segunda-feira, 4 de maio de 2020

AS MINHAS DIFICULDADES

ABERTURA DAS IGREJAS PARA CELEBRAÇÕES RELIGIOSAS COMUNITÁRIAS, PREVISTA PARA 31 DE MAIO
AS MINHAS DIFICULDADES
Para lá do perigo de contágio que é real, grande e verdadeiro...
1.---Saber quantas pessoas podem entrar e estar em cada igreja. Temos de medir com fita métrica? É que, o que está determinado, até agora, é que em espaços fechados inferiores a 100 m2 só poderão estar 5 pessoas. Ora, a maioria das nossas igrejas tem à volta de 100 m2, embora algumas tenham mais.
Já medi a igreja da paróquia que sirvo, e, para se manter a distância legal e conveniente entre os participantes, só lá cabem 28 a 30 pessoas. E AS OUTRAS?
2.---Vamos ter de pôr um porteiro ou guarda em cada porta, a controlar as entradas, e a estorvar de entrar quem vem mais tarde, só porque os lugares legais possíveis já se encontram ocupados?
E os outros que pretendem entrar? Mandamo-los para casa? Está correcto deixarmos entrar alguns, e barrar a entrada a outros? Com que critério?
3.----Ver-me a mim e ver os cristãos presentes todos "mascarados".
Acho isso uma coisa ridícula numa igreja. Perdoem-me, mas ´não me sinto bem com isso. E quando quiserem comungar? Vão tirar a máscara? Com que cuidado e com que risco?
4.----Se começarem a aparecer casos de contágio na minha paróquia (ainda não há nenhum) não irão responsabilizar a igreja e a paróquia (com verdade ou com mentira) das doenças ou das mortes?
5.---Não seria preferível continuarmos, por mais tempo, até haver mais segurança, a celebrar as Santas Eucaristias pela TV , ou a transmiti-las pelas instalações sonoras das nossas igrejas, ao menos nos meios rurais? É isso que eu tenho vindo a fazer, com agrado geral, e com participação atenta quase geral, mesmo de alguns que não vinham à igreja, segundo me dizem. Na hora da Sagrada Comunhão, convido os que desejaríam comungar, a fazerem a sua Comunhão Espiritual.
6.---É verdade que não é a mesma coisa, mas a vida e a saúde da nossa gente, não é coisa em que se possa facilitar. Tenho a certeza que Deus também pensa assim.
7.---Quanto às Missas de Corpo Presente, agora autorizadas com abertura da igreja aos familiares, sem qualquer norma mais concreta - só assim! - como vai ser? É que há pessoas que morrem que têm dezenas ou centenas de familiares. Vão todos poder entrar? Só os filhos? Só os filhos, os genros e as noras, os netos e os cunhados? Ou também os primos e os sobrinhos? Vai ser o pároco a ter de pôr-se na entrada das igrejas para só deixar entrar quem acha que deve entrar???
7.----Quanto aos sacramentos da Confissão e da Santa Unção, com as necessárias cautelas, sempre estiveram e estão disponíveis para quem o desejar e pedir.
DESCULPEM A MINHA IGNORÂNCIA E DIFICULDADE EM LIDAR COM ESTE GRANDE PROBLEMA.
POSSO ESTAR ERRADO, MAS É O QUE EU PENSO.
Joaquim Correia Duarte, Facebook

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