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O 1º dia de setembro, que foi proclamado Dia
de Oração pela Criação, pela Igreja Ortodoxa Oriental, em 1989.
A data foi acolhida por outras grandes igrejas cristãs e pelo Papa Francisco,
para a Igreja Católica, em 2015. Desde então unimo-nos a todos os cristãos,
para celebrar este “Tempo da Criação”, entre os dias 1 de setembro, Dia Mundial
de Oração pela Criação, e 4 de outubro, Dia de São Francisco de Assis. Este
ano, o tema proposto é «Esperar e agir com a Criação».
O tema inspira-se nas palavras de São
Paulo, a respeito desta Criação, que geme e sofre, esperando a libertação da
corrupção que escraviza e a gloriosa liberdade dos filhos de Deus (cf. Rm
8,19-25). Na verdade, na raiz da crise ecológica, está uma crise
antropológica, isto é, na raiz de todo o mal, está sempre o coração
humano, ferido pelo pecado (cf. LS 2), do qual – como nos dizia Jesus (Mc
7,21-23) – brotam todos os vícios, tais como a cobiça, a inveja, a injustiça, a avareza.
Dominado por estes e outros vícios, o ser humano, centrado em si mesmo, já não
se importa com o que possa suceder com os efeitos nefastos sobre a Criação, que
afetarão as gerações sucessivas!
4.Nós, cristãos, que pela Ressurreição de Jesus Cristo,
esperamos novos céus e nova terra, somos chamados a lutar, a dar sinais
concretos de uma renovada esperança num mundo novo, a partir de uma conversão
ecológica, de uma mudança concreta, para um estilo de vida mais saudável, mais
sóbrio e simples, adotando algumas medidas práticas, tais como estas: “evitar
o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo,
cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os
outros seres vivos, servir-se dos transportes públicos ou partilhar o mesmo
veículo com várias pessoas, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias”
(LS 211). “E
não se pense que estes esforços são incapazes de mudar o mundo. Estas ações
espalham, na sociedade, um bem que frutifica sempre para além do que é possível
constatar (…) O exercício destes comportamentos permite-nos experimentar que
vale a pena a nossa passagem por este mundo” (LS 212), se isso
significar, deixar aos nossos vindouros um mundo melhor. É agindo assim com a
Criação, que estaremos a esperançar, isto é, a dar forma real ao parto de um
mundo novo!
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