domingo, 7 de dezembro de 2025

Reuniu o novo Conselho Pastoral Paroquial

No Centro Paroquial, reuniu, em 6 de dezembro, o Conselho Pastoral cujos membros foram eleitos pelos grupos paroquiais e pelos povos da paróquia.
Após uma palavra de boas vindas do Pároco, procedeu-se à eleição do secretário do Conselho, tendo sido eleita Paula Amorim, com a maioria dos votos.
Falou-se das funções deste órgão pastoral e sua missão; o que pertence e não pertence ao Conselho Pastoral; duração do mandato; membros cooptados; orientações da Igreja e sinodalidade como caminho a percorrer.
O tema do Plano Pastoral Paroquial é retirado do Plano Pastoral da Diocese como se compreende: “Igreja sempre em construção e dedicação”. O Pároco explicou o tema pastoral e contextualizou-o no âmbito dos 250 anos da última dedicação da Catedral Diocesana, a primeira entre as Igrejas da Diocese.
Em relação às ações que concretizam o tema pastoral, foram analisadas, calendarizadas e uma ou outra foi acrescentada, caso da festa de Natal da Catequese e da celebração do Dia do Doente. Em relação aos doentes, o GASPTA e o Pároco visitarão os doentes nas primeiras quartas-feiras da Quaresma, possibilitando que outras grupos, mormente os da catequese, se possam inserir. Foi pedido à Catequese que visse as possibilidades de se organizar para visitar os doentes, segundo as possibilidades e disponibilidade de grupos e catequistas.
Na próxima reunião, pela Quaresma, este conselho decidirá como celebrar Sexta-Feira Santa e a Mensagem que entende levar às pessoas na Visita Pascal.
Assuntos que preocupam e continuarão a preocupar os conselheiros, como:
- O afastamento dos mais novos da Igreja, o que podem fazer os grupos paroquiais e as famílias para ajudar na caminhada eclesial dos mais novos e na relação com Deus.
- Uma catequese menos aula e mais atividade, mais ação.
- A celebração da Ressurreição que não pode ficar só pelo dia de Páscoa.
A reunião terminou com um belo momento de oração coletiva.
 
Grupos de trabalho saídos do Conselho Pastoral

O Conselho Pastoral escolheu duas equipas dinamizadoras das ações abaixo indicadas.
1. ENCONTRO DE PAIS, EM 31 DE JANEIRO
Equipa dinamizadora: Luís, Lurdes, Susana, Tozé e Natália
2. 24 HORAS PARA O SENHOR, EM 13 E 14 DE MARÇO
Equipa dinamizadora: Ana, Sandra, Lurdes Lopes e Diogo

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

8 de dezembro - Solenidade da Imaculada Conceição – Ano A

Leituras: aqui

Oração à Imaculada Conceição


Imaculada Mãe,
clareza que nasce antes da aurora,
acolhe hoje a nossa prece humilde.

Cuida da nossa paz —
paz nos lares, paz nas palavras, paz no mundo.
Estende teu manto sobre os doentes e cansados,
para que encontrem força, saúde e esperança.

Abençoa as nossas famílias,
pequenas igrejas em caminho,
onde ainda aprendemos todos os dias
a amar, a servir, a recomeçar.

Neste ano pastoral,
ensina-nos a ser Igreja em construção:
pedra sobre pedra, gesto sobre gesto,
dedicação que não se cansa,
serviço que nasce do Evangelho.

E neste Advento, doce tempo de espera,
conduz-nos pela tua mão:
faz-nos entrar na barca da salvação,
onde Cristo é o timoneiro
e o Espírito sopra novos ventos
para que avancemos, confiantes,
rumo ao Teu Filho que vem.

Imaculada Conceição,
guia-nos sempre ao coração de Jesus
e guarda-nos sob teu olhar de Mãe.
Amen.

7 de Dezembro, 2025 - 02º Domingo do Advento - Ano A

Leituras: aqui

Oração Comunitária do Advento

Senhor Jesus, neste tempo de Advento,
recordamos com gratidão que Tu vieste,
reconhecemos com fé que Tu vens ao nosso encontro cada dia,
e esperamos com esperança que Tu virás em plenitude.

Neste novo ano pastoral, queremos ser uma Igreja
sempre em construção e edificação,
aberta à Tua Palavra e guiada pelo Teu Espírito.
Concede-nos um coração vigilante, disponível e acolhedor,
para preparar os caminhos da Tua chegada.

Fortalece a nossa comunidade na caridade, na escuta e na missão.
Que cada um de nós se torne pedra viva,
construindo contigo um mundo mais fraterno e mais justo.

Permanece connosco, Senhor,
e faz resplandecer a Tua luz sobre o nosso caminho.

Amém.

CAMINHADA DO ADVENTO

O abraço fraterno

 

João Batista aparece na região do Jordão, pregando o arrependimento e batizando. Ele anuncia que o Messias se aproxima, e que devemos preparar os caminhos do Senhor, tornando as veredas planas.

A segunda figura que vai aparecer na nossa barca mostra as pessoas entrelaçadas num abraço, lembrando a fraternidade que nasce da fé.

Assim como João chama à preparação do caminho, o Advento convida a preparar o coração e a comunidade para receber Cristo. A fraternidade é sinal visível da presença de Deus: não se trata apenas de cumprir rituais, mas de construir pontes de acolhimento, cuidado e partilha.

Caminhar juntos fortalece-nos, sustenta-nos e recorda que a fé se realiza na ação concreta e na comunhão com o outro. A preparação do Natal é, portanto, um convite à reconciliação e à solidariedade.

Este domingo desafia-nos a refletir:

Como posso tornar a minha comunidade mais fraterna? Como posso ser sinal do Reino que se aproxima?

domingo, 30 de novembro de 2025

OS 5 MANDAMENTOS (PRECEITOS) DA SANTA IGREJA

OS 5 MANDAMENTOS (PRECEITOS) DA SANTA IGREJA FORMULADOS NO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (CIC 2041–2043). ELES SÃO ORIENTAÇÕES MÍNIMAS PARA AJUDAR OS FIÉIS A VIVER A VIDA CRISTÃ COM FIDELIDADE.


Os 5 Mandamentos da Santa Igreja (explicados)

1. Participar da Missa inteira aos domingos e festas de guarda

Explicação: A Missa dominical é o centro da vida cristã. Participar dela mantém viva a fé, fortalece a união com Deus e com a comunidade.


2. Confessar-se ao menos uma vez por ano

Explicação: A confissão anual ajuda a manter a consciência iluminada e restaura a graça de Deus, especialmente se houver pecado grave.


3. Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição

Explicação: A Eucaristia é o alimento espiritual que sustenta a vida cristã. Recebê-la ao menos na Páscoa renova a união com Cristo ressuscitado.


4. Guardar abstinência e jejum nos dias determinados pela Igreja

Explicação: O jejum e a abstinência são atos de penitência que ajudam na conversão, na disciplina do coração e na solidariedade com os necessitados.


5. Contribuir para as necessidades da Igreja, incluindo a sustentação do clero

Explicação: Os fiéis devem ajudar materialmente naquilo que a Igreja necessita para sua missão: manutenção das paróquias, obras de caridade e o sustento dos ministros ordenados, que dedicam a vida ao serviço do Evangelho.

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

ADVENTO 2025

Neste advento, não fiquemos parados!
A si,
sua Família,
seu grupo paroquial,
Fica esta proposta de caminhada para este Advento!

(Esta proposta foi retirada do Facebook de Amaro Gonçalo a que se seguiram adaptações à nossa realidade.)

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

30 de Novembro, 2025 - 01º Domingo do Advento - Ano A

Oração Comunitária do Advento

Senhor Jesus, ao iniciarmos este tempo de Advento,
recordamos com gratidão que Tu vieste,
reconhecemos com fé que Tu vens ao nosso encontro cada dia,
e esperamos com esperança que Tu virás em plenitude.

Neste novo ano pastoral, queremos ser uma Igreja
sempre em construção e edificação,
aberta à Tua Palavra e guiada pelo Teu Espírito.
Concede-nos um coração vigilante, disponível e acolhedor,
para preparar os caminhos da Tua chegada.

Fortalece a nossa comunidade na caridade, na escuta e na missão.
Que cada um de nós se torne pedra viva,
construindo contigo um mundo mais fraterno e mais justo.

Permanece connosco, Senhor,
e faz resplandecer a Tua luz sobre oo nosso caminho.

Amém.

domingo, 23 de novembro de 2025

Estivemos em Cristo Rei!

Nesta tarde serena da Solenidade de Cristo Rei, subimos ao monte como quem procura o sopro de um mistério antigo. Lá no alto, a Capela erguia-se silenciosa, guardiã de uma paisagem que nenhuma névoa, nenhum frio conseguiram ocultar. Entre o ar suspenso e a beleza sem fronteiras, o coração deixava-se tocar pelo divino.
Na Eucaristia, conduzida com graça pelo grupo coral de Gondomar, cada nota parecia acender um lume discreto dentro de nós. Foi um momento belo — desses que soltam a alma, que aproximam vidas, que estreitam corações. E ali, entre terra e céu, descobrimos mais uma vez que a fé é também um horizonte que se revela em silêncio.

O que é um cristão/cristã leigo/leiga? Qual é a missão dos leigos?

Nesta solenidade de Cristo, Rei do universo, é de prestar especial atenção aos cristãos leigos e leigas. 

Cristãos leigos = fiéis batizados que vivem a fé no mundo e têm a missão de cristianizar as realidades temporais.

É a maior parte da Igreja e o “coração missionário” dela no dia-a-dia.

A essência da missão dos leigos:

1. Santificar o mundo a partir de dentro. Os leigos são chamados a viver a fé no coração da vida quotidiana — família, trabalho, cultura, política — transformando tudo segundo o Evangelho.

2. Ser testemunhas de Cristo no ambiente secular. A missão própria do leigo é tornar Cristo presente onde só ele pode chegar: na vida social, económica, profissional e comunitária.

3. Assumir protagonismo na evangelização. Não são “ajudantes” do clero, mas verdadeiros protagonistas da missão da Igreja, enviados a anunciar Cristo com palavra, ação e testemunho de vida.

4. Edificar a Igreja com os seus dons e carismas. Participam ativamente na vida e missão da comunidade eclesial — catequese, liturgia, caridade, ministérios — colocando os próprios dons ao serviço da Igreja.

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

23 de Novembro, 2025 - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Ano C

Leituras: aqui

CRISTO REI, CORAÇÃO ABERTO

Cristo Rei,
não de ouro nem de muralhas,
mas de ternura que abraça o mundo inteiro.
Rei com o coração ferido,
coroado não de glória humana,
mas de amor que permanece quando tudo passa.
Teu reinado começa no gesto simples,
na mão que levanta quem caiu,
no perdão que reconstrói,
na esperança que insiste.
E nós,
teus ministros, religiosos, leigos e leigas,
somos o chão onde semeias o Reino:
no serviço humilde,
na fé que ilumina,
na caridade que transforma,
na palavra que cura,
na presença que consola.
Cristo Rei de braços abertos,
Tu nos envias a ser braços também:
braços que acolhem,
braços que defendem,
braços que sustentam os que já não podem caminhar.
Que o mundo, ao olhar para nós,
descubra um pouco de Ti:
a doçura que acolhe,
a firmeza que liberta,
o amor que reina servindo.
Cristo Rei,
teu trono é o coração humano,
e Teu Reino cresce
onde cada um de nós —
ministros, religiosos, leigos e leigas —
decide amar em Teu nome.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

O Mês das Almas: um tempo para recordar e respeitar

“Honrar os mortos é também aprender a viver com mais verdade.”

Novembro, mês da memória e da fé
O mês de novembro traz consigo um convite à reflexão.
A Igreja chama-lhe Mês das Almas — tempo para rezar pelos defuntos, visitar os cemitérios e agradecer a vida de quem partiu. É um tempo de fé e de esperança, em que recordamos que a morte não é o fim, mas passagem para Deus.
Lembrar os mortos é, acima de tudo, lembrar que também nós somos peregrinos. E que cada dia é oportunidade de viver melhor, com fé e com amor.

Quando a igreja só se visita “de empurrão”
Há quem só entre na igreja “de empurrão”: ao colo dos pais no batismo ou levado por outros no caixão.
E, não raro, há famílias que querem, à força, a missa de corpo presente para quem, em vida, nunca quis saber de missa alguma.
Celebrar o funeral cristão de quem viveu cristãmente é gesto de fé. Mas impor a celebração da Missa a quem sempre a rejeitou, é falta de respeito — para com a própria pessoa e para com a Igreja.
A missa não é espetáculo nem tradição social: é oração. E a oração só tem sentido quando nasce do coração.

Velórios e funerais pedem silêncio e recolhimento
Outro costume que precisa de revisão é o modo como vivemos os velórios e funerais.
O velório não é mesa de café para “pôr a conversa em dia”, nem o funeral passeio de reencontro.
Quem vai a um funeral deve ir com respeito e silêncio.
Durante a missa, não é tempo de ficar à porta a conversar ou a olhar o relógio — é tempo de comunhão e de oração.
Estar presente é mais do que “marcar presença”. É participar com fé, solidariedade e respeito. O falecido merece o nosso recolhimento. E nós próprios precisamos desse tempo para pensar que, um dia, também chegará a nossa hora.

Viver com fé, lembrar com amor
O Mês das Almas não é mês de tristeza, mas de verdade e esperança.
Recordar os que partiram é agradecer-lhes o bem que fizeram e pedir a Deus que os acolha na Sua paz.
Mas é também um convite a viver com mais consciência, mais fé e mais respeito pela vida e pela morte.
Que cada funeral seja sinal de fé, não de aparência.
Que cada velório seja tempo de oração, não de distração.
E que cada um de nós, ao rezar pelos defuntos, lembre-se de que o amor de Deus não acaba na sepultura — continua, eterno, na luz da ressurreição.
“Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em Mim, ainda que morra, viverá.”
(João 11,25)

Esporões - Festa de S. Martinho 2025




Tempo chuvoso, que impediu a realização de algumas atividades programadas. Mesmo assim, o povo dos Esporões celebrou o seu padroeiro, São Martinho.

No dia 10 de novembro, o povo dos Esporões saiu à rua com a tradicional Cegada que, depois do cortejo pela rua, termina numa "assembleia" em que chega, vestido a rigor, "Sua Eminência" que faz o aguardado "discurso de cariz satirizante". Em seguida, a "fraternidade de São Marinho" recita os mandamentos, enquanto um irmão/irmã-mor bebe um copo a cada um deles. Só que os "mandamentos" não são estáveis, tendem a aumentar, de acordo com o apetite do bebedor. 
Em 11 de Novembro, dia litúrgico de São Martinho, houve Eucaristia na Capela, onde, animados pela fé, em festa e em comunidade, recordámos a vida de São Martinho. Este cavaleiro Romano teve um ato de generosidade e de partilha: cortou metade da sua capa para abrigar um mendigo. 

No dia 16 do mesmo mês, teve lugar a Missa solene  com a presença de uma Banda cuja postura foi modelar, uma vez que todos participaram na Eucaristia..  O tempo não permitiu que se realizasse a procissão. Com fé, silêncio, alegria, tudo correu bem, o povo preparou-se, e esteve à altura. Durante a tarde, houve a atuação da Banda que animou o povo. Apesar das condições climatéricas não serem as melhores, com alegria, paz e partilha se viveu São Martinho.
Parabéns à povoação pela forma como decorreram as festividades.

Mordomos para o ano 2025: Juiz - Diogo Lucena; Tesoureiro - Inês Lopes; Secretário - Fernando Oliveira (Nando); Mordomos - Daniela Lucena Dias, Licínio Ribeiro, Sara Carvalho Lucena, Francisco Raúl Ribeiro, Ana Maria da Silva Santos, Fabiana Martins, Fátima Carvalho, Débora Assunção, Marisa Gouveia, Cristina Pinto, Carla Alves.

Nota: Não é fácil organizar uma festa, e pior ainda quando o tempo não ajuda como foi o caso deste ano, por isso os mordomos são credores do reconhecimento das pessoas, mormente, como foi o caso, se preocupam em acolher as orientações da Igreja no que se refere às festas religiosas.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Programa Jovens Agentes de Esperança - Apoio a projetos até 30.00

É com enorme entusiasmo que partilhamos o cartaz informativo sobre o Programa Jovens Agentes de Esperança - um programa de apoio a projetos centrados ou liderados por jovens.
Pedimos o favor de divulgar esta oportunidade junto da sua comunidade! As candidaturas estão abertas até dia 16 de Dezembro de 2025.
A Fundação Jornada tem como missão multiplicar os frutos da JMJ Lisboa 2023 através do apoio a projetos ligados à juventude em Portugal.
Estamos disponíveis para esclarecer qualquer questão através do número 918 458 397 ou do email info@fundacaojornada.pt.

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

16 de Novembro, 2025 - 33º Domingo do Tempo Comum - Ano Ca

Leituras: aqui


MENSAGEM DO PAPA LEÃO XIV
PARA O IX DIA MUNDIAL DOS POBRES

Tema: «Tu, Senhor, és a minha esperança» (Salmo 71, 5)


1. Um clamor de fé em tempos difíceis
O Papa parte do versículo do Salmo 71 para mostrar que estas palavras nascem de um coração oprimido, mas confiante. Mesmo no sofrimento, o salmista mantém viva a esperança porque Deus é a sua rocha e fortaleza.

2. Os pobres como testemunhas de esperança
As pessoas que vivem na pobreza — marcadas pela fragilidade, pela solidão e pela exclusão — podem tornar-se testemunhas autênticas de esperança. A sua força vem não das seguranças humanas, mas da confiança em Deus, que nunca abandona.

3. A pobreza mais grave é não conhecer Deus
O Papa sublinha que existem muitas formas de pobreza — material, social e relacional —, mas a mais profunda é espiritual: viver sem a presença e o amor de Deus.

4. A esperança cristã é âncora firme
A esperança não se apoia na força humana, mas na promessa fiel de Deus. O Papa usa a imagem da âncora: a esperança fixa o coração nas promessas de Cristo. Da fé nasce a esperança, e da esperança brota a caridade, que leva à ação e ao compromisso.

5. Compromisso com a justiça
A ajuda aos pobres não se deve limitar a gestos de caridade pontuais. É necessário enfrentar as causas estruturais da pobreza — a falta de trabalho digno, educação, habitação e saúde — e construir um mundo mais justo e solidário.

6. Os pobres no centro da missão da Igreja
Os pobres não são um “acessório” da missão da Igreja, mas estão no seu coração. São sujeitos ativos da evangelização e não simples destinatários da ajuda. No contexto do Ano Jubilar, o Papa convida a renovar o compromisso de amor e serviço para com eles.

Como criar um filho criminoso?

 - Por Padre João Torres

Andando pelo mundo prisional há muitos anos, aprendi que o crime raramente começa no gesto que o define. Começa antes — em pequenas negligências, em silêncios prolongados, em ausências disfarçadas de amor. Começa quando deixamos de educar para começar apenas a satisfazer. E, por mais que custe reconhecer, a prisão é muitas vezes o espelho daquilo que a sociedade não quis ver em casa, na escola, nas ruas, nas leis e até dentro de si mesma.

Ao longo de décadas de escuta e de confissões, percebi que não há um único culpado, há uma teia de omissões. Pais que, com medo de repetir os erros do passado, perderam a coragem de ser firmes. Professores que deixaram de ter autoridade, porque a escola se tornou refém de queixas e complacências.
Uma sociedade que evita o confronto e chama “liberdade” ao abandono, glorificando o prazer imediato e o sucesso fácil. Políticas que confundem inclusão com permissividade, e direitos com ausência de deveres. E noites longas, de ruas cheias e lares vazios, onde muitos jovens aprendem cedo que o limite é apenas uma palavra antiga.
Somos a geração que quis fazer melhor — e, sem querer, confundiu amor com permissividade.
Os pais mais dedicados da história, e, paradoxalmente, os mais inseguros. A última geração de filhos que obedeceram aos pais, e a primeira geração de pais que obedecem aos filhos. Vivemos tempos em que o medo mudou de lugar: antes temíamos os nossos pais, agora tememos os nossos filhos.
E, no meio disto tudo, investimos com afinco em dar aos filhos tudo o que o mundo valoriza. Queremos que tirem boas notas, que falem línguas, que brilhem no desporto, que dominem instrumentos musicais, que saibam competir e vencer. Mas esquecemo-nos de lhes ensinar a perder. Esquecemo-nos de lhes mostrar o valor do silêncio, da paciência, da renúncia. Rejeitámos, quase com vergonha, o cultivo da dimensão espiritual e moral — como se educar a alma fosse uma excentricidade antiquada.
Formamos crianças que sabem muito, mas compreendem pouco.
Que têm competências, mas não têm consciência.
Que conhecem o mundo, mas não se conhecem a si mesmas.
Ensinamos-lhes a somar, mas não a distinguir o bem do mal.
E quando o vazio moral cresce, nenhuma medalha, nenhum diploma, nenhuma habilidade o consegue preencher.
Durante muitos anos, ouvi dezenas de reclusos dizerem-me:
“Padre, o que me faltou não foi escola, foi rumo.”
“Faltou-me alguém que me ensinasse o que é certo, não apenas o que é útil.” E nessas palavras está uma verdade dura: educar sem formar o carácter é como construir uma casa sobre areia.
Quer criar um filho criminoso?
Dê-lhe tudo, menos a noção de limite.
Ofereça-lhe liberdade, sem lhe ensinar responsabilidade.
Alimente o corpo e a mente, mas descuide a alma. Ensine-o a vencer, mas não a ser justo. E, quando ele tropeçar, culpe o mundo — porque foi isso que ele aprendeu a fazer.
Mas se quiser formar um ser humano inteiro, ame-o com firmeza.
Mostre-lhe que o amor não é ausência de regras, é presença constante.
Ensine-lhe que o “não” também salva. Que a disciplina é um acto de amor e o respeito é o alicerce da dignidade. Reze com ele, escute-o, partilhe a fé que o sustenta, mesmo que vacilante — porque a fé, antes de ser dogma, é horizonte.
O problema não é apenas dos pais, nem apenas da escola. É de todos nós — de uma sociedade que exige desempenho, mas não exige virtude. Que valoriza o sucesso, mas despreza o sentido. Que celebra o talento, mas esquece o carácter.
E talvez o maior fracasso do nosso tempo seja criar filhos preparados para o mundo, mas não preparados para a vida. Porque o mundo muda, mas a vida — essa — continua a pedir coragem, humildade, verdade e amor.
O crime, afinal, não nasce de um único gesto.
Nasce do somatório dos silêncios, das desistências e da ausência de rumo.
E talvez a verdadeira reabilitação comece não nas prisões, mas nas casas, nas escolas, nas ruas, nas diversões e nos corações, quando tivermos a coragem de voltar a ensinar o essencial: a diferença entre o que é possível e o que é certo.
(Imagem ilustrativa) © Créditos: Pierre Matgé
Texto publicado no Facebook

São Martinho: o silêncio que aquece o coração

11 de novembro, Dia de São Marinho
Povo dos Esporões celebra o seu Padroeiro

São Martinho não deu apenas metade de um manto — deu atenção, deu presença. O seu gesto nasceu de um coração que sabia escutar. Antes da partilha, houve silêncio: o silêncio interior de quem está atento a Deus e, por isso, disponível para o outro.

O templo é esse espaço onde o ruído do mundo se cala e a alma encontra o seu verdadeiro som. Não é o silêncio vazio, mas o silêncio cheio — cheio de escuta, de reverência, de amor. No silêncio, aprendemos a reconhecer o mistério de Deus que habita em nós e no outro. É nele que se purifica o olhar e se abre o coração.

São Martinho ensina-nos que o encontro com Deus e o encontro com o próximo são inseparáveis. Quem faz silêncio diante de Deus aprende a ver o irmão com os olhos da compaixão. O manto que se reparte é a oração que se transforma em gesto, é a fé que se torna calor.

Neste tempo, talvez o maior dom seja este: reencontrar o valor do silêncio — esse lugar onde o divino sussurra, onde o coração repousa e onde o amor se renova para ser partilhado.

terça-feira, 11 de novembro de 2025

SÃO MARTINHO E A ORIGEM DA PALAVRA «CAPELA»

 
O gesto de São Martinho de dar metade da capa ao mendigo celebrizou-se de tal maneira que a metade da capa que lhe restou (denominada «cappella», isto é, capinha) foi guardada num oratório. Este, segundo alguns, foi mandado construir por Carlos Magno.

Tal oratório passou a ser chamado «capela». Com o tempo, esta palavra acabou por designar os lugares de culto de pequenas dimensões.
Efectivamente, «capela» vem de «capa», mais concretamente da metade da capa de São Martinho. Esta tornou-se a relíquia mais sagrada dos reis francos, sobre a qual se faziam os juramentos.
Os que a guardavam receberam o nome de «cappellani» (capelães).
João António Teixeira, Facebook

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

sábado, 8 de novembro de 2025

Magusto da Catequese - 2025


Adro da Igreja Paroquial de Tarouca. 8 de novembro. Magusto da Catequese, após a sessão de catequese e a Eucaristia.

Maravilha ver os pequenos a atirar-se às castanhas, quentinhas e boas, com unhas e dentes.
Bom ver a presença de pais, autoridades civis, amigos e comunidade.
Belo sentir a presença solícita dos catequistas.
Exemplar o serviço e dedicação da nova Junta de Freguesia e seus funcionários não só na oferta e preparação do magusto, como no serviço às pessoas durante o mesmo magusto. Boa a iniciativa de oferecer um miminho às crianças que não apreciam castanhas. 
Mas as crianças... As crianças merecem tudo. Elas são o encanto da comunidade.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

9 de novembro: Festa da Dedicação da Basílica de Latrão


No dia 9 de novembro, a Igreja celebra a Festa da Dedicação da Basílica de São João de Latrão (em Roma).
Mesmo que caia num domingo — como acontece em 2025 — essa festa tem precedência sobre o Domingo do Tempo Comum.
Portanto, neste domingo, 9 de novembro de 2025, celebra-se a Dedicação da Basílica de São João de Latrão, e não o 32º Domingo do Tempo Comum.

  • A Basílica de São João de Latrão é a catedral do Papa, bispo de Roma, e símbolo da unidade da Igreja.

  • A festa é celebrada em toda a Igreja latina como sinal de comunhão com o Papa.

👉 Assim, no Missal Romano, para 9 de novembro de 2025:

  • Cor litúrgica: branca

  • Leituras próprias da Dedicação da Basílica de São João de Latrão: aqui

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

De 2 a 9 de novembro de 2025: Semana de Oração pelos Seminários

“Rezar, apoiar, acompanhar”

De 2 a 9 de novembro, a Igreja em Portugal celebra a Semana de Oração pelos Seminários. É um tempo de graça para intensificarmos a nossa oração por aqueles que Deus chama ao ministério sacerdotal e por todos os que acompanham o seu caminho de formação.

Mas esta semana não é apenas para os seminaristas. É para todos nós. Os leigos — pais, catequistas, educadores, animadores, avós, comunidades inteiras — têm um papel essencial no despertar vocacional. A maioria das vocações nasce no seio de famílias simples e comunidades vivas, onde a fé é partilhada com alegria e autenticidade.

A vocação sacerdotal não se impõe: propõe-se, acolhe-se, cultiva-se. E precisa de sinais, de apoio, de testemunho. Quando um jovem se sente escutado, encorajado e acompanhado na sua busca, o discernimento torna-se mais claro.

Nesta semana, rezemos pelos nossos seminários, pelos nossos seminaristas e pelos formadores. E peçamos ao Senhor que suscite nas nossas comunidades o dom de novas vocações. Que saibamos criar ambientes onde os jovens possam ouvir a voz de Deus e responder com coragem e generosidade.

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

Papa assume «tensões» na Igreja e pede fim de «oposições ideológicas e polarizações prejudiciais»

A Igreja é mais do que uma “simples instituição religiosa”, 
com hierarquias e suas estruturas próprias, 
apresentando-a como 
“sinal visível da união entre Deus e a humanidade”.
(Leão XIV)
 

Papa Leão XIV: “Que o Senhor nos conceda esta graça: estar enraizados no amor de Deus para vivermos em comunhão uns com os outros. E sermos, como Igreja, testemunhas de unidade e amor”.

"Devemos sonhar e construir uma Igreja humilde. Uma Igreja que não se mantém de pé como o fariseu, triunfante e cheia de si mesma, mas que se abaixa para lavar os pés da humanidade; uma Igreja que não julga como o fariseu faz com o publicano, mas que se torna um lugar acolhedor para todos e para cada um; uma Igreja que não se fecha em si mesma, mas permanece à escuta de Deus para poder, da mesma forma, ouvir todos.” “O mesmo também pode ocorrer na comunidade cristã. Acontece quando o ‘eu’ prevalece sobre o ‘nós’, gerando personalismos que impedem relações autênticas e fraternas; quando a pretensão de ser melhor do que os outros, como faz o fariseu com o publicano, cria divisão e transforma a comunidade num lugar de julgamento e exclusão; quando se aproveita da própria função para exercer poder e ocupar espaços”. (Leão XIV)

“O mesmo também pode ocorrer na comunidade cristã. Acontece quando o ‘eu’ prevalece sobre o ‘nós’, gerando personalismos que impedem relações autênticas e fraternas; quando a pretensão de ser melhor do que os outros, como faz o fariseu com o publicano, cria divisão e transforma a comunidade num lugar de julgamento e exclusão; quando se aproveita da própria função para exercer poder e ocupar espaços”- (Leão XIV)

Comprometamo-nos a construir uma Igreja totalmente sinodal, totalmente ministerial, totalmente atraída por Cristo e, portanto, voltada para o serviço ao mundo.”- (Leão XIV)

Fonte: aqui