou aos jovens que há outra forma de viver um namoro. Há pessoas que pensam que, se você ama seu namorado(a), o mais normal é fazer sexo com ele – quando, na verdade, justamente porque você o ama, não faria sexo com ele.

Parece contraditório, mas, de fato, sugiro àquelas pessoas que estão pensando em fazer ou não sexo com o namorado(a), que lhe digam “não”, para ver como reagem. Se terminam o namoro por falta de sexo, é porque no fundo não amam de verdade.

Se as próprias mulheres acham que só servem para dar sexo aos homens, e que nenhum homem as amará sem sexo, é porque não conheceram homens de verdade, não conhecem a dignidade que possuem e que ninguém pode tirar delas, e não fazem a menor ideia do que é o amor. Elas se vendem por um preço baixo e deixam que as usem.

Também existe a mentalidade de que não posso me casar com uma pessoa se não tive vida sexual com ela antes (desconfiança pura e dura), se não sei como ela é na cama (objeto de prazer absoluto). Antes de conviver e fazer sexo, é preciso conhecer profundamente a pessoa, independentemente do corporal: interesses, preocupações, visão da vida, convicções profundas, gostos, hobbies etc.

Outras pensam que vão conquistar o homem da sua vida com grandes decotes, minissaias, mostrando pernas e marcando curvas, quando, na realidade, o que conseguem é apenas levá-los para a cama. Não são os órgãos sexuais que nos diferenciam dos outros ou nos tornam singulares.

Quais são as vantagens da abstinência no namoro?

Todas as do mundo. Por exemplo, em primeiro lugar, é um desafio na vida dos namorados. Assim como temos novos desafios no trabalho, também aqui é preciso enfrentá-los e saber agir.

Em segundo lugar, a vantagem de estar aprendendo a amar o outro de verdade. Entre os namorados, existe atração física, mas também inteligência, vontade e liberdade. Agir guiados pelos instintos não nos levará a amar o outro como ele merece ser amado.

Se vivemos atendendo todas as exigências do corpo, é claro que a abstinência será impossível. Neste sentido, os namorados devem dominar seus corpos, e não deixar que seus corpos os dominem, porque a tendência natural é a união conjugal.

Como você explicaria isso a uma adolescente que namora há dois dias e está muito apaixonada pelo namorado?

À adolescente eu diria que não mostre nem entregue seu corpo ao rapaz com quem está há 2, 10, 150, 1.200 dias, porque ela não sabe se ele será o homem da sua vida ou alguém que só quer usá-la, para depois jogá-la no lixo, trocá-la por outra ou sumir se ela ficar grávida.

Muitas vezes, estes relacionamentos não dão certo porque não há verdadeiro amor, mas apenas curiosidade pelo sexo oposto, já que é a típica idade em que os corpos se transformam de crianças a adultos. Daí a importância de não fazer loucuras que depois custam caro e levam o adolescente a sentir-se usado como mero instrumento de prazer, fácil de conseguir.

E a uma moça de 20 anos?

A mesma coisa. Assim como seus pais tiram uma faca das suas mãos quando você é criança, porque é perigoso, a ideia de não fazer sexo com o namorado não é uma mania da Igreja para irritar você ou fazê-la nadar contra a corrente, mas a Igreja, como mãe, nos pede isso para o nosso bem, ainda que não entendamos. É preciso dar tempo ao tempo.

Que outras virtudes são necessárias durante esta etapa?

Generosidade, para doar-se continuamente ao outro, aprender a ceder; humildade, para pedir perdão quando agimos mal e para não impor nossa vontade; fortaleza, para fugir das tentações, superar as dificuldades, ter paciência; respeito mútuo, para amar-se de verdade, dizer as coisas com carinho e compreensão; e também simplicidade, naturalidade, veracidade, sinceridade absoluta, até nas pequenas coisas.

Qual é o aspecto mais bonito do namoro?

Compartilhar esse tempo com a pessoa que vai ser o homem ou mulher da sua vida. Esse amor que vai crescendo e amadurecendo com o tempo, tornando-se forte diante das dificuldades da vida, junto à confiança plena que um colocou no outro, partindo sempre da simplicidade e da sinceridade a todo momento.

E também o respeito de nasce desse amor e que nunca deve faltar; é isso que faz que a nossa vida valha a pena ser vivida. Se colocamos Deus no centro do namoro, o sucesso é garantido, porque damos ao nosso namoro uma visão em 3D que muitos não conhecem. E não imaginam o que estão perdendo.


Fonte: aqui





















quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

II DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A

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O MEU DOMINGO
Com a Palavra de Deus

Leituras: aqu


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O Papa Francisco afirmou hoje no Vaticano que todos os católicos devem assumir-se como “missionários” e transmitir a fé




O Papa Francisco afirmou hoje no Vaticano que todos os católicos devem assumir-se como “missionários” e transmitir a fé, mesmo nos momentos de perseguição.
“Em virtude do Batismo, tornamo-nos discípulos missionários, chamados a levar o Evangelho ao mundo”, disse, na catequese da audiência pública que decorreu esta manhã na Praça de São Pedro.
Segundo o Papa, cada batizado, “qualquer que seja a sua função na Igreja e o grau de instrução da sua fé”, é um “sujeito ativo” de evangelização.
“A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo de todos, de todo o Povo de Deus, um novo protagonismo dos batizados, de cada um dos batizados”, precisou.
Francisco apresentou a Igreja como um “um povo discípulo, porque recebe a fé, e missionário, porque transmite a fé”.
“Todos na Igreja somos discípulos e somo-lo sempre, para toda a vida. Todos somos missionários, cada um no lugar que o Senhor lhe confiou. Todos. Mesmo o mais pequeno é missionário e aquele que parece maior é discípulo”, disse.
Falando de improviso, o Papa quis sublinhar esta ideia do seu discurso: “Algum de vós poderá dizer: Padre, os bispos não são discípulos, os bispos sabem tudo, o Papa sabe tudo, não é discípulo”.
“Os bispos e o Papa devem ser discípulos, porque se não forem discípulos não fazem o bem, não podem ser missionários, não podem transmitir a fé. Entendido? Todos entenderam isto? É importante. Todos nós, discípulos e missionários”, acrescentou.
A segunda catequese semanal sobre o Batismo vincou que este Sacramento representa a entrada “neste Povo de Deus que transmite a fé”.
“A fé cristã nasce e vive na Igreja. Somos comunidade de crentes e, na comunidade, experimentamos a beleza de partilhar a experiência de um amor que precede a nós todos, mas, ao mesmo tempo, pede para sermos, uns para os outros, ‘canais’ da graça, apesar das nossas limitações e pecados. Ninguém se salva sozinho”, destacou a síntese da intervenção papal que foi lida em português.
A este respeito, o Papa deu como exemplo a comunidade cristã do Japão, que no início do século XVII foi vítima de uma “dura perseguição”, vendo-se então privada de sacerdotes e forçada a viver na “clandestinidade”.
Quando dois séculos e meio depois voltou a liberdade e os missionários regressaram ao Japão, reapareceu uma Igreja formada por “milhares de cristãos” que tinham mantido, mesmo em segredo, um “forte espírito comunitário”, porque o Batismo os tinha feito “um só corpo em Cristo”.
Francisco ligou este momento histórico à situação na Terra Santa, deixando votos que os fiéis possam entender que “as dificuldades e perseguições, quando são vividas com entrega, confiança e esperança, purificam e fortificam a fé”.
“Sede verdadeiras testemunhas de Cristo e do seu Evangelho, filhos autênticos da Igreja, sempre prontos a dar razão da vossa esperança, com amor e respeito”, pediu o Papa aos cristãos de língua árabe.
Francisco deixou ainda uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa: “Queridos amigos, todos os batizados estão chamados a ser discípulos missionários, vivendo e transmitindo a comunhão com Deus. Em todas as circunstâncias, procurai oferecer um testemunho alegre da vossa fé. Que Deus vos abençoe!”.
Agência Ecclesia

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Você sabe como foi escrita a Bíblia ?

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Sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse à autoridade da. Igreja Católica”.



Como foram escritos os primeiros livros da Bíblia?

Os textos da Bíblia começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 a.C.). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro). Moisés foi o primeiro codificador das leis e tradições orais e escritas de Israel. Essas tradições foram crescendo aos poucos por outros escritores no decorrer dos séculos, sem que houvesse uma catalogação rigorosa das mesmas. Assim foi se formando a literatura sagrada de Israel. Até o século XVIII d.C., admitia-se que Moisés tinha escrito o Pentateuco (Gen, Ex, Lev, Nm, Dt); mas, nos últimos séculos, os estudos mais apurados mostraram que não deve ter sido Moisés o autor de toda esta obra.

A teoria que a Igreja Católica aceita é a seguinte: O povo de Israel, desde que Deus chamou Abrão de Ur na Caldéia, foi formando a sua tradição histórica e jurídica. Moisés deve ter sido quem fez a primeira codificação das Leis de Israel, por ordem de Deus, no séc. XIII a.C.. Após Moisés, o bloco de tradições foi enriquecido com novas leis devido às mudanças históricas e sociais de Israel. A partir de Salomão (972 – 932), passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 a.C.) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes. Do seu trabalho surgiram quatro coleções de narrativas históricas que deram origem ao Pentateuco:

1. Coleção ou código Javista (J), onde predomina o nome Javé. Tem estilo simbolista, dramático e vivo; mostra Deus muito perto do homem. Teve origem no reino de Judá com Salomão (972 – 932).

2. O código Eloista (E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 a.C., no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista. Quando houve a queda do reino da Samaria, em 722 para os Assírios, o código E foi levado para o reino de Judá, onde ouve a fusão com o código J, dando origem a um código JE.

3. O código (D) Deuteronômio (= repetição da Lei, em grego). Acredita-se que teve origem nos santuários do reino cismático da Samaria (Siquém, Betel, Dã,…) repetindo a lei que se obedecia antes da separação das tribos. Após a queda da Samaria (722) este código deve ter sido levado para o reino de Judá, e tudo indica que tenha ficado guardado no Templo até o reinado de Josias (640 – 609 a.C.), como se vê em 2Rs 22. O código D sofreu modificações e a sua redação final é do século V a.C., quando, então, na íntegra, foi anexado à Torá. No Deuteronômio se observa cinco “deuteronômios” (repetição da lei). A característica forte do Deuteronômio é o estilo forte que lembra as exortações e pregações dos sacerdotes ao povo.

4. O código Sacerdotal (P) – provavelmente os sacerdotes judeus durante o exílio da Babilônia (587 – 537a.C.) tenham redigido as tradições de Israel para animar o povo no exílio. Este código contém dados cronológicos e tabelas genealógicas, ligando o povo do exílio aos Patriarcas, para mostrar-lhes que fora o próprio Deus quem escolheu Israel para ser uma nação sacerdotal (Ex 19,5s). O código P enfatiza o Templo, a Arca, o Tabernáculo, o ritual, a Aliança. Tudo indica que no século V a.C., um sacerdote, talvez Esdras, tenha fundido os códigos JE e P, colocando como apêndice o código D, formando assim o Pentateuco ou a Torá, como a temos hoje. Se não fosse a Igreja Católica, não existiria a Bíblia como a temos hoje, com os 73 livros canônicos, isto é, inspirados pelo Espírito Santo.

Foi num longo processo de discernimento que a Igreja, desde o tempo dos Apóstolos, foi “berçando” a Bíblia, e descobrindo os livros inspirados. Se você acredita no dogma da infalibilidade de Igreja, então pode acreditar na Bíblia como a Palavra de Deus. Mas se você não acredita, então a Bíblia perde a sua inerrância, isto é, ausência de erro.

Demorou alguns séculos para que a Igreja chegasse à forma final da Bíblia. Em vários Concílios, alguns regionais outros universais, a Igreja estudou o cânon da Bíblia; isto é, o seu índice.

Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (DV 8; CIC,120).

Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).



Fonte: aqui

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

2014: perspectiva é de que mais pais optem por dar nomes bíblicos aos filhos




Um site norte-americano focado em sugerir nomes para bebês prevê que aumentará em 2014 o número de pais que vão escolher um nome bíblico tradicional para os filhos: esta tendência, de acordo com a diretora do site, é um sinal da renovada esperança das pessoas de fé.

"Uma nova onda de nomes bíblicos em nossa cultura é uma grande mudança para melhor. Depois de muitos anos, isso mostra que as pessoas estão se sentindo mais seguras da sua fé, estão com a esperança renovada", declarou à rede CNA a diretora do site Belly Ballot, Lucie Wisco.

O site permite que os pais compartilhem as suas opções de nomes para o futuro filho com os parentes e amigos nas redes sociais. Os amigos e familiares podem votar no seu nome favorito, ajudando os pais a tomarem a decisão final.

Com base em dados coletados de 3.500 pais e 25.000 votos de familiares e amigos que usam o site, o Belly Ballot prevê que os nomes bíblicos serão mais populares em 2014 do que foram nos últimos anos.

Lucie afirma que a razão da tendência "é muito simples": nos últimos anos, os pais têm feito "experimentos" com os nomes das crianças, "inventando" e usando "grafias bizarras". O retorno aos nomes bíblicos, segundo ela, mostra um desejo de "voltar aos valores e tradições originais para encontrar maior conforto e paz".

Nomes como os equivalentes em inglês a Noé e Miguel continuam aparecendo nos cadastros da previdência social norte-americana entre os 10 mais populares dos Estados Unidos, mas os pais também estão escolhendo nomes menos frequentes da Bíblia, como Naomi, Caleb, Judith e Levi.

Lucie também atribui parte dessa tendência à eleição do papa Francisco. Ela opina que dar aos filhos o nome de um personagem bíblico é uma maneira de os pais "homenagearem" o novo Santo Padre. "O papa Francisco está se concentrando mais na necessidade de humildade, misericórdia e compaixão, reaproximando as pessoas comuns da Igreja", observa ela.

Os dados do site destacam ainda que vem caindo nos Estados Unidos a popularidade de nomes terminados em “den”, como Jayden e Brayden, assim como nomes que contêm a letra "x", como Axl e Xander.

sources: Catholic News Agency, aqui

domingo, 12 de janeiro de 2014

O pecado é perdoado mesmo quando caímos muitas vezes no mesmo?

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Bom dia. Eu tenho uma pergunta: o pecado é perdoado mesmo quando caímos muitas vezes no mesmo, e tentamos evitá-lo, mas caímos mesmo assim, sem querer? (pergunta enviada ao site da Aleteia)
  
Deus sempre perdoa o pecador arrependido. Se o arrependimento é sincero, não há limite no número de vezes que se pode receber o perdão divino no sacramento da Confissão. E isso não muda, ainda que a pessoa repita o tipo de pecado.

Com isso, parece que podemos considerar a pergunta respondida, mas convém fazer alguns esclarecimentos.

O primeiro aspecto consiste em mostrar que, na realidade, não existe pecado “sem querer”. Sempre há uma intervenção da vontade, consentido com o pecado; do contrário, não poderíamos falar de “pecado”.

O que acontece, na verdade, é que o ser humano depende muito (mais do que estamos acostumados a reconhecer) dos hábitos. Estes, conforme forem bons ou ruins, facilitam ou dificultam o bom comportamento. Quando são moralmente bons, são chamados de “virtudes”; caso contrário, são “vícios”.

A reiteração no pecado produz vícios. O vício enfraquece a vontade, de forma que inclina à repetição do pecado; e debilita a capacidade de opor-se a ele. E a reiteração reforça o vício. Daí a expressão “círculo vicioso”.

No entanto, é possível sair desse círculo, quando se conta com a graça divina, incluindo, certamente, a recepção do sacramento da Confissão. É uma luta interior na qual costuma haver altos e baixos, mas, quando há uma vontade de colocar os meios e a paciência necessária, a pessoa acaba saindo vitoriosa. Isso sim, é preciso contar com o tempo.

Todo confessor com um mínimo de experiência sabe disso, e sabe distinguir bem entre a falta de propósito de emenda (que invalidaria a confissão) e a previsão de que, ainda que a pessoa realmente queira melhorar, pode haver recaídas. O penitente também precisa entender isso.

E precisa entender também outras duas coisas: a primeira é que não é a confissão propriamente dita que propicia o perdão dos pecados, mas a contrição da pessoa, manifestada na acusação. Em segundo lugar, a contrição não é incompatível com a fraqueza de vontade produzida pelo vício nem com o prognóstico pouco favorável devido a ela.

Talvez se poderia acrescentar que, para evitar o autoengano e o desespero em situações desse tipo (às vezes pode nos faltar objetividade), é muito recomendável ter um confessor fixo, que verdadeiramente possa nos ajudar.

Pode acontecer de um vício, ao invés de só enfraquecer a vontade, chegar a anulá-la? Sim, poderia acontecer, mas aqui já entramos no campo da patologia, e seria preciso contar com ajuda especializada, sobretudo médica, para superar o problema. O alcoolismo e o vício em jogos são exemplos disso. Se as coisas chegam a este extremo, o desejo sincero de superação exige buscar e aceitar esta ajuda.

Fonte: aqui