Aquela senhora viveu os últimos 5 anos da sua vida na casa de uma pessoa amiga, médica de profissão, que a recebera como sua mãe. Esta médica viu um dia a sua mãe partir. E como esta idosa era tão amiga da sua mãe, adotou-a para cuidar dela em sua casa, prometendo-lhe que não a meteria em nenhum ‘Lar’. E assim foi.
Este belo exemplo põe-nos diante da Cruz, onde Jesus
entrega Maria ao discípulo amado e o discípulo amado a sua Mãe. E ali vem a
nota distintiva: “E desde aquela hora o discípulo recebeu-A [como Mãe] em sua
casa” (Jo 19,27).
Isto é realmente um grande sinal, contracultural, num
tempo de descarte dos idosos e em que tantos têm medo de “desarranjar” a sua
vida, com o acolhimento, em casa, de quem não quer ir para um Lar.
Veio-me à mente o provérbio egípcio: “se não tens um
idoso em casa, arranja-o, que te dará muito jeito”. É quase uma provocação para
os nossos tempos. Mas ainda há gente capaz da diferença e do excesso do amor.
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