terça-feira, 17 de janeiro de 2023

BATISMOS - há que mudar!

BATISMOS - I
Há que mudar!
Após tempos difíceis marcados pela pandemia em que alguma tolerância se impunha face à situação das pessoas, está na hora de caminharmos todos juntos, mudarmos comportamentos, deixarmos egoísmos e interesseirismos, pormos a comunidade e o bem comum acima de tudo e, fundamentalmente, colocarmos Cristo e a sua Mensagem no coração e na vida.
Tratando‐se de um Sacramento da Igreja, por conseguinte da comunidade cristã, em que a família, pais e padrinhos se incorporam e de cuja vida/missão participam, o Batismo deve realizar‐se, sempre que possível, numa celebração da própria comunidade paroquial. É isto que propõe a Igreja.
  
Lugar, dia e hora do batismo
Ultimamente tem sido uma autêntica balbúrdia. Ele é Batismos em qualquer capela da paróquia, às horas mais estranhas e em dias em que apeteça aos pais. Tudo “sem rei nem roque”. Sem pensar nos outros intervenientes, que têm de se andar de um lado para o outro com o Livro e as outras coisas necessárias para o batismo. Os pais parecem ter o rei na barriga. Os outros são seus escravos. Sem ter em conta a comunidade, caindo no pensamento anti-cristão de que “o sacramento é meu”.
Isto nada tem de cristão. Temos que mudar e já! Chega de balbúrdia.
Há batismos na Igreja Paroquial aos domingos na Missa das 11h.
Ponhamos de lado os interesses pessoais e demos lugar à comunidade!
Isto de querer o batismo neste dia ou naquele porque o “menino faz anos”, “o padrinho… a tia… os amigos só podem estar nesse dia e a essa hora”, “o restaurante só pode nesse dia”; isto de forçar o batismo neste lugar ou naquele por “gostamos muito”, porque “também lá casei”, etc, etc, etc, são razões menores. O importante é Cristo e depois a comunidade cristã. O Batismo não pode ser um ato de egoísmo, de interesseirismo, de satisfazer gostos e caprichos. O Batismo é para quem tem fé. A fé da Igreja.

Os Padrinhos
- O Cânone 872 do Código de Direito Canónico diz: “Dê-se, quanto possível, ao batizando um padrinho, cuja missão é assistir na iniciação cristã ao adulto batizando, e, conjuntamente com os pais, apresentar ao batismo a criança a batizar e esforçar-se por que o bautizado viva uma vida cristã consentânea com o batismo e cumpra fielmente as obrigações que lhe são inerentes.”
-“Dê-se, quanto possível, ao batizando um padrinho…”. Então significa que se não for possível um padrinho, pode realizar-se o batismo. O padrinho /madrinha não é o centro da festa, de modo algum. O centro é o amor de Deus que faz do batizando um filho Seu, muito amado.
- O mesmo Código de Direito Canónico, no cânon 874, diz que se considera idónea para ser padrinho de um batismo aquela pessoa que tenha sido escolhida pelo que vai ser batizado, pelos pais ou, em último caso, pelo pároco ou o ministro, tenha 16 anos e maturidade suficiente, seja católico, tenha recebido o Sacramento da Eucaristia, esteja confirmada, leve uma vida coerente com a fé e com a missão que vai assumir, não seja o pai ou a mãe do que vai ser bautizado, além de que não pode estar afecta por qualquer impedimento legal da Igreja.
- Podem ser um padrinho e uma madrinha ou só um padrinho ou só uma madrinha. Desde que reúnam as condições no cânon 874.
- Ninguém escolheu os pais que teve, mas os pais podem escolher os padrinhos.
- Que sentido cristão pode haver em situações como estas: escolher os padrinhos porque são ricos ou socialmente importantes, porque são da família, porque querem ser padrinhos da criança… O único sentido cristão está aqui: o padrinho/madrinha leva uma vida cristã que é um exemplo para o afilhado. Ajudará a criança a crescer como discípulo de Jesus Cristo.
Na celebração do Batismo, proclama-se: “Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja, que nos gloriamos de professar, em Jesus Cristo, Nosso Senhor”.
Então que não seja o mundanismo, os interesses e conveniências mundanas a guiar o planeamento e a realização do batismo. Mas Cristo e a sua Igreja a quem se pede exatamente o batismo.


BATISMOS – II
Há que mudar!
Sobre o Batismo, a Igreja indica que, “tratando‐se de um Sacramento da Igreja, por conseguinte da comunidade cristã, em que a família, pais e padrinhos se incorporam e de cuja vida/missão participam, o Batismo deve realizar‐se, sempre que possível, numa celebração da própria comunidade paroquial.”
Na nossa Paróquia, na Missa dominical das 11h, poderá sempre celebrar-se o Batismo.
 
O Batismo é para quem tem fé
NÃO se batiza a criança para que ela receba prendas; para que tenha um padrinho rico ou importante; para que seja fotografada, sozinha e com os presentes; para juntar a família; para uma jantarada com familiares e amigos. Se é para estas coisas, que se aproveitem as datas do seu aniversário.
NÃO se batiza a criança apenas para cumprir tradições, estilo, “os meus pais, avós e visavós também foram batizadas. Quero fazer aos meus filhos como me fizeram a mim. O Batismo é uma opção consciente pela fé da Igreja.
NÃO se batiza para que a criança se sinta socialmente enquadrada. Para que não se sinta mal no meio de coleguitas que são batizados. O Batismo não é “um Maria vai com as outras…”
NÃO se batiza uma criança em obediência a velhos preconceitos e medos. “Sem Batismo, a criança não tem alma.” Ou “sem Batismo a criança, se morrer, não vai para o Céu.” E ainda “Sem batismo a criança não pode entrar na Igreja”. Tudo isto não tem qualquer sentido! É preciso ter sempre presente que Deus não condena crianças.
Só há uma razão fundamentalmente válida para batizar: ter fé!
Que fé? A fé da Igreja como se diz no momento da celebração do Batismo: “Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja, que nos gloriamos de professar, em Jesus Cristo, Nosso Senhor”.
A fé é minha quando professo a fé da Igreja.
Aliás. No momento do Batismo, a pergunta é feita aos pais; “QUE PEDIS À IGREJA PARA O VOSSO FILHO?”
Ora quem pede não exige, aceita.
Os 7 Sacramentos são de Cristo que os confiou à sua Igreja para ela os administrar. Agradecemos a Cristo pelo dom dos Sacramentos, acolhamos a administração da Igreja.

  
Batizar para educar na fé
Não basta plantar couves. É preciso cuidar delas: regar, sachar, adubar, combater as lagartas… Se não forem cuidadas, umas morrem, outras acabam comidas pelas pragas, algumas ficam raquíticas.
O mesmo acontecem com a fé. Não basta batizar. É preciso cuidar, com o exemplo e a palavra. Os pais são os primeiros e principais catequistas de seus filhos, porque a fé nasce e cresce ao colo da mãe com o exemplo do pai.
Cuidar da fé dos filhos. Como? Rezando cada dia em família, participando todos na Missa dominical, falando de Deus desde o berço, testemunhando a fé com a vida que os pais levam…
Deus faz sempre a sua parte, mas nunca prescinde da colaboração humana.

  
Que faz em nós o Batismo?
“Pelo Batismo fomos, pois, sepultados com Cristo na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova.” (Rom. 6, 4)
- O Batismo enxerta-nos em Cristo, somos salvos na sua morte e ressurreição para nos tornarmos novas criaturas.
- Enxertados em Cristo, somos n’Ele filhos muito amados de Deus nosso Pai.
- Se somos filhos, somos herdeiros da vida eterna.
- Se todos recebemos o mesmo Batismo de Cristo, então todos somos irmãos, família e povo de Deus, Igreja de Cristo, irmãos de irmãos.
- Cada batizado é templo do Espírito Santo, morada santa de Deus.
- Batizados em Cristo, participamos da sua missão, somos enviados, tornamo-nos missionários. Todos batizados, todos enviados.


BATISMOS – III
Há que mudar!
Sobre o Batismo, a Igreja indica que, “tratando‐se de um Sacramento da Igreja, por conseguinte da comunidade cristã, em que a família, pais e padrinhos se incorporam e de cuja vida/missão participam, o Batismo deve realizar‐se, sempre que possível, numa celebração da própria comunidade paroquial.”
Na nossa Paróquia, na Missa dominical das 11h, poderá sempre celebrar-se o Batismo.

 
A promessa batismal não cumprida
O padre alemão Thomas Frings escreveu um livro - “Così non posso più fare il parroco”, que figura entre as obras mais vendidas na Alemanha.
Este sacerdote, que foi pároco da cidade de Münster, Alemanha, por 30 anos, faz uma lista de coisas que não funcionam na Igreja alemã, mas que podem referir-se a qualquer outra Igreja do mundo. São problemas que afastam as pessoas e enfraquecem a instituição eclesiástica, deixando-a estranha aos olhos de muitas pessoas.
Entre os pontos assinalados, encontra-se “a promessa não cumprida por parte dos pais”. Diz assim:
“Prometemos educar nosso filho na fé”. Quem já participou num batizado conhece esta frase. E muitos já a pronunciaram, de forma mais ou menos consciente.
Hoje, a crise da fé, sobretudo entre os mais jovens, deve-se muito à distância das famílias em relação à Igreja, que se afastaram da promessa feita no batismo.
“Encontrei-me, certa vez, com um casal que tinha deixado a Igreja e queria batizar o filho somente para que ele pudesse frequentar, depois, uma escola diocesana. Eu não batizei a criança. Mas os pais encontraram outro padre que, talvez, tenha tido outras boas razões para fazer o batismo”, lamenta o padre.
O sacerdote pensa que uma solução poderia ser a “introdução de um catecumenato mais longo” para pais, padrinhos e madrinhas dos batizandos. “Seria, provavelmente, um caminho, mas só funcionará se todas as paróquias o seguirem”.In Aleteia
  
Orientações práticas
· Na Paróquia de Tarouca, o responsável por tudo o que diz respeito a Batismos é o Dr. Tozé Rodrigues. Desde datas, passando pela papelada necessária, até à preparação, é tudo com ele. Quer o Batismo seja realizado nesta Paróquia quer seja fora.
· Entretanto se precisa de uma certidão de Batismo, Matrimónio ou Crisma deve dirigir-se ao sr. Sacristão.
· Se uma criança frequenta a catequese e ainda não está batizada, receberá o Batismo no dia da 1ª Comunhão.
· Pedimos e voltamos a pedir isto por favor: Evite SEMPRE batismos fora da Missa das 11 horas de cada domingo!
· Se uma criança estiver por batizar quando os seus pais celebram o Sacramento do Matrimónio, nesse caso, se os pais entenderem, podem batizar a criança no ato do seu Matrimónio, seja ele onde for.
· Muito cuidado com os padrinhos! Têm que ter as condições declaradas pela Igreja. Não se escolhem os pais, mas os padrinhos podem ser escolhidos!
· Na Paróquia, batismos fora da Igreja paroquial e da Missa das 11h, a partir de agora só em casos muito e muito justificados. NÃO valem estes argumentos: “gosto muito daquele lugar”; “foi lá que me cassei”; “o menino faz anos naquele dia”; “O padrinho/ madrinha só pode estar naquele dia”; “só tenho restaurante para aquele dia”. O Batismo não é antes de mais um acontecimento social, mas uma celebração que exige e envolve a fé.
· Nenhuma pessoa é dono de qualquer sacramento. Os sacramentos são de Cristo que Ele confiou à sua Igreja para ela os administrar. Portanto, ao pensar no batismo, pense na comunidade e não nos seus interesses, manias, preconceitos e sentimentalismos.
· Acolha com alegria as indicações da Igreja. Afinal quem pede não exige…

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