terça-feira, 1 de novembro de 2022

BATISMOS - I: Há que mudar!

 Após tempos difíceis marcados pela pandemia em que alguma tolerância se impunha face à situação das pessoas, está na hora de caminharmos todos juntos, mudarmos comportamentos, deixarmos egoísmos e interesseirismos, pormos a comunidade e o bem comum acima de tudo e, fundamentalmente, colocarmos Cristo e a sua Mensagem no coração e na vida.

Tratando‐se de um Sacramento da Igreja, por conseguinte da comunidade cristã, em que a família, pais e padrinhos se incorporam e de cuja vida/missão participam, o Batismo deve realizar‐se, sempre que possível, numa celebração da própria comunidade paroquial. É isto que propõe a Igreja.

Lugar, dia e hora do batismo

Ultimamente tem sido uma autêntica balbúrdia. Ele é Batismos em qualquer capela da paróquia, às horas mais estranhas e em dias em que apeteça aos pais. Tudo “sem rei nem roque”. Sem pensar nos outros intervenientes, que têm de se andar de um lado para o outro com o Livro e as outras coisas necessárias para o batismo. Os pais parecem ter o rei na barriga. Os outros são seus escravos. Sem ter em conta a comunidade, caindo no pensamento anti-cristão de que “o sacramento é meu”.

Isto nada tem de cristão. Temos que mudar e já! Chega de balbúrdia.

Há batismos na Igreja Paroquial aos domingos na Missa das 11h.

Ponhamos de lado os interesses pessoais e demos lugar à comunidade!

Isto de querer o batismo neste dia ou naquele porque o “menino faz anos”, “o padrinho… a tia… os amigos só podem estar nesse dia e a essa hora”, “o restaurante só pode nesse dia”; isto de forçar o batismo neste lugar ou naquele por “gostamos muito”, porque “também lá casei”, etc, etc, etc, são razões menores. O importante é Cristo e depois a comunidade cristã. O Batismo não pode ser um ato de egoísmo, de interesseirismo, de satisfazer gostos e caprichos. O Batismo é para quem tem fé. A fé da Igreja. 

Os Padrinhos

- O Cânone 872 do Código de Direito Canónico diz: “Dê-se, quanto possível, ao batizando um padrinho, cuja missão é assistir na iniciação cristã ao adulto batizando, e, conjuntamente com os pais, apresentar ao batismo a criança a batizar e esforçar-se por que o bautizado viva uma vida cristã consentânea com o batismo e cumpra fielmente as obrigações que lhe são inerentes.”

-“Dê-se, quanto possível, ao batizando um padrinho…”. Então significa que se não for possível um padrinho, pode realizar-se o batismo. O padrinho /madrinha não é o centro da festa, de modo algum. O centro é o amor de Deus que faz do batizando um filho Seu, muito amado.

- O mesmo Código de Direito Canónico, no cânon 874, diz que se considera idónea para ser padrinho de um batismo aquela pessoa que tenha sido escolhida pelo que vai ser batizado, pelos pais ou, em último caso, pelo pároco ou o ministro, tenha 16 anos e maturidade suficiente, seja católico, tenha recebido o Sacramento da Eucaristia, esteja confirmada, leve uma vida coerente com a fé e com a missão que vai assumir, não seja o pai ou a mãe do que vai ser bautizado, além de que não pode estar afecta por qualquer impedimento legal da Igreja.

- Podem ser um padrinho e uma madrinha ou só um padrinho ou só uma madrinha. Desde que reúnam as condições no cânon 874.

- Ninguém escolheu os pais que teve, mas os pais podem escolher os padrinhos.

- Que sentido cristão pode haver em situações como estas: escolher os padrinhos porque são ricos ou socialmente importantes, porque são da família, porque querem ser padrinhos da criança… O único sentido cristão está aqui: o padrinho/madrinha leva uma vida cristã que é um exemplo para o afilhado. Ajudará a criança a crescer como discípulo de Jesus Cristo.

Na celebração do Batismo, proclama-se: Esta é a nossa féEsta é a fé da Igreja, que nos gloriamos de professar, em Jesus Cristo, Nosso Senhor”.

Então que não seja o mundanismo, os interesses e conveniências mundanas a guiar o planeamento e a realização do batismo. Mas Cristo e a sua Igreja a quem se pede exatamente o batismo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.