quinta-feira, 24 de março de 2022

27 Março 2022 - 04º Domingo da Quaresma – Ano C


Leituras: aqui

Admonição inicial:

O povo de Deus continua a sua travessia pelo deserto, depois da sua libertação do Egito. A primeira leitura de hoje diz-nos que estão já próximos da Terra Prometida. Como eles, também nós continuamos a nossa caminhada, em direção ao monte onde a Salvação nos está prometida. Nesta subida, que tantas vezes se nos afigura penosa demais para as nossas forças, resta-nos uma certeza que nos traz alento, e que o nosso Bispo relembra na sua carta pastoral: “Sabemos que o Senhor está connosco todos os dias, vai connosco, cuida de nós, orienta os nossos passos, mesmo quando caímos, e pensamos que estamos e ficamos ali, perdidos no caminho, atolados no lodaçal frio da solidão e da indiferença. Ele Vai connosco sempre, é seguro, e chama-nos a caminhar com Ele, o que nem sempre conseguimos fazer” (nº 4). É exatamente esta a lição que tiramos da parábola do Evangelho deste domingo: nunca estamos sós. Ele vai connosco. Ele não desiste de nós. Ele espera sempre o nosso regresso.

(Colocar no monte calvário a palavra: COMPROMETIDOS)


COM JESUS NO CAMIMHO DA CRUZ.

Quarto domingo: A CRUZ DA RECONCILIAÇÃO - “COMPROMETIDOS”


1. - É muito rica a parábola do pai e dos dois filhos…

2. - Rica e faz-nos pensar muito.

3. - Dá-nos a conhecer o lado misericordioso e compreensivo de Deus. É o pai, que acolhe e recebe de novo aquele filho distante e perdulário, que esbanjou os seus bens e a sua vida.

2. - Que faz uma grande festa pelo regresso do filho.

1. - Hoje vamos olhar esta parábola pensando no antes e depois daquele regresso à casa do pai.

2. - Antes e por detrás da festa estão momentos difíceis na vida daquela família.

1. - Tanto o pai como os dois filhos passaram por situações de insatisfação, tristeza, mal-estar.

2. - O filho mais novo desiludido e perdido, descorçoado da vida;

1. - O pai amargurado pela ausência do filho;

2. - O filho mais velho revoltado; fechado sobre si, mesmo na companhia do pai; distante do irmão;

ressentido e indisposto pelo acolhimento que o pai lhe faz.

1. - Todos a sofrer, distantes uns dos outros, a viver cada um para si.

2. - O regresso do filho mais novo permite a reconciliação com o pai. Ficam felizes.

1. - O pai oferece um banquete. É o banquete da comunhão, a festa da reconciliação.

2- Mas, o filho mais velho não que entrar nessa festa. Fecha a porta à felicidade

Todos: Sem reconciliação não podemos ser felizes. Sem reconciliação não há salvação.

1. - Na nossa caminhada quaresmal estamos a acompanhar Jesus até ao Calvário.

2. - Somos seus discípulos, envolvidos na sua missão.

1. - E a missão de Jesus é a RECONCILIAÇÃO da humanidade.

2. - A segunda leitura da liturgia de hoje é clara e significativa:

3. - “Jesus Cristo reconciliou-nos com Deus e confiou-nos o ministério da reconciliação”.

«Na verdade, é Deus que em Cristo reconcilia o mundo consigo, não levando em conta as faltas dos homens e confiando-nos a palavra da reconciliação».

Todos: Jesus reconciliou-nos com Deus. E confiou-nos o ministério da reconciliação.

3.- Nesta semana queremos crescer na consciência de que somos cristãos COMPROMETIDOS no caminho de Jesus, envolvidos e empenhados na RECONCILIAÇÃO.

2. - Somos chamados a ser «embaixadores de Jesus Cristo», levando a reconciliação de Deus a todos.

1. - «Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus».

2. - Reconciliai-vos convosco mesmos. Reconciliai-vos com os outros.

1. - Reconciliai-vos com a natureza. Reconciliai-vos com a vida.

2. – Queremos ser cristãos COMPROMETIDOS em viver e trabalhar pela reconciliação:

1. - Das famílias, dos vizinhos, dos grupos de serviço, de lazer, ou de interesses, grupos de Igreja, grupos cívicos, dos que são chamados ao serviço do bem comum, dos povos, das nações, dos cristãos, das religiões.

2. - Aceitemos o peso que os caminhos da reconciliação põem na cruz da nossa vida.

1. - Bem sabemos que os caminhos da reconciliação nem sempre são fáceis. Por vezes são mesmo muito difíceis.

2. - As palavras do Papa Francisco numa das Semanas de Oração pela Unidade dos Cristãos,

ajudam-nos a situar melhor o nosso compromisso em relação à reconciliação.

3.- “A reconciliação para a qual somos impelidos não é simplesmente iniciativa nossa: é primariamente a reconciliação que Deus nos oferece em Cristo. Antes de ser esforço humano de crentes que procuram superar as suas divisões, é um dom gratuito de Deus. Como resultado deste dom, a pessoa perdoada e amada é chamada, por sua vez, a proclamar o evangelho da reconciliação em palavras e obras, a viver e dar testemunho duma existência reconciliada”.

2.- “Poderá realizar-se uma autêntica reconciliação entre os cristãos quando soubermos reconhecer os dons uns dos outros e formos capazes, com humildade e docilidade, de aprender uns dos outros, sem esperar que primeiro sejam os outros a aprender de nós”.

1. - Somos cristãos agradecidos pela reconciliação e COMPROMETIDOS com Jesus Cristo.

Todos: Com Jesus a Cruz da Reconciliação é, e há de ser, a Cruz da Ressurreição.

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