O Papa convidou hoje as comunidades católicas a celebrar, a 1 de setembro, o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado com a Criação, associando-se à iniciativa ecuménica que assinala a instituição, há 50 anos, do Dia da Terra.
A iniciativa de oração e ação decorre até 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, começando com o “Jubileu da Terra”.
“Saúdo as diversas iniciativas, promovidas em várias partes do mundo, entre elas o concerto que decorre hoje, na Catedral de Port-Louis, capital das Maurícias, onde infelizmente se verificou recentemente um desastre ambiental”, disse Francisco, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus, no Vaticano.
Em Portugal, a Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, escreveu uma mensagem respeito desde dia de oração, apresentando-o como “uma oportunidade extraordinária”, no contexto da pandemia de Covid-19, tempo “marcado pelo cuidado com os mais frágeis”.
“Vidas vividas na entrega aos outros, vidas dadas para que os outros vivam também. Mas também sabemos de situações em que a falta de esperança parece ter poder para fechar os corações, deixando-nos indiferentes à sorte e ao sofrimento dos outros”, referem os responsáveis católicos.
A Igreja Católica está a viver desde maio um ano dedicado à encíclica ‘Laudato si’, promovido pelo Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé).
O Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e a Conferência das Igrejas Europeias (CEC) convidam a celebrar o ‘Tempo da Criação’, de 1 de setembro a 4 de outubro, e assinalam que a pandemia “revelou” quão “profundamente o mundo está interconectado”.
“O conceito de jubileu está enraizado na Bíblia e sublinha que deve existir um equilíbrio justo e sustentável entre as realidades sociais, económicas e ecológicas”, lê-se na declaração conjunta dos organismos, enviada à Agência ECCLESIA.
Os responsáveis cristãos apontam para “a necessidade de restaurar o equilíbrio nos próprios sistemas de vida, afirmando a necessidade de igualdade, justiça e sustentabilidade”, confirmando a necessidade de uma “voz profética em defesa da casa comum”.
Fonte: aqui
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