sexta-feira, 29 de maio de 2020

Carta aos Paroquianos de São Pedro de Tarouca


Caros Paroquianos e Amigos,
Espero que esta mensagem vos encontre de saúde e em ambiente verdadeiramente pascal.
A festa do Pentecostes é uma das mais importantes do calendário litúrgico anual. Na manhã desse dia, os Apóstolos reunidos no cenáculo com Maria, mãe de Jesus, receberam o dom do Espírito Santo em línguas de fogo. A força do alto transformou-os e a história dos homens nunca mais foi a mesma. Desde então, a comunidade dos discípulos de Jesus, formada por todos os batizados, a Igreja, inspirada, fortalecida e guiada pela terceira pessoa da Santíssima Trindade, anuncia a Boa Nova em obediência ao mandato daquele que foi elevado ao céu, sem deixar de caminhar connosco.
Este ano, a festa do Pentecostes é particularmente desejada, uma vez que coincidirá com a reabertura das igrejas para a celebração da Eucaristia com a participação presencial dos fiéis. Decorrerá neste último fim de semana de maio. Obviamente que as celebrações irão estar condicionadas pelas Orientações da Conferência Episcopal Portuguesa para a celebração do Culto público católico no contexto da pandemia COVID-19, de 08 de maio de 2020. O espaço físico da celebração vai ser adaptado, o número de participantes reduzido (aqueles que habitualmente chegam tarde poderão ter de aguardar a celebração de outra missa), o uso de máscara durante a celebração e a desinfeção das mãos à entrada e saída serão obrigatórios. De igual modo, também à saída não deveremos permanecer à conversa. Enfim, procuraremos cumprir escrupulosamente as medidas em vigor para que a Igreja seja o lugar para o contágio apenas da fé, da esperança e da caridade. Temos consciência que entramos, assim, numa fase desafiante para todos nós, enquanto membros de uma comunidade. Isso vai exigir maior colaboração, paciência e diálogo. Mas este tempo poderá ser também, como acontece em muitas famílias, uma oportunidade para intensificar o sentido de pertença a esta família e aprofundar o dever de corresponsabilidade comunitária.
Nesta fase inicial, e lembrando que a Igreja Paroquial anda em obras, iremos manter as Celebrações Eucarísticas Dominicais:
·         Sábado, às 19h no Centro Paroquial e 20h em Gondomar
·         Domingo, às 8h e 11h, no Centro Paroquial e às 10h no Teixelo
Durante a semana teremos as seguintes Celebrações Eucarísticas:
·         Terça-feira, na Capela da Misericórdia às 19.30h e Valverde às 20h
·         Quarta-feira, em Arguedeira às 19.30h e Esporões às 20h
·         Quinta-feira, na Senhora das Necessidades às 19.15h e Cravaz às 20h
·         Sexta-feira, a 1ª sexta-feira do mês começa às 19h
As pessoas que integram grupos de risco devem ficar em casa e acompanhar a celebração via Facebook do Centro Paroquial, tal como tem sido feito nos últimos meses. Para os irmãos que não se deslocam à igreja, será garantida, logo que possível, a Sagrada Comunhão através do ministro extraordinário, sempre que solicitado, e com a garantia do cumprimento de todas as regras de segurança sanitária.
O Sacramento da Reconciliação, quando previamente agendado e estiverem garantidas as condições de segurança, será celebrado conforme for combinado.
A realização das atividades obedecerá às regras gerais da Conferência Episcopal publicadas no documento acima mencionado. Na nossa comunidade, algumas das iniciativas foram suspensas e outras, como as atividades da catequese, as reuniões de jovens, os grupos de oração, mantêm-se com recurso aos meios telemáticos. Na verdade, a Igreja continua viva e ativa, em algumas áreas, com maior intensidade do que antes.
Quero agradecer, em nome de todos, o apoio que algumas pessoas têm prestado à comunidade, seja através da oferta e recolha de bens para que ninguém fique privado do essencial, seja através da realização dos trabalhos agora exigidos para reabertura dos espaços, seja através das transmissões. Sem o apoio generoso de todos, em especial deste grupo de voluntários, a Igreja seria um corpo morto, sem qualquer sinal do Espírito Santo.
Lembramos, por fim, que para manter a Igreja operacional continuamos a contar com a contribuição que os fiéis generosamente costumam partilhar, ainda mais neste tempo em que a implementação das novas regras exige a assunção de despesas extraordinárias. O esforço tem se ser coletivo quando está em causa o bem comum.
Desejo que este tempo de “distanciamento social” avive em nós a vontade de voltar a celebrar festivamente e fazer a experiência de fraternidade – “comer juntos, rezar juntos” - que tanto nos caracteriza.
O vosso Pároco,
P.e Carlos

29 de maio de 2020

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