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segunda-feira, 21 de outubro de 2024
Os avós, esses evangelizadores modernos
Na França secular e descrente, alguns dados inesperados têm
dado que falar aos diversos analistas. Na última vigília pascal, foram
baptizados 7.135 adultos nas dioceses francesas, dos quais 36% tinham entre 18
e 25 anos, assim como 5.000 adolescentes ou jovens entre 11 e 18 anos. Mais de
12.000 no total e quase todos em idade da juventude. Dizem os analistas que se
trata de 31% a mais que no ano passado e 120% a mais que há dez anos.
Naturalmente que a pergunta surge: qual a origem desta mudança? E a resposta
dão-na também os analistas: As avós. E, um pouco também, alguns avós. Dizem
eles que estes aproveitam o maior contacto com os netos durante as férias de
verão ou outros períodos de descanso onde podem estar com eles, para os
aproximar da Igreja, para os acompanhar à missa, para lhes ensinar a rezar. Na sociedade do efémero, do voraz e do passageiro, é verdade que muitos
pais se demitiram da educação dos filhos. Deixaram de ter tempo para eles.
Deixaram de ter tempo para a fé. Deixaram de ter tempo para pensar a vida. Por
outro lado, os avós têm todo o tempo do mundo, apesar de pouco tempo que lhes
possa restar. E têm a fé que foram amadurecendo com o avançar da idade e com a
história religiosa que os construiu. Os avós são hoje, em imensos casos e lugares,
os maiores evangelizadores.
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