sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Mãe dos pobres

Já escrevi aqui há tempos sobre a Irmã Maria Clara do Menino Jesus, que muitos comparam a Teresa de Calcutá, por causa da sua dedicação aos pobres. Mas porque ela vai ser apresentada ao povo português e à Igreja, no próximo sábado, como testemunha de santidade, volto a referir um pouco da sua vida.
Fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, criou há 140 anos uma extensa obra social em Portugal que apoia crianças, idosos e famílias. Uma Obra que se espalhou por 28 comunidades, 14 países, e conta com milhares de religiosas.
Nasceu ela em 1843, recebendo no baptismo o nome de Libânia do Carmo; viveu os seus primeiros anos no aconchego dum lar feliz e nobre em todos os sentidos, mas uma epidemia arrebata-lhe a mãe aos sete anos e o pai aos treze. Conhece a orfandade, sendo recolhida com outros órfãos no Asilo da Ajuda, podendo lá admirar e beneficiar da materna solicitude das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo que procuravam reatar o crescimento daqueles botões de vida assustados; mas uma perseguição religiosa expulsa as Irmãzinhas de Portugal, e Libânia vê desabar novamente o «tecto familiar» que a resguardava.
Acolhida depois por uma família rica, Libânia podia então gozar as riquezas do mundo mas escolheu a vida simples e dedicada aos mais pobres no convento adjacente das Capuchinhas de Nossa Senhora da Conceição. Acolhida na comunidade, Libânia muda o nome para Irmã Maria Clara do Menino Jesus.
Dado que a perseguição em Portugal impedia a profissão religiosa no país, ela e mais duas foram até França para fazer o noviciado na casa que a Ordem Terceira Regular de S. Francisco de Assis tinha em Calais.
“Tendo conhecido as grandes obras de caridade que lá realizavam as Irmãs, Maria Clara e suas companheiras, ao regressarem a Portugal, adoptaram com a maior perfeição possível a mesma Regra, os mesmos costumes e o mesmo hábito”: lê-se na súplica de aprovação feita pela fundadora à Santa Sé, que a acolheu favoravelmente concedendo às Irmãs Hospitaleiras de Portugal “os mesmos privilégios espirituais de que legitimamente goza a supramencionada Congregação francesa” (Rescrito Pontifício).
E assim nasceu a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, que em 1999 tinha 140 obras sociais, sendo 44 hospitais, 41 colégios e escolas, 17 asilos de infância, 18 asilos de inválidos, 4 creches, 6 cozinhas económicas, 9 hospícios e 2 pensionatos e estava presente em 14 países.
Fonte: aqui

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.