quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Como remover a IRA?

Como é que nós, pela graça de Deus, podemos remover o falso deus da ira nesta época em que acolhemos a vinda do Senhor e nos iniciámos um Novo Ano? Sabemos que não será fácil.

Eis umas sugestões bíblicas:
·         Reconhecer que a justa ira não é pecado. A ira impele-nos à acção, a equilibrar os pratos da balança da justiça. “Irai-vos e não pequeis” (Ef. 4,26).
·         A justa ira deve ser proporcional e sob controlo da razão: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef. 4,26)
·         Conte até dez depois de cada provocação: “Todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1,19) (“Querida, porque é que não me respondes?”, “Estou a contar até dez querido!”)
·         Esteja preparado para perdoar, e perdoar novamente. “Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete” (Mt. 18,21-22)
·         Suporte as falhas dos outros, recordando as suas próprias fraquezas. “Perdoai-nos os nossos pecados, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
·         Reconheça que as emoções fortes, como a ira, são voláteis e não podem ser controladas sem a graça de Deus. Por isso, não negligencie a oração, o sacramento da reconciliação e a recepção devota da Sagrada Comunhão. “Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem” (Mt. 5,44).
·         Não ignore o valor redentor do sofrimento injusto: “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a Igreja” (Col. 1,24).
·         Experimente um pouco de bondade cristã à antiga; “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” (Rom. 12,20-21).
·         Por fim, especialmente para casos de injustiças graves e crónicas, confie na justiça de Deus. Por mais que assim possa parecer, ninguém escapa impune: “A mim pertence a vingança e a retribuição. No devido tempo os pés deles escorregarão; o dia da sua desgraça está chegando e o seu próprio destino se apressa sobre eles” (Deuteronômio 32,35). Ninguém escapa ao trono de justiça de Deus, porque existe um céu e existe um inferno.

Podemos escolher entre ficar obcecados com injustiças e arriscar as nossas almas, ou antecipar a Cristo com uma fé firme. Por isso, tomemos a resolução firme de… parar. Parar de alimentar os nossos ressentimentos, grandes ou pequenos, e preparar o caminho para o Senhor neste Ano Novo – e todos os anos.
Jerry J. Pokorsky, aqui

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